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deambulatório: Outubro 2008
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O amor é tudo – excepto o que deveria ser * luísa monteiro. Comíamos nêsperas maduras sentados no muro. Ensolarados de tanto abismo lá em baixo. De tanto sol lá em cima de tanta doçura de frutos e de tantos dentes de morder frutos e línguas de chupar sumo de frutos maduros e tu. À noite sonho com peixes e abismos de mar e ventres de mulher e brancuras de beijos de mulher e filhos peixe de ventres líquidos de mulher. Sabes, a noite tem pernas curtas como a mentira. Às vezes só maduro. E, sabes,. Não me de...
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deambulatório: Janeiro 2009
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Apenas te amo com a vulgaridade dos dias. Com esse silêncio velho dos aloés à beira do mar. Nos senteiros daninhos de erva e de pedra. E de terra . À vez húmida . E os seus breves pirilampos e orvalhos. Apenas te amo . Com a carne magoada de tantos sonhos anteriores. Trago o chão todo que pisei agarrado a mim. Os homens que amei e a ti. Os filhos que pari e de ti. Mãos brancas como manhãs jovens de. O tempo todo . Apenas te amo com a vulgaridade dos dias. No intervalo pouco de uma vida). Um lugar, sim,.
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deambulatório: Junho 2010
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Excomunhão em pouquíssimas palavras. O breve tempo de uma demonstração. Lídia jorge, o dia dos prodígios). Há-de nascer na cor dos meus olhos. Vou reconhecê-lo. evidentemente vou dizer-lhe palavras capazes de descrever a minha pressa. como se a minha urgência fosse telegráfica. ainda. 1 os telegramas estão fora de moda, baby, sms, sms, é o que está a dar. sempre recebes uma resposta na volta: enviada. 4 será que quero uma resposta. será? E diz lá, o que é que a vida pode ser para além de ser esta coisa m...
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deambulatório: Outubro 2007
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Tinha mãos de jardineiro quando tratava de amor. Amanheço dolorosamente, escrevo aquilo que posso. E construo-me esta madrugada letra a letra. das palavras que para ti guardo não sei mesmo se qualquer uma delas faz sentido. não importa. há sempre qualquer outra coisa que espreita para nos levar. Rói nas entranhas um fogo assim tão silente. não saber já dizer. não encontrar a palavra mais justa para dizer - e nos olhos. Há já outra outra cor. outra cor da minha dor. Não é a morte mais silente. Os pratinho...
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deambulatório: Abril 2009
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E o 25 de abril sempre. Ia e vinha e a cada coisa perguntava que nome tinha- sophia. A merenda de saturno. Ante mare, undae. Extensa madrugada, mãos vazias. O exílio do imaginário. Os dias das noites. Modelo Marca d'água. Com tecnologia do Blogger.
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deambulatório: Março 2008
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Estas palavras viajam sem âncoras´. Entre o céu da boca e a boca do corpo. Estes são os dias do meu amado. O seu tempo desflora-me espesso como o ar. Que a manhã lambeu na terra. No ventre terroso do seu corpo. Onde por assim ser. Começa o seu nome corpóreo. Uma árvore de mil frutos. Se intromete entre a língua e as mãos. Digo mil frutos e a minha boca não nega. O seu sabor de mel. Que ventos e chuva nos lavem da face da terra. E ainda assim o meu amado se erguerá. E com ele o seu e o meu tempo-. Ia e vi...
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deambulatório: coisas amáveis
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Não é tanto uma dor que se instala. Esperando a alba, o pinheiro na dormente mansidão e eu. Que entre as rugas da memória. Que me assistem nas razões. Há algo que procura. A água do meu corpo, faz. De conta nos côncavos quentes. E espreita nos meus olhos. الرجل ذبح بعضهم البعض ولكن الخيول باهظة الثمن. Uma dor que se desinstala. Que a alba não é,. Na dormente mansidão do eu. Que entre memórias criaturas. Vou nomeando as rugas da. Que me assistem nos meus olhos. 12 de fevereiro de 2011 às 01:42.
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deambulatório: Fevereiro 2008
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Cartas para o exílio. Dir-se-ia que a noite vem e me traz com ela. Até às horas em que se me despertam estas palavras. Escrevo-te sentada no silêncio profundo desta aldeia. Por vezes ponho-me à escuta e quase sinto o mar. Lá ao fundo. penso. Dormes, certamente,. Mão com mão, embalado num sonho,. Oxalá lindo, lindo. São tão altas as paredes da noite. Tão habitadas pela estranheza de existirmos. tanta é a insónia. Que me visita para me deixar este travo de amargor. Existe qualquer outra coisa. Que se afund...
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deambulatório: Junho 2008
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Desmemória descritiva em sete andamentos. O que não precisas. Ser-te o cálice que permanece. E te bebe o orvalho. Da nomenclatura: vero,. Uma via para a extinção. Dizer das coisas o formato:. Gastar as horas como quem as desconhece. As cambiantes nostalgias do som. O infinito e mais dois. Negar um cristo de chumbo. A partir-me os ossos de cada vez. Que abocanho o dia. Os crivos no olhar. E a cada palavra sangrar um minuto. Três vezes tão só. Deitar-me na tua noite. Humm gastar do húmido bafo. E a tua mão.
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deambulatório: Maio 2010
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Malmequer: bem te quero. Querida. Veio-me hoje uma vontade enorme de te amar. E então pensei: vou-te escrever. Ou mais provavelmente esse tempo nunca pôde existir. Vou pensar melhor a ver se eu próprio entendo. Ponho-me a lembrar o que passou e o que me lembra é só a tua presença forte ao pé de mim. E depois acabou. Deves ter achado que era demais e então acabou. Foste para não sei onde e estás lá fixa quando te lembro. Vergílio ferreira em nome da terra *. Que cheiro me cheiravas? Era eu ou era marta.