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Contra o cais: Por dentro da janela
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Segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009. Por dentro da janela. Sentado à beira da janela do meu quarto, vejo a fileira de pássaros que, calmamente, organizam-se no fio que percorre os postes da rua. E vou olhando os fios, e por eles vou me pndurando, olhando janelas de outros quartos, com mais pessoas olhando os pássaros enfileirarem-se. Mas já é hora de descer, e vou para uma fileira de janelas, cheia de pessoas às janelas, e pássaros ficam enfileirados, observando cada uma das janelas. Eu sou uma das pes...
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Contra o cais: Feito pólen.
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Quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009. Não posso sair por aí. Jogando poesias para quem quer que seja. Só porque você não está aqui. O que posso fazer é rezar baixinho. Pra que a tristeza me deixe em paz. Pra que as flores se abram no meu caminho. Sou como o céu. Nossas diferenças de pensamentos. O mesmo lado bom. O mesmo lado ruim. O mesmo amor intenso que existe em mim. Ótimo jogo de palavras. Publiquem com mais frequência! 26 de fevereiro de 2009 05:08. 26 de fevereiro de 2009 06:09. O fim dos dias.
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Contra o cais: Fluxo Da Verdade
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Segunda-feira, 6 de outubro de 2008. É um bilhão de sabores,. É um céu que se olha devagarinho. Em uma só hora milhares de cores. Ela me ajuda a relaxar. Ela é só garganta. É só um resultado. Com olhos frios e castanhos. Ela insiste em perguntar. O céu parece uma sopa. As ruas são veias rompidas. A multidão faz o que fazem as multidões. Me vi agarrada a um livro. A um pacote de almas. E a alguns trechos de canções. Tive vontade de parar. Tive vontade de dizer:. Sinto muito, menina. Concordo com o thiago.
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Contra o cais: De verdade
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Segunda-feira, 20 de outubro de 2008. Ela acometeu-lhe sem que antes tivesse percebido que se aproximara. A dor no peito não enganou, era saudade. Assim, tão desafinada, achara não ser. Inocente ser humano. Viu em sua frente o sítio. Desistiu de lutar, entregou-se e abriu a porta. Entraram aos risos, ele e seu pai. Sua mãe não entendia o motivo dos risos, mas mesmo assim continuava a preparar a carne com batatas, que já cheirava bem. Mandou-os lavarem-se, e eles apostaram uma nova corrida. Com olhos mare...
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Contra o cais: Oq é tão doce assim?
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Domingo, 28 de junho de 2009. Oq é tão doce assim? Contemplou o luar. Se espreguiçou. Pensando na morte e um pouco na vida. Tomou outra xícara de café e fumou um cigarro adocicado. Falou dos planos que não tinha. Pegou no sono. Amanheceu na calçada de um mundo parado. Um corpo esguio e nu. O sangue escorria pelo meio fio. De uma rua escura. Em um bairro vazio. Carro aberto logo à frente. A chave ainda no contato. O conhaque a escorrer. Já não dá pra perceber. A brisa gelada da noite. Ou não sei o que.
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Contra o cais: Por acaso (Eduardo Ribeiro/Erika Sodré).
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Domingo, 21 de março de 2010. Por acaso (Eduardo Ribeiro/Erika Sodré). Oi, tudo bem? Obrigado, comprei no açougue. Então não é gravata.é uma língua de boi. De porco.porco médio. Huahua muito bom Dú! Entra no meu dps! Vcs são criativos d , dá licença! 19 de abril de 2010 05:39. As fases me possuem, A arte me envolve, O novo me seduz. Por fora e por dentro.Vontade. Senta no puff verde. Mais uma banda virtual. Oq é tão doce assim? Uma coisinha à toa. Por dentro da janela. Após longos anos. O fim dos dias.
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Contra o cais: Criançada
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Quinta-feira, 6 de novembro de 2008. Ainda brinco de pés no chão. De fazer pose em frente ao espelho. De desenhar o contorno da minha mão. Ainda canto cantigas de roda. Faço manha pra ter atenção. Ainda arrisco pular corda. Nem ligo pro aviso ‘não toque nos filhotes’. Ainda moro nas minhas casas de lego. Brinco com minha sombra na parede. Mordida no sorvete eu nego. Gosto de assustar pombos. De imitar os outros. Mexo no cabelo das minhas amigas. Uso as pulseiras da minha mãe. Planto feijão no algodão.
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Contra o cais: Acordada
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Sábado, 19 de dezembro de 2009. Pessoas esquisitas, excêntricas, e o sol amarelo que não aquecia mais. A rua cercada de casas velhas. A sensação de que, sem dúvida, ninguém me entendia, de que ninguém sabia quem eu era e o que me levava até lá. Quando fechava os olhos, tudo ao meu redor parecia vazio, frio, simplesmente. Como se estivesse no lugar mais solitário do mundo. No meio de lugar nenhum. 20 de março de 2010 14:17. Senta no puff verde. Mais uma banda virtual. Oq é tão doce assim? O fim dos dias.
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Contra o cais: Uma coisinha à toa
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Sexta-feira, 24 de abril de 2009. Uma coisinha à toa. Dormi ao som de sua respiração serena. E minha vida encheu-se dele. Cada palavra era ele. Achava que morrer de amor. Era apenas uma licença poética. Mas os sintomas do amanhecer. Numa calçada de sol. Me faz lembrar de como preparou o café da manhã. Nunca esqueci seu olhar. Olhos cor de açúcar queimado. Eu te abracei tão apertado. Que sentia circular seu sangue pelas veias. Lábios mordidos para não chorar. Lagrimas fáceis pela dor de imaginar. As fases...
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Contra o cais: Após longos anos
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Segunda-feira, 29 de setembro de 2008. Qual foi a última vez que havia visto seu rosto, ela não sabia. Sabia apenas que não teria papo. Não nasceria assunto. Oi, oi, tudo bem, tudo, e você, também, que tem feito, ah, me virado como dá, somos dois, ah. Do toque da sineta na porta tocou, quando finalmente o convidado (in)esperado cruzou a entrada. Ela fez que não viu, continuou tomando seu café como se estivesse totalmente concentrada, fingindo uma despreocupação, disfarçando a obsessão. Tudo, e você?
