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Abril | 2008 | Estou bem
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Sermão aos polvos de três corações. Abril 30, 2008. O animal preferido do meu pai é o polvo. Desde pequenino ouço-o dizê-lo em resposta à minha predilecção pela chita. Muitos de nós com a ajuda de mangas ou molares ou martelos). Mas a chita que é o animal mais rápido do mundo, a chita que é mais rápida do que o polvo e alguns pássaros, nunca precisou de abrir um frasco. Um dia uma chita encontrou um polvo no charco, disse-lhe. E o polvo, bailando sobre tentáculos, respondeu. 8211; Tu o que és? 8211; Mas ...
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Julho | 2008 | Estou bem
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Julho 20, 2008. Julho 20, 2008. Colocaram o teu prato, o teu copo, os teus talheres na mesa? O teu remédio para os olhos, aquelas gotas que picam? Não te inquietes com o jantar nem com o remédio: não é a ti que esperam. Não te chamas nada, foste-te embora, as gaivotas e as pessoas não te dão atenção, nenhum mendigo, nenhum cachorro te fareja. Se te cumprimentarem não respondas, se te perguntarem seja o que for diz. 8211; Não sei. Ou inventa uma língua para dizer. 8211; Não sei. O gato de faiança?
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O sol lá em baixo a caminhar descalço | Estou bem
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O sol lá em baixo a caminhar descalço. Abril 9, 2008. 8211; está frio aqui. Mas o sol que caminhava descalço na luz que cortava quente da janela e aquecia a cómoda aproximou-se da mão e ali ficou, o sol ali parou, o sol parou, a mão no sol a caminhar descalço. O sujeito da cartola, a pontinha dos dedinhos papudos enfiada na algibeira, o bigode e a bengala e a cartola, o sujeito da cartola. 8211; estamos prontos, meu caro? 8211; pois um dia dou um jeito a estes cortinados. 8211; voltaremos a ver-nos?
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Março | 2008 | Estou bem
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Março 15, 2008. Abriu a porta, pousou as chaves na mesa do hall de entrada e tombou a mochila cansada dos ombros para o chão. 8211; Cheguei segredou à casa vazia. Despiu a camisola, esfregou o rosto corado, soltou o cabelo de olhos fechados e desembaraçou-se dos sapatinhos de pano. De pés descalços, caminhou na sala escura até sentir o sofá nas suas pernas. Deixou-se cair. Março de 1986; ligou a televisão. No ecrã, a senhora de lilás apresentava o telejornal:. 8211; É fácil amar e ser amado ajuizava, pro...
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Novembro | 2007 | Estou bem
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Novembro 18, 2007. 8211; O ar está transparente, hoje observou, com desinteresse apaixonado, indulgentemente debruçada no poste enferrujado que, sem ela perceber, a salvava do vendaval; o frio seco do Outono escondia-se pela primeira vez daquele ano nos cachecóis das pessoas, ferindo-lhes os narizes e as orelhas, mas o queixo de Margarida continuava sorridente, apoiado nos seus braços. Está transparente, não está? O ar é transparente! 8211; Margarida, está bem, mas esconde-o pediu. E veste a camisola.
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textos que nunca foram – metrô | A Lula-Gigante
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Textos que nunca foram – metrô. Não tenho botado óleo na minha máquina mental de escrever e parece que deu uma enferrujada. as ideias chegam bonitas, os dedos afoitos até tentam dar uma espremida nelas, mas as teclas emperram. às vezes bate uma letra só, gaguejando de apreensão, a tinta falha, o papel amassa… será que as palavras andam tímidas e preferem uma madrugada insone? Muito ariscas para o meu gosto. talvez não as tenha alimentado direito, ou pisado na pata de uma delas? Insira seu comentário aqui.
fulldenaipe.blogspot.com
full de naipe: sobre ir-voltar
http://fulldenaipe.blogspot.com/2012/01/sobre-ir-voltar.html
Achei que ia doer mais. não foi tão difícil quanto era esperado, e isso me é contente e estranho. pra mim estava sendo um big deal. só de pensar nisso, me contorcia, o estômago apertava, a garganta fechava, eu chorava. não sei se de medo, saudade, ou alegria. eu estava aterrorizada. com que? Porque se de lembrar de coisas mínimas eu entrava num choro e num desconsolo e num frio na barriga, ao ver essas coisas quem sabe o que poderia me acontecer? É um prazer ler-te. Subscribe to: Post Comments (Atom).