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Num café pequeno...: Junho 2010
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A expressão num expresso. Companhias para um capuccino. Segunda-feira, 28 de junho de 2010. E morreu de patriota. Por ver a verde nota. Se ajuntou com os Sem Terra. Pediu por reforma agrária. Com a fé de brasileiro. E morreu de brasileiro. Que a espingarda e. De um amarelo fazendeiro. Para a verde bananeira. Quinta-feira, 17 de junho de 2010. Cada um dá o que pode. O tal presunto é que era coisa fresca na favela. A maioria, comovida e indignada, ficou para prestar homenagem de muita reza e lágrima. As be...
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Num café pequeno...: Agosto 2011
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A expressão num expresso. Companhias para um capuccino. Quinta-feira, 18 de agosto de 2011. Saiu para dançar muito bem vestida na noite bonita que cobria o nosso telhado maltrapilho. Eu fiquei. Fiquei porque me sabia careta, cara de indiferença a minha. Ela foi porque me sabia quadrado, cara de desimportância a dela. E a necessidade por reparos no telhado nos bastou como justificância. Acompanha a prosa e a poesia. Cafeteiro, cáften, cafeína, cafetão! Visualizar meu perfil completo. Ouça um disco devagar".
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Num café pequeno...: Finesse
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A expressão num expresso. Companhias para um capuccino. Domingo, 23 de janeiro de 2011. Eu falava de negócios quando ela cerrou os olhos e me calou com um beijo. De súbito, mais que seus lábios e língua adentrando, violando a minha boca, senti roçarem em meu peito os bicos dos seus seios, duros por promiscuidade ou ganância. Ela era tão menina, tão branca que decerto tinha mamilos rosados. só poderiam ser rosados. Ademais, a comida, o vinho, o estacionamento, tudo me custou um olho da cara. Vc escreveu i...
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Num café pequeno...: Transe
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A expressão num expresso. Companhias para um capuccino. Sexta-feira, 10 de setembro de 2010. Depois de transarmos sem grandes pretensões amorosas, estava ela defronte a janela do. Apartamento com ares de satisfação. E pela direção de seus olhos, parecia fitar a rua em que o meu carro havia sido estacionado; se não, o próprio carro. Da cama, fiquei a tateá-la de vista por algum tempo. Penso que não a inibi com isso, pois ao se dar conta do que acontecia, sorriu permissiva e espreguiçou vagarosamente.
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Num café pequeno...: Maio 2010
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A expressão num expresso. Companhias para um capuccino. Quarta-feira, 19 de maio de 2010. Luzia é uma puta de afetos. Ao menos, foi o que ela me disse. Eu, particularmente, confesso que a comeria mesmo que tivesse de pagar. Não que eu já não o faça, gastando o miserê que me sobra do batedor com prendas de todo custo para custear as nossas boas trepadas. Ela adora essas bajulações, mas finge que não faz conta disso e daquilo. E eu até a. Acife e bancar os seus caprichos; - é que me. E estima enche barriga?
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Num café pequeno...: Desgraça por desgraça
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A expressão num expresso. Companhias para um capuccino. Domingo, 15 de maio de 2011. O farfalhar do escombro de portão amarrado de arame alertava Zoraide de que mais uma vez o Ramiro passara da conta, bebera o mundo no fiado, quem sabe arrumara confusão com um ou outro vagabundo, quem sabe transara com uma qualquer. Era isso há cinco anos. Aliás, naquela data, exatos cinco anos de casamento às surras que a aconselhavam fingir o sono profundo que enganaria até mesmo o diabo. Gosto muito desse canto! Um cl...
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Num café pequeno...: Dezembro 2011
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A expressão num expresso. Companhias para um capuccino. Quarta-feira, 21 de dezembro de 2011. Jandira ateou fogo em si mesma. Pobre de qualquer riqueza. Rica de toda pobreza. Queimou como dinheiro na mão capital do diabo. Mas comprou parte do inferno a partir de seu trabalho proletário. Diarista, puta e cafetina de si mesma. Fez grande investimento - porque lá é mais quente do que o Nordeste do Brasil, é verão o tempo todo e dá turista, como dá turista! Jandira faz de um tudo para dar a volta por cima.
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Num café pequeno...: Novembro 2011
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A expressão num expresso. Companhias para um capuccino. Sexta-feira, 18 de novembro de 2011. Explodiria a vida minha. Também a de outros. Com o caos da poesia. Também a de outros. Tamanho seria o estrago. Somente os corações pulsariam. Aludindo ao vivo esforço. Acompanha a prosa e a poesia. Cafeteiro, cáften, cafeína, cafetão! Visualizar meu perfil completo. Ouça um disco devagar". Um clique para me ouvir! Como vovó já dizia. Devaneios e afetos de um ser que borbulha. Estrela de Cinco Pontas.
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Num café pequeno...: Setembro 2010
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A expressão num expresso. Companhias para um capuccino. Sexta-feira, 10 de setembro de 2010. Depois de transarmos sem grandes pretensões amorosas, estava ela defronte a janela do. Apartamento com ares de satisfação. E pela direção de seus olhos, parecia fitar a rua em que o meu carro havia sido estacionado; se não, o próprio carro. Da cama, fiquei a tateá-la de vista por algum tempo. Penso que não a inibi com isso, pois ao se dar conta do que acontecia, sorriu permissiva e espreguiçou vagarosamente.
