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Mosca Mota: Novembro 2011
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Sábado, novembro 05, 2011. Achas que de ti sinto pesar? Nos meus olhos é isso que vês? Mas o pesar não é teu. É que te invejo…. Na aptidão, de ser e de sentir. Que nunca poderei decalcar. Invejo-te sobretudo na dor,. Que antediz o nada. O mais estranho é que,. É na nossa plena entrega. Que é maior a plenitude. Como é que nunca é o nada que resta? É fácil não ter nada. É difícil ter tudo. Nada fácil é ser tudo,. Mas o mais difícil de tudo. Ausência de ego,. Perfeição apática do nirvana. Mais que invisível,.
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Mosca Mota: Setembro 2008
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Domingo, setembro 28, 2008. Nada mais há na vida. Do que a constante fadiga. De desistir ou viver. Viver é coisa que assusta,. E morrer é muito radical. Vaguear pelo meio do caminho. Onde sobreviver é o ideal. Todos os medos adormecidos. Todas as surpresas calculadas. Todos os metros antes varridos. Todas as pulsações harmonizadas. Exaustiva é a rotina. De aniquilar qualquer tentativa. De abalar o ilusório domínio! O módulo de coma induzido. É um anti-séptico abrigo,. Sendo as emoções desincubadas.
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Mosca Mota
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Sábado, março 12, 2011. Varanda forjada de silêncio,. Janelas tatuadas de ornamento. Fundem na moldura de granito,. O reflexo da indiferença. Os olhos de azulejo intenso. Da multidão em atropelo. A beleza crua e despojada,. Sonha na noite velada. Como criança que faz birra. O mergulho é incerto. Exposta, de peito aberto. Forte na sua essência. Sai pelas ruas embrutecidas,. Sem temer perder bagagem. Rasga as veias e revira o coração. Contrastando o autismo da multidão. O que a olho nu é difícil enfrentar.
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Mosca Mota
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Domingo, agosto 09, 2009. Olho a minha mão aberta. De geóide complexo e irregular. Gaia rochosa mas não deserta,. Sistema vivo tão singular. Estico bem os dedos. E de um mergulho sem medos,. Percorro os oceanos sem fatigar,. Do mindinho ao polegar. As veias marcadas na crosta ardente,. Debaixo da pele, do manto irrompem,. Numa erupção nuclear de calor latente. Vapores de emoções que assomem. Articulo agora os gestos,. Na palma da mão desenhados. Pela densidade do tacto. Decifro os segredos do mundo.
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Mosca Mota
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Sábado, novembro 05, 2011. Achas que de ti sinto pesar? Nos meus olhos é isso que vês? Mas o pesar não é teu. É que te invejo…. Na aptidão, de ser e de sentir. Que nunca poderei decalcar. Invejo-te sobretudo na dor,. Que antediz o nada. O mais estranho é que,. É na nossa plena entrega. Que é maior a plenitude. Como é que nunca é o nada que resta? É fácil não ter nada. É difícil ter tudo. Nada fácil é ser tudo,. Mas o mais difícil de tudo. Ausência de ego,. Perfeição apática do nirvana. Mais que invisível,.
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Mosca Mota: Fevereiro 2008
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Terça-feira, fevereiro 05, 2008. Pedra, carvão e diamante. Pela chuva e a madrugada. Amorfa ao sonhar e ao sentir. A pedra tanto aquece como esfria. Reflexo do meio envolvente,. Não interfere nem se agita. Não vive, não existe…. Arrasta-se por entre a gente. Sombra de um autómato ausente. Sem intuição ou opção. Percorre o já traçado. Sem revolta ou contrição. Acorda pedra, acorda! Não vês o que está em redor? A pedra responde com torpor. Num longo processo consciente. Fez da dor um carvão denso. Assim os...
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Mosca Mota: Março 2009
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Domingo, março 22, 2009. Este é um daqueles dias em que me apetece morrer. Morrer várias vezes, com dó e piedade,. Ser egoísta, ignorar muitíssimo quem fica. Chateia-me ser forte ou no molhado,. Ser fraco ou chover,. Se o que me apetece hoje é não ser. Que irritante pantomina,. Se não quiseres sofrer, sofre muito. Do osso ao tutano,. Corrói a ferro e fogo,. Mas sente, sente que dói. Que aborrecimento é ser. E não ser ao mesmo tempo. Pois se morrer hoje, e amanhã não,. Hoje fui e amanhã serei,.
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Mosca Mota: Março 2008
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Sábado, março 22, 2008. Escrevo vastidões homéricas de palavras. Percorro planícies, desertos e montanhas. A cada milha, a cada página, chego mais perto…. Superada qualquer dor e a exaustão,. Até não sentir já, nem pés, nem mãos. Adivinham-se páginas em branco e o caminho aberto…. As palavras envolvem-me a cada passo. As milhas despertam-me a cada verso. O poema é vivo e o chão estremece! Percorrer-te sempre a razão. Dizer-te sempre o coração. E, simultaneamente… o meu chão! Clube dos Poetas Raçudos.
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Mosca Mota
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Domingo, setembro 28, 2008. Nada mais há na vida. Do que a constante fadiga. De desistir ou viver. Viver é coisa que assusta,. E morrer é muito radical. Vaguear pelo meio do caminho. Onde sobreviver é o ideal. Todos os medos adormecidos. Todas as surpresas calculadas. Todos os metros antes varridos. Todas as pulsações harmonizadas. Exaustiva é a rotina. De aniquilar qualquer tentativa. De abalar o ilusório domínio! O módulo de coma induzido. É um anti-séptico abrigo,. Sendo as emoções desincubadas.
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Mosca Mota: Agosto 2009
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Domingo, agosto 09, 2009. Olho a minha mão aberta. De geóide complexo e irregular. Gaia rochosa mas não deserta,. Sistema vivo tão singular. Estico bem os dedos. E de um mergulho sem medos,. Percorro os oceanos sem fatigar,. Do mindinho ao polegar. As veias marcadas na crosta ardente,. Debaixo da pele, do manto irrompem,. Numa erupção nuclear de calor latente. Vapores de emoções que assomem. Articulo agora os gestos,. Na palma da mão desenhados. Pela densidade do tacto. Decifro os segredos do mundo.