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Serenismo: Janeiro 2015
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É pi só dios. Há um cão que vagueia na estrada, desatento, arfando como quem sorri ao patear o asfalto, de costas para o trânsito. Negro como a noite, dia não fosse, diria que me sorriu, o bicho. Há um Sol que se espreguiça de encontro a um muro, como que se lembrando que é quase Outono e as pedras do muro são quentes ao final da tarde. Sol, de sol em sol, até se aninhar rendido no olhar de quem se acriança. Há um atirar para o restolho dos restos dos dias que vivo. Falo contigo, mar, uma, duas. sete...
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Serenismo: Dezembro 2014
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Crónica de Domingo na Bird Magazine. Aprofundo a textura da tarde quando, ao passar perto de umas leiras frescas, o nevoeiro que parece emanar da terra na respiração de cada torrão revolto pelo arado me traz à memória lembranças de árvore. Dizem, escuto, que as memórias das árvores as fazem imemoriais, portadoras de um tempo anelado, cunhado a âmbar em choro de resina. ´. Todo o caminho é estrada e, por ela, chegaremos ao instante seguinte da nossa vida, seja ele qual for. Todo o caminho é estrada, mas n...
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Serenismo: Novembro 2014
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Crónica de Domingo na Bird Maganize. Fico parado, atrás do cortinado, a ver a luminosidade que se vai espreguiçando entre sombras. Os paralelos da rua parecem pequenas teclas de piano, sombreadas pelos vários pés que os pisam sem se aperceberem da música que carregam. Crianças fazem música por elas próprias sem grande necessidades de perceber que é Outono e que as folhas caem, como as pessoas, porque o seu ciclo se soltou das amaras de uma existência pré concebida. A vitrina ondula ao sabor do vento, mes...
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Serenismo: Outubro 2014
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Se me visses, de que cor me pintarias? Será que os sonhos se esbatem e orbitam em torno do meu corpo, como uma neblina, uma névoa onde por vezes habito para deixar vago o local destinado à terra? Enviar a mensagem por e-mail. Dê a sua opinião! Enviar a mensagem por e-mail. Dê a sua opinião! Crónica de domingo na Bird Magazine. Gosto de afagar o destino. As tardes vão-se julgando por quanto de sonoridade convexa se expande da televisão ou do computador. Mas a luta é o teu maior antídoto à dopagem de quem ...
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Serenismo: Agosto 2015
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Rei, nício lectivo. Crónica de domingo na Bird Magazine. Era uma vez, o mundo, redondo, há quem o tenha visto nascer arestizado, mas a berlindada a que foi submetido arredondou-o numa eternidade que tem durado até os dias de hoje. Haja moratória e berlindará por mais algum tempo. Não sobrando cadernos, fazia-se conta às aulas diferentes que surgiriam, sem contudo deixar de sentir o borboletear no estômago da indecisão de se saber decidir, seria fácil ou difícil? O caminho inverso custava mais, pela subid...
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Serenismo: Junho 2015
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Crónica de domingo na Bird Magazine. A candeia não vai à frente, alumia apenas uma vez e isso basta, o suor cai por vezes nas bagas órfãs e estas rebolam-se como que felizes. De cima pendem as teias de aranha, o barulho de passos da mãe, falecida, ecoam na memória, mas mesmo assim, ainda que quase perdidos no esquecimento de quem de filho se fez homem e de homem se fez pai, dão qualidade à degustação de um vinho, zurrapa, como se pela espuma vermelha, rosa, se pudessem limpar os lábios de um beijo saudoso.
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Serenismo: Abril 2015
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Olho para o fruto, caiu-me colhido na mão aberta. Ficaria o resto deste tempo limitado neste pé de laranjeira somente a e para te ver crescer, para que também tu me vejas semeado na vida sem contudo frutar, porque as palavras germinam, mas jamais o fruto colhe o que polinizou. Olho para mim, nascente a poente, com o desejo de emancipar almejado diário de tudo o que serpenteia no céu, ainda que nele sobre apenas desejo, meu. Enviar a mensagem por e-mail. Dê a sua opinião! Enviar a mensagem por e-mail.
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Serenismo: Fevereiro 2015
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Vou, sempre, não ido, mas vou, a palavra. Vou sem ir, aqui, contemplando, contemplo e ando, com templo. Sacio a ternura de ter uma vela cambaleante pelo aspirado suspiro alheio. Por aqui, no caminho do meio, não sei o que tacteio. Caminho que não eu, não meu. Vou, sempre, não ido, mas vou, a palavra. Enviar a mensagem por e-mail. Dê a sua opinião! Onde quer que vá. Crónica de domingo na Bird Magazine. Pouco me interessa a companhia do tempo. Há pouco que lhe diga. Conto Primaveras, embora não mas digam q...
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Serenismo: Março 2015
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Consegui chamar o frio, novamente, que teima em fugir por entre as minhas recordações de Inverno e de finais de tarde lá de meados de Setembro. O frio escapa-se-me e segue, por aí, acalentando olhares de soslaio, sonhos de catraio, dois ou três pares de nuvens e um sorrio. São estas as minhas orações. Enviar a mensagem por e-mail. Dê a sua opinião! Havia muito pouco de tudo aquilo que a vida necessita,. Toda a falta de um candelabro que ilumina a noite e a ressuscita. Entre muros a pedra. Tenho no abraço...
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