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Poesias Bailantes: Orgasmo
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Quinta-feira, 10 de junho de 2010. Um corpo com cheiro de maresia toca a minha alma. Ele voltou para dentro de mim em movimentos oceânicos. Mal completo o orgasmo e ele já se foi novamente. Acordo assustada. Por que ele volta para meus sonhos? Por que me abandonou novamente? Tive que abraçar aquela que me amarrava, que fazia um jogo doentio de uma mente cheia de fantasmas. E ali eu aprendi sobre o amor. Embora a confiança tenha sido novamente quebrada quando um novo ser cresceu no ventre daquela que havi...
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Poesias Bailantes: A dor e o sofrimento
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Quarta-feira, 5 de maio de 2010. A dor e o sofrimento. Um dia minha irmã me disse: você sofre porque você pensa demais. Ela tem razão, mas como uma admiradora dos tibetanos eu digo: sigo os rastros da minha dor. Não calo a dor de parto, apenas me abro. Não cego uma dor de cabeça, apenas relaxo. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional. Rubem Alves diz que ostra feliz não faz pérola. Rubem Alves diz que ostra feliz não faz pérola. Adorei o post também. pequeno e profundo. Adoro textos assim! Entrei no ...
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Poesias Bailantes: Eu me traduzo nas entrelinhas
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Quinta-feira, 26 de agosto de 2010. Eu me traduzo nas entrelinhas. Um homem jamais pode entender o tipo de solidão que uma mulher experimenta. Um homem se deita sobre o útero da mulher apenas para se fortalecer, ele se nutre desta fusão, se ergue e vai ao mundo, a seu trabalho, a sua batalha, sua arte. Ele não é solitário. Ele é ocupado. A memória de nadar no líquido aminótico lhe dá energia, completude. Sei que já passaste por isso. Estou confusa. beijoo. 19 de setembro de 2010 00:50. Hi everybody, here...
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Poesias Bailantes: Nascer ao contrário
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Quarta-feira, 16 de junho de 2010. Nascer é morrer ao contrário. Em nosso drama humano descobrimos mil possibilidades para que possamos ser ainda mais. Quantas vezes não temos que nos encolher com tanta força para saltar para trás do muro alto que surge a nossa frente. E a vida que é um reflexo da quase morte, porque agora me faz sentir o meu lado mais obscuro. E neste nascimento vejo nascer alguém mais humana, que aposentou a fantasia de heroína, vestiu as roupas humanas e descobriu que a verdadeira sal...
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Poesias Bailantes: Todo mundo
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Quinta-feira, 22 de abril de 2010. O medo é um inimigo cruel. A gente aceita qualquer coisa para sentir-se seguro. Assim se faz a guerra. Cria-se o medo do inimigo e a possibilidade de atacá-lo antes de ser antingido. Ser diferente é se confrontar com a pergunta? Por que vocë quer ser diferente? Todo mundo faz cesárea. Todo mundo dá mamadeira. Todo mundo dá chupeta. Todo mundo toma remédio. Todo mundo toma vacina. Todo mundo assiste TV. Todo mundo acredita que palavra de médico é lei. E uma das provas di...
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Poesias Bailantes: Ai esta falta de ética
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Terça-feira, 17 de novembro de 2009. Ai esta falta de ética. Me lembro que na faculdade um professor doido e incrível disse o seguinte: ética não precisa ser ensinada. Ou você tem ou não tem. E é mais barato conhecer a merda que se está pisando, quando ainda está na sola do sapato, antes de mergulhar de cabeça. Aí é só sair fora, com uma dor no coração e muita gratidão por saber que as coisas vão e voltam com força dobrada. Vixe, ela ficou brava! Uma vez escrevi no meu blog que um dos meus sonhos é o dia...
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Poesias Bailantes: Dentes de menino
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Quinta-feira, 20 de outubro de 2011. O menino sorri. Sorri com os olhos e com os lábios. Lá dentro da boca quente, dentes. Outrora juntos, unidos. Como se prometeram: de mãos dadas, casados pela vida. Mas dentro da boca quente vai passando comida. Passa vento e pensamentos, cai de boca e eles se abalam. Sangra o fluido da vida. Escurece o esmalte e a dentina, mas com o tempo a sombra é reabsorvida e parece que tudo termina. Surge uma fenda pequenina. Um espaço? O menino sorri de boca fechada. Um sorr...
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Poesias Bailantes: Hoje é o dia de lembrar que todo dia é nosso
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Segunda-feira, 8 de março de 2010. Hoje é o dia de lembrar que todo dia é nosso. Somos mulheres: sentimos as ondas hormonais que passamos durante nossos períodos. O ápice da fertilidade, o acolhimento da menstruação. E na gestação o corpo a se transformar em cada fase. O parto que traz a dor prazerosa, a ardência apaixonante. Ser mulher, feminina e lunar. Quantas vezes não nos sentimos perdidas, com nossos corpos e nossa função no mundo? Nós mulheres, as grandes responsáveis pela mudança de cultura, ensi...
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Poesias Bailantes: Surdos Marchadores
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Quarta-feira, 28 de outubro de 2009. Nunca, em tempo algum, meus passos deixaram de incomodar os ignorantes. Já fui como eles que valorizavam as coisas do mundo em detrimento a força do instinto e do coração. E por tempos achei que calada conseguiria caminhar escondida carregando uma melancia de ideologias distintas na minha cabeça. Mas não consegui. Por mais que adore o bailar, minha paixão faz gritar para acordar as almas ignorantes. Como podem achar normal cortar a barriga para nascer? As crianças par...
