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caderno de penitência

Domingo, 26 de abril de 2015. Numa Lanchonete em 2012. Penso no homem que inventou a meia-noite. A escarpa extática de seu nariz ao inclinar-se. O ato de inclinar-se. Catalogar, representar no espírito, os salgados expostos na estufa,. A luz branca que os mantinha, como que à força, em seu lugar. Das duas entradas de uma galeria em “U” efluía então. Certa ideia de movimento humano, persistência muda,. Emblema do que viemos a entender como natural. Estas pessoas que saem, que entraram, sabe-se lá por onde,.

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Domingo, 26 de abril de 2015. Numa Lanchonete em 2012. Penso no homem que inventou a meia-noite. A escarpa extática de seu nariz ao inclinar-se. O ato de inclinar-se. Catalogar, representar no espírito, os salgados expostos na estufa,. A luz branca que os mantinha, como que à força, em seu lugar. Das duas entradas de uma galeria em “U” efluía então. Certa ideia de movimento humano, persistência muda,. Emblema do que viemos a entender como natural. Estas pessoas que saem, que entraram, sabe-se lá por onde,.

<META> KEYWORDS

1 caderno de penitência

2 síntese

3 não era difusa

4 esta galeria

5 eu repito natural

6 não as vimos

7 que é precisamente

8 o que somos

9 o corrimão

10 arames

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caderno de penitência,síntese,não era difusa,esta galeria,eu repito natural,não as vimos,que é precisamente,o que somos,o corrimão,arames,embrulhando a fronteira,procurando exasperadamente acomodar,a fome,postado por,ismar tirelli neto,nenhum comentário

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Domingo, 26 de abril de 2015. Numa Lanchonete em 2012. Penso no homem que inventou a meia-noite. A escarpa extática de seu nariz ao inclinar-se. O ato de inclinar-se. Catalogar, representar no espírito, os salgados expostos na estufa,. A luz branca que os mantinha, como que à força, em seu lugar. Das duas entradas de uma galeria em “U” efluía então. Certa ideia de movimento humano, persistência muda,. Emblema do que viemos a entender como natural. Estas pessoas que saem, que entraram, sabe-se lá por onde,.

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caderno de penitência: Setembro 2014

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Domingo, 28 de setembro de 2014. No cômodo ao lado. Os bibelôs da cidade do Cairo,. Uma gabardina estendida para secar, o cheiro a urina na manta. Sobre o parapeito da janela – viver –,. Cair, eventualmente,. Com a tosse marretando, engulho, grossas passadas rumo ao banheiro às três da manhã. Uma partilha difícil, em todo caso, indecente. Em tudo, um peso sanatorial –, arca, baú, banco de igreja –,. Arca, baú, banco de igreja. Tudo participa do meu tamanho. As consistências, porém, oscilam. Partidas bem ...

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caderno de penitência: Agosto 2014

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Quinta-feira, 14 de agosto de 2014. A começar por um homem. Este –, não ultrapassa uma lauda, o curso de alguns breves parágrafos –, é perfeitamente possível vê-lo pela primeira vez. Que eu o veja pela primeira vez. Ele é conforme —, uma carruagem fantasma? Virá em meu auxílio? Insisto. É perfeitamente possível vê-lo, isto é, não revê-lo, não guardar deste homem a mais remota lembrança. Os senhores e seus campos reencarnados; seus olhares de obsidiana compaixão. Tampouco eu enxergo alguma coisa. Sim, est...

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caderno de penitência: Julho 2014

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Sábado, 26 de julho de 2014. Vivalma; Ilegibilidade; A Noite Polar. Está um tipo que rosqueia filtros azuis. Não se faz ver senão ao fim dos corredores. Armários duas vezes fechados. Fechados à chave a madeira fechada. Adensada do som do secador a casa. Não é uma casa é pura mistificação. Arria-se assim pelos sofás. Espicha o pescoço ao de leve para a frente. Numa inclinação incômoda para a varanda. Como se do musgo lago atonasse o perfil. E insistente e azul não chegasse mais nada. O sol aguça já os cac...

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caderno de penitência: Novembro 2014

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Sexta-feira, 14 de novembro de 2014. Vá trabalhar, anjo. Nenhuma paixão é realmente capaz de substituir o álcool. Afora, talvez, o dinheiro. Foi assim que construí meu império. De repente ficou tão humilde que mal consegue deixar o terraço. A chuva quebra seus primeiros frascos de amônia na calçada,. Os anjos infiltrados na mureta. Dão um dó, diz. Que emborcou dois imóveis no Flamengo em menos de dez anos,. Ali perto da praia. Repete para você ver. Que não me faltam experiências. Ponho a cabeça na chuva,.

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caderno de penitência: Março 2015

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Sábado, 28 de março de 2015. Pequena Galeria", "Postal". O muito que emudecem. De seus “senhores”. Estão pelas esquinas chupando. Nos olhos um fosco sem dor. Sobre os frades da calçada. Dedos de papel-carbono e. O asfalto a trepar-lhes pelos jeans. Nas caras uma fixidez diabólica. De atirar qualquer coisa de volta ao mar. Doze picos, doze apóstolos). Indefensibilidade de um céu. Diante das rochas, as ondas. Mantêm as colunas eretas. Compartilhar com o Pinterest. Visualizar meu perfil completo.

