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dizconversando|conversadizendo*: Dezembro 2005
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Conversas em .doc. Quarta-feira, dezembro 28, 2005. O que torna as pessoas inesquecíveis? Guida Marques Pinto at 01:28. Terça-feira, dezembro 27, 2005. Sim é o Fernando Meirelles, com a sua fotografia e montagem,enquadramento e ritmo,. Sim é África Mãe-África linda em paisagens e até o tempo seco nos entra pelas narinas,. Sim é a indústria farmacêutica a gozar com a vida alheia e a brincar a ser Deus. Sim é uma história bem contada, princípio/meio/fim que obviamente veio de uma obra literária. Guida Marq...
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dizconversando|conversadizendo*: Neste segundo
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Conversas em .doc. Quinta-feira, fevereiro 02, 2006. Neste segundo a minha alma está parada. Com a tua mão na minha. Guida Marques Pinto at 03:49. P/ quem quiser enviar *Imagens,Sugestões,Blogs*. Be your own dog. Nà o penses nisso. Hà vento no mar. 10 à ltimas Conversas. Dizer adeus é ficar de luto.
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(T)ralha: Maio 2014
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Quarta-feira, maio 14, 2014. Como uma revelação. Como um fado. O dicionário como uma sirene de alarme). Atascadeiro, lamaçal, lodaçal, pântano. Empr tb. no pl. ]. F: Posv. alter. de. Dar (com algo) em pantana(s). Perder, dissipar (algo). Achavam que logo daria. Com a herança em. Falhar, fracassar; arruinar-se. Golpe de capoeira que consiste em pôr as mãos no chão e dar uma cambalhota com os pés no peito do adversário para derrubá-lo. F: De or. obsc.]. At 5:17 da tarde. Ver o meu perfil completo.
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(T)ralha: Fevereiro 2010
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Quinta-feira, fevereiro 25, 2010. O fiscalista (Capítulo I). Com os olhos esbugalhados, parados na manete das mudanças, quem sabe se tentando hipnotizá-la, o fiscalista, espalmado de perfil como um egípcio, pele enrugada e borrifada de manchas castanhas, longos pelos cinzentos escuros encaracolados, espetados em riste para fora do nariz e das orelhas, declarou não gostar de pessoas que olham para o chão enquanto andam. Mas ela respondeu com silêncio, ela leva 41 anos de silêncio e teve que assistir, muda...
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(T)ralha: the end
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Sexta-feira, novembro 12, 2010. Um dia acordas e estás sem palavras, esgotaram-se as histórias e os teus sonhos não começam mais por era uma vez. Estás tão crescida, nunca achei que te saísses tão bem, apesar dos pesares). Um dia acordas e não queres mais cantar. Muitos dias depois, acordas e não queres mais escrever. E a ideia vai ganhando cada vez mais sentido, vai-se pondo cada mais a jeito, avançando um pouco mais junto ao precipício para onde há-de inevitavelmente cair – que não vais mais escr...
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(T)ralha: Outubro 2008
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Terça-feira, outubro 21, 2008. Tantas, tantas vezes me aconteceu o mesmo. É por isso que eu digo que não sou bem a filha da minha mãe. Ela nunca se mostraria tão vulnerável, seria mais impensável do que passear pela rua em trajes menores, ela nunca se deixaria paralisar por algo que não fosse francamente aterrador, nem o maior susto da sua vida, talvez nem o seu maior desgosto a fizesse quedar-se e quebrar-se em frente a uma multidão. Eu podia ter fingido que não era nada comigo, que tanto se dá como se ...
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(T)ralha: Dezembro 2008
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Quarta-feira, dezembro 17, 2008. Os dias que se seguiram amanheceram com uma luz quase perfeita. As manhãs todas apareceram-me como se trazidas pelos olhos do David. E os sonhos pareciam ter sido sonhados a noite passada. Para o meu filho António, que é o sonho mais bonito, é a luz, depois do pesadelo mais cruel. Para o João – até ao infinito. E para a minha amiga Hermínia, para o meu amigo David, que nunca deixariam que me faltasse o ar, mesmo que eu desistisse de respirar). At 10:06 da tarde.
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(T)ralha: Março 2014
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Segunda-feira, março 03, 2014. Provavelmente nem te lembras disto; foi há muito tempo, pode nem ter significado nada para ti. Aquela miúda eu quase já não sei quem ela era, lembro-me dela com um amor infinito, com o mesmo carinho de uma mãe que murmura uma canção de embalar a um filho acabado de nascer, porque aquela sou eu antes de nascer, aquela sou eu antes de começar verdadeiramente a viver, imediatamente antes de tudo de bom e de tudo de mal que se seguiu. Os contornos podem até já estar esbatidos, ...
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(T)ralha: O Inspector
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Sexta-feira, abril 23, 2010. Sinto muito a sua dor, começou por dizer o inspector através da ligação de telemóvel que atravessou o rio, que galgou a Baixa Pombalina, e que desceu as escadinhas do metro, abalroou a multidão até às profundezas do cais de embarque. Eu espero que não a sinta mesmo, que seja apenas uma frase de circunstância, Inspector. Desculpe-me se o ofendo, agradeço-lhe de qualquer forma, mas livro-o desse fardo, de querer sentir a minha dor. Eu não sei quando esse dia vai chegar, se vai ...
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(T)ralha: Julho 2011
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Terça-feira, julho 19, 2011. Numa consulta bianual de rotina, na linha de montagem de uma salinha minúscula de uma oftalmologista indiferenciada, num hospital privado qualquer nos subúrbios da cidade, a médica não perdeu mais que três minutos a espreitar por uma lente potente os meus olhos, emoldurados por gigantescas pestanas encaracoladas. Mas herdei também o tom teatral do meu pai, que hoje não está comigo, apesar de fazer 59 anos. E que está aqui comigo, neste momento, ao meu lado. Ele está ali, no s...
