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AAVV, Esta Casa
AAVV, Esta Casa. Modelo Simple. Tecnologia do Blogger.
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AMALIA BAUTISTA
Construo mundos mais ou menos claros,. Mais ou menos perfeitos, mais ou menos. Geométricos. Construo sempre mundos. À altura dos piores pesadelos. Modelo Simple. Tecnologia do Blogger.
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INÊS DIAS
As mulheres da família sempre. Tiveram um jeito quase póstumo. De existir: guardar o lume. Em silêncio, comer depois de. Servir os outros, morrer primeiro. Saíam à hora de ponta do destino. Para lerem os caminhos perdidos. E coleccionavam a abdicação. Em caixinhas de folha, entre bilhetes. Caducados ou dentes de infâncias alheias. Esperavam a vida toda por uma vida. Próxima, de alma presa a alfinetes. No vestido preferido para o enterro,. Os passos medidos nas suas varandas. A dar para o fim do mundo.
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MÁRIO BOTAS
POEMA A ARTUR DO CRUZEIRO SEIXAS. Das bicicletas abandonadas à beira dos caminhos. Escorrem cachos de madressilvas: uma a uma. A flor perdida vai-se entregando. As flores já não são feitas para serem abraçadas. Mas violentadas até se saber para que lado caem. Mortas de mordeduras mórbidas e lacustres. Uma casa um grilo…. Uns dentes cerrados a dizer não e sim. Alternada e silenciosamente as gaivotas. Contam histórias de pasmar — as asas cortadas. E um homem passa na rua a assobiar.
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ERNESTO SAMPAIO
Salários mais baixos da Europa, milhão e meio de emigrantes, milhares de desempregados, de gente que sobrevive a «ganchos, a «golpes, a horas extraordinárias, pensões e reformas de miséria, alugueres de rapina, vilas e aldeias que desapareceram, campos despovoados, saúde só para quem tem dinheiro, escola em crise, tudo isto depois de três guerras…. O que ele perguntava era como é que havia de reencontrar, num mundo de imagens e falsificações, o contacto verdadeiro com o real, preservando na evocação dos ...