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Solilóquio: Junho 2005
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Esborrachar tudo e juntar;. O útero da vida sobre a receita vai actuar. E o olho que tudo vê irá condimentar e energia acrescentará. Com a ajuda de todos,. Um trago irei provar. E finalmente a minha boca se vai selar. Na minha língua sinto o sabor a sangue fresco. Com o picante da tua boca tudo pode acabar. Posted by Telma* at 14:03. Às vezes gostava que a minha vida fosse um filme. Um filme de terror era o ideal. A resposta é simples nos filmes de terror ou se morre ou se vive feliz para sempre. Medito ...
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Solilóquio: Agosto 2005
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Posted by Telma* at 21:23. Sangue, sangue, sangue. Vermelho, encarnado, Coagulado. Escorre do canto, da boca, entreaberta, língua imóvel, enrolada, ensanguentada, espetada entre caninos que ladram à lua avermelhada pelo fogo. Marte, Morte, morta. Branca, roxa, negra, Pálida, serena. Água, sangue, Água, saliva, água, lamina, água, pulsos, Água quente. Cetim, pinho, cruz, marmore, flor, chave, velas em copos vermelhos. Água, dor, Água, amor, água, chama, água salgada. Terra, Corpo, Carne morta. As lágrimas...
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Solilóquio: Outubro 2005
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Na palma da mão vejo. A morte que em ti esqueço. Num par de asas secas. Algemadas no teu beijo. Voo contra a parede. Num grito de desejo. Cansada com o peso. Que carrego do teu beijo. No canto da boca escorre. Mar entre dentes espreito. Tesoura de pontas tortas. Atravessada pelo teu beijo. Leio tua boca encarnada. Veia bloqueada e atada. Carne vermelha te arranco. Nas tuas costas o teu beijo. Ar pelos pulmões entra. Unha cravada na língua. Salivo pelo teu beijo. Dentes pela boca alinhados. Com o teu beijo.
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Solilóquio: Maio 2005
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Deixa correr a caneta". Pois, é fácil falar. Quem me diz isto não acorda todos os dias a pensar em coisas fúteis como eu. A pensar: o que vou vestir? Como estará o tempo? Vidinha de merda. sem direcção. Sem ser isto, de manhã, ao acordar só consigo pensar em amor, ou em algo tipo: sexo. E penso: como seria bom se me vira-se e estivesses aqui. na minha cama morzão. Assim, o dia poderia começar perfeito. Aí poderia deixar correr a caneta. Assim não vou a lado nenhum. Assim não há caneta que aguente.
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Solilóquio: Fevereiro 2005
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Ecoa pelo Bairro da inocência. A mente inocentemente precoce. Rasgado com um riso claramente mudo. Um riso que varre o negro bairro. Banhado pela selvagem dor. A dor que corre em pressas. Que escorre de predadores. Caçados pelas próprias pressas. Onde não reina a lei do mais forte. Onde as serpentes não saem da toca no Verão. Onde as pressas são os predadores. Onde garras e dentes são inofensivos. Posted by Telma* at 21:43. Ver o meu perfil completo. E há o nada. Maus Dias de Pensar.
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Solilóquio: Novembro 2004
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Ignorada. algo que me espeta a pele grossa e matizada e me faz expulsar o sangue frio. Que me corre no corpo e me aquece o coração. O sangue frio que me banha a face e me limpa por dentro. Posted by Telma* at 14:30. A minha vida em palavras. Esse que nos diz tudo. Que nos diz nada. Que nos pode dizer tudo e não sentir nada. A minha vida é um livro. Mas não um livro. Não um simples livro. Afinal é a minha vida. E a minha vida não pode ser um livro entre livros. Um livro. A minha vida. Um monte de nada.
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Solilóquio: Novembro 2005
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Por vezes olho para as mãos. A sensação que me faltam dedos é frequente. Vejo-me no espelho,. Os olhos castanhos do espelho observam-me. Nada é como d'antes. Fisicamente, pertenço aqui. Mentalmente vagueio em todo lado menos aqui. Adoça-me os sentidos,. Trinca-me fortemente as costas. Está-la os dedos nas minhas pernas. Arranca-me a língua com prazer. Com linha vermelha matizada cose-me os lábios,. De uma ponta à outra. Posted by Telma* at 11:40. Escrevi à uns tempos, decidi publicar agora.