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lados multiplicados: Março 2012
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Deserto povoado de tribos. Luto, tristezas e uma certa paz - 23. Os seres humanos são difíceis. Somos difíceis para nós mesmos, somos difíceis uns para os outros, e também somos um mistério para nós mesmos, um mistério uns para os outros. Encontramos muito mais dificuldade - e dificuldade real - em qualquer dia comum do que na mais "intelectual" das obras de arte. Por que a poesia, a prosa, a pintura têm de ser menos do que nós somos? Modelo Simples. Tecnologia do Blogger.
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essapalavra: 01/05/13 - 01/06/13
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Deserto povoado de tribos. A mulher docemente o atendeu. 30 anos depois. Não o reconhecia com certeza. Sentiu-se feito de bobo pelas próprias ilusões. Virou-se sem se despedir, tinha se enganado, foi só o que disse enquanto saía. Um grito. Chovia. Saiu correndo pela rua em direção à marquise da lanchonete do outro lado. Que ventos são aqueles que atravessam em assovios casas abandonadas? O que foi aquilo? Como são tortas as estradas que fiz, você até tentou me endireitar, mas, que importa isso? Falo para...
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essapalavra: 01/11/12 - 01/12/12
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Deserto povoado de tribos. Vem um dia e vai outro, os acontecimentos seguem, e Deus continua sendo, pra mim, um suave aviso. Apenas. Algo assim. O sol se levantará amanhã. Um aviso acerca do que não carece de aviso. Ame! É que se dará este encontro, essa conexão entre a brisa imperceptível e o filete verde e inclinado da erva miúda. Ame! Exageram tanto nos elogios de Deus, meu Deus! O mundo deu uma volta completa ao redor do sol, meu Deus! Pois não há nehuma palavra que pertença por essência, por direito...
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essapalavra: 01/12/12 - 01/01/13
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Deserto povoado de tribos. Os habitantes - 5. Os habitantes - 4. Seguiu Romana para a cozinha por aquelas ruas labirínticas por entre móveis, utensílios de um tempo de gente morta há muito tempo, coisas e mais coisas, altas e baixas, mas sobrepostas umas sobre as outras, se menores, se possível, formando aquelas paredes todas, ela seguia e a dor já passara do ponto do nervosismo, já era possível suportá-la, a dor diminui ou acostuma-se? Os habitantes - 3. Os habitantes - 2. Os habitantes - 1. Pois não há...
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essapalavra: 01/10/12 - 01/11/12
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Deserto povoado de tribos. O que é a bondade? Você perguntou, mas não mais do que isso você perguntou, e ficou olhando para aquele barco de qualquer jeito deixado na areia, as cores do barco mesmo que marcadas de esbarros e pancadas e muitos dias, ainda davam a ele uma indiscutível beleza, mas a beleza também estava nas cordas ali jogadas, jogadas como dias vividos, como boas horas, bonitas, passadas, o que é a bondade? Visualizar meu perfil completo. O equador das coisas. I'm used to it by now. É precis...
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lados multiplicados: Dezembro 2011
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Deserto povoado de tribos. Luto, tristezas e uma certa paz - 14. Sua casa, mãe, ao sol forte do início da tarde em vésperas de natal, fala em mansas e discretas mensagens que tudo agora é diferente. Ah! Volto um tempo depois ao mesmo ambiente da casa onde o abacateiro é a mais bela decoração. Aquele pássaro de canto pungente se foi mesmo, outros pequenos pássaros fazem sua algazarra nos retorcidos e afetuosos braços da árvore. Olho para o abacateiro e sei, ele também silencia. A saudade e a tristeza se m...
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essapalavra: 01/08/14 - 01/09/14
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Deserto povoado de tribos. Tem alguma coisa nesse ar, tem alguma coisa na luz do dia, tem alguma coisa boa vindo. É setembro que vem chegando? Nada mais do que dizer, nada e ainda tudo por dizer. Umas coisas, uns instantes, uns cenários, uns encontros talvez gerem novas palavras. Já não escrevo poemas, o que escreverei? Visualizar meu perfil completo. O equador das coisas. I'm used to it by now. PENSAMENTOS, FOTOS E DEVANEIOS .caminhando entre o real, o virtual e a ficção. O Livro dos Dias Dois.
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essapalavra: 01/09/13 - 01/10/13
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Deserto povoado de tribos. Vozes de abrir janelas, tentativas de olhar – 3. Ir à venda era só pretexto pra pensar em tomar o ônibus. Ali em frente ficava o ponto. Ia ali todo dia, como todos, quase todos, depois do trabalho, uma hora pra rir, ou se tentar. Prá que serve o vinho senão pra alegria? Pois não há nehuma palavra que pertença por essência, por direito de natureza, à literatura. Qualquer palavra, prosaica ou cotidiana, sem status ou prestígio literário é um arrombamento. Foucault, 1964.