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Por ocasião: Janeiro 2012
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Terça-feira, janeiro 24, 2012. A Oswald de Andrade e Murilo Mendes. Nabos e peitos de frango observam saudosos. A praça provinciana da capital. Domésticas e abelhas amontoam-se nas laranjas. E o sol vermelho sacoleja os panos de prato. Conforme os bigodes do feirante desidratam-se. O pasteleiro é tão chinês quanto os dvds do alagoano,. E frita pombos e limões perambulantes. Quanto é que custa os limão? Sei não. mas meu tomate é barato! Ói’o tomate óia! Mas essa vida anda tão cara. E o homem de negócios.
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Por ocasião: Fevereiro 2012
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Sexta-feira, fevereiro 24, 2012. Sala, banheira e piscina. Acorda, dona moça! Vão demolir sua cama. Para fazer um beliche. Acorda, seu Zé! Sai do balcão,. Manda embora o amigo. Manda ao diabo o freguês. E vá se mandando também. Que vão demolir essas mesas. Pr'um drive thru de cerveja. O quanto durar, não importa. Cuidado que o teto já cai. E vão construir outro teto. Sólido, caro, reto. E que não se veja mais luz. Máquinas de evitar depressão! Sem janela mas com vista. Ou porteiro ou amolador de facas.
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Por ocasião: Quadras manuelinas
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Sexta-feira, outubro 05, 2012. Inútil procurar nos vãos do mundo. A flor que entre dois versos, má, se esconde. Inútil responder com ferro imundo. À ofensa a que só o beijo corresponde. Ao que é por si só cabe se ser. A mim (e o confesso, ser errante). Até a fuga fácil do viver. Por hora me parece bem distante. O chão que piso, firme, a mão que aperto:. A hora em que a emoção fugaz se explica. Embora toque o peito, enfim aberto,. Logo o fecha. Mesmo assim algo fica. Algo das coisas que transpõem-se verso,.
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Por ocasião: Novembro 2012
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Sexta-feira, novembro 23, 2012. Soluça como um pássaro. Em meu bolso. . A vida segue a mesma e mais. Uma vez faz 15 graus. Deste estado lúcido irreal. Te gritam desde o rádio. À padaria. Da firma,. Do ralo do banho. Mas você sabe bem. E cada olhar só confirma). O dia que hoje tens. Dia de ovo, fadiga e carne. Dia de novo, bom-dia,. Ou Dia do até-qu'enfim). O dia de pouco ausente. Av Brigadeiro congestionada pelas obras de recapeamento! Mais uma vez, vida em Marte. E tem sol e tem sangue em toda parte.
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Por ocasião: Abril 2012
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Sexta-feira, abril 20, 2012. Rasgo as paredes num grito. Existo, insisto, repito. Da luz ou do espaço. E seu branco e assim. Me espreguiço, infinito e. Preguiçoso. A morte. Não me anima ou. Espanta. Torço as cadeiras da sala e. Depois me levanto. E depois,. E três, e distâncias outras,. Me perpassem. Olhos em gelo. E reflexo. Nuvens e pernas se apressam. E mal me despeço. Reflito. As dobras desse universo. Москва, 03/04 de 2012. Compartilhar com o Pinterest. Terça-feira, abril 17, 2012. A volta do verso.
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Por ocasião: Julho 2012
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Domingo, julho 08, 2012. O peito ao avesso do branco. Não tenho motivo de choro. Dias de terra e fadiga. Quantos sem conta acumulo. Carrego e reconto, como. Se, sabendo, o caminhar se enlevecesse. Mas eu também sou fria arquitetura de homens,. Sustento móveis, lamentos, costumes. E sou fiel testemunha de indecências. Quanto nojo não larguei pelas calçadas! Vivendo às custas do sol. Repito seus crimes nascentes. Na extensão de cada passo. Compasso confuso que me revira as entranhas. No fim das contas.
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Por ocasião: Março 2013
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Domingo, março 17, 2013. A intensão que existe. É só a tua. Guarda pra ti tua loucura. Não só o que nela há de puro. Mas mais teu do que tudo. É o que nela há de indecente. Te cala, te prende,. Não diga o que te move ou para. Na vida, o silêncio é sempre. Das joias falsas, a mais cara. Não importa o que querias. Ou não querias dizer:. O que está dito está dito. E desculpar não é (ainda! Não olhe, não queira: deixa. O susto arrefecer. É melhor. Perder no sono que na pressa:. Resta o "Eu não quis nada,.
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Por ocasião: Março 2012
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Quinta-feira, março 15, 2012. No lugar de tudo. Vejo, no espelho-janela,. Um homem discreto,. No fundo etílico de um bolso, junto ao peito. Verde idílico do olhar,. No canto da boca, um desgosto. Mas no bolso (preste! Outra canção, outra rima,. Amor à vida em forma. E a rua azeda se colore nas estrelas da camisa,. E a tarde desbotada se desmancha em noite fina,. Elegantíssima mesa, na calçada hostil. Mas rimos de tudo em santa farsa bufa. Ele com rimas, eu com queixumes. É choro solto, é riso amargo,.
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Por ocasião: Setembro 2012
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Domingo, setembro 30, 2012. Sou coisa elástica escamosa. Cacos de telha, cabos de aço). Cresci, ramifico ao acaso. Ou descaso, como me chamo). As garras tão longas, ferindo a vista. Me visto de espaço, pano justo,. Asfixio, remexo, enclausuro. E me dispo. Penduro. Os horizontes no cabide. E lambo. Com faca entre os dentes). Feridas abertas, seus olhos. Desabrocha o vermelho do sangue. Não sou mais aço nem pedra nem bicho. E morro por isso. Em vez de abraço. O luzir do aço. Compartilhar com o Pinterest.
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Por ocasião: Melhor não
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Domingo, março 17, 2013. A intensão que existe. É só a tua. Guarda pra ti tua loucura. Não só o que nela há de puro. Mas mais teu do que tudo. É o que nela há de indecente. Te cala, te prende,. Não diga o que te move ou para. Na vida, o silêncio é sempre. Das joias falsas, a mais cara. Não importa o que querias. Ou não querias dizer:. O que está dito está dito. E desculpar não é (ainda! Não olhe, não queira: deixa. O susto arrefecer. É melhor. Perder no sono que na pressa:. Resta o "Eu não quis nada,.