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Abrigos de Vagabundo: Abril 2015

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Terça-feira, 21 de abril de 2015. Todo mundo tem medo do bairro do outro". Meu povo. David Nascimento (sempre) e eu produzimos um ensaio-fotográfico com contornos de reportagem sobre o bairro Nossa Senhora Aparecida, berço cultural e histórico de Pirapora (MG), nossa querida cidade. Deem uma pulada lá! Douglas de Oliveira Tomaz. Compartilhar com o Pinterest. Douglas de Oliveira Tomaz. Visualizar meu perfil completo. Todo mundo tem medo do bairro do outro. Lygia F. Telles. ARS LONGA, VITA BREVIS.

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Abrigos de Vagabundo: o quarto de letícia

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Segunda-feira, 20 de julho de 2015. O quarto de letícia. Inscrever pela primeira vez caneta azul sobre poemas. Perder medo de macular livro com tinta – e digitais. Encontrar letícia perdida na página seguinte. Anotar endereço de hoje à noite na página vinte e cinco. Primeira mácula. Reencontrar letícia em páginas não tão insuspeitas. Viçosa, minas gerais, junho de 2015. Douglas de Oliveira Tomaz. Compartilhar com o Pinterest. Assinar: Postar comentários (Atom). Douglas de Oliveira Tomaz.

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Abrigos de Vagabundo: Agosto 2015

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Domingo, 30 de agosto de 2015. Tudo isso estampado no rosto da Ana Martins Marques. Em que alternou crônicas e poemas. Mas, para tal fim, criou um sentido bonito, de que estes visavam a amenizar. Um pouco aquelas, dar-lhes, quem sabe, um balanço novo. Num determinado momento da discussão, eu já me convencia de que não faria parte da antologia, mas sugeri: vamos convidar a Ana Martins Marques! Alice continuou pensando, mas não respondeu. Ela parecia julgar ignorante tudo o que eu dizia sobre poesia. C) o ...

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Abrigos de Vagabundo: Novembro 2014

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Sábado, 22 de novembro de 2014. Autor: Caio Fernando Abreu. Conto: Caixinha de música. Douglas de Oliveira Tomaz. Compartilhar com o Pinterest. Quarta-feira, 19 de novembro de 2014. Grace Jones, uma daquelas pessoas-divindades que ninguém sabe como existem sem implosão, se é que existem. Douglas de Oliveira Tomaz. Compartilhar com o Pinterest. Segunda-feira, 17 de novembro de 2014. O pênis ereto da moça de vestido amarelo, por David Nascimento. Outro presente de David, incansável. De Oswald de Andrade.

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Abrigos de Vagabundo: Julho 2015

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Sexta-feira, 24 de julho de 2015. Se não tem sentido o meu cantar. Qual o sentido de não cantar? Douglas de Oliveira Tomaz. Compartilhar com o Pinterest. Quinta-feira, 23 de julho de 2015. Litogravura" ou material didático para controlar o ascendente em peixes. Templo. Coluna. Arco de triunfo. Mil duzentos e cinquenta. Qualquer pedra na Europa. É suspeita de ser. Mais do que aparenta. Felizes as pedras da minha terra. Que nunca foram senão pedras. Pedras, a lua esfria. E o sol esquenta. Douglas de Olivei...

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Abrigos de Vagabundo: Fevereiro 2015

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Domingo, 22 de fevereiro de 2015. Vladimir Veidlé, escritor e crítico que conviveu com a poeta russa Anna Akhmátova (1889-1966) conta o seguinte sobre o processo criativo dela:. Quem se interessar por algum texto em particular e quiser utilizá-lo para algo, basta entrar em contato por aqui, pelo facebook, ou por e-mail: douglasdeoliveiratomaz@gmail.com. Aqui onde tudo termina. Douglas de Oliveira Tomaz. Compartilhar com o Pinterest. Segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015. Como mulher alguma jamais fez.

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Abrigos de Vagabundo: Cultura demais mata o corpo da gente

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Terça-feira, 4 de agosto de 2015. Cultura demais mata o corpo da gente. Liberou a punheta.”. Autor: Caio Fernando Abreu. Douglas de Oliveira Tomaz. Compartilhar com o Pinterest. Assinar: Postar comentários (Atom). Douglas de Oliveira Tomaz. Visualizar meu perfil completo. Tudo isso estampado no rosto da Ana Martins Marque. Breve noticiário atrasado: mês 07. Pra que eu tivesse cuidadoNa partida pro futuro . Cultura demais mata o corpo da gente. Lygia F. Telles. Zodíaco não livra ninguém do fundo do poço.

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Abrigos de Vagabundo: "litogravura" ou material didático para controlar o ascendente em peixes

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Quinta-feira, 23 de julho de 2015. Litogravura" ou material didático para controlar o ascendente em peixes. Templo. Coluna. Arco de triunfo. Mil duzentos e cinquenta. Qualquer pedra na Europa. É suspeita de ser. Mais do que aparenta. Felizes as pedras da minha terra. Que nunca foram senão pedras. Pedras, a lua esfria. E o sol esquenta. Douglas de Oliveira Tomaz. Compartilhar com o Pinterest. Zodíaco não livra ninguém do fundo do poço. Assinar: Postar comentários (Atom). Douglas de Oliveira Tomaz.

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Abrigos de Vagabundo: A Luz Indireta

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Domingo, 24 de maio de 2015. Douglas de Oliveira Tomaz. Compartilhar com o Pinterest. 4 de junho de 2015 13:22. Https:/ www.youtube.com/watch? 25 de junho de 2015 13:43. Queria transformar o vento. Dar ao vento uma forma concreta e apta a foto. Eu precisava pelo menos de enxergar uma parte física do vento: uma costela, o olho. Mas a forma do vento me fugia que nem aa formas de uma voz. Quando se disse que o vento empurrava a canoa do índio para o barranco. Mas essa imagem me pareceu imprecisa ainda.

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