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Vida de vidro: Junho 2012
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Quinta-feira, junho 21, 2012. Agora consegue lembrar-se. Era um vestido vermelho. Não uma simples saia. Se a memória era fiel, era até mais que um vestido. Uma bandeira. Uma afirmação. Envolvia-lhe o corpo e gritava a sua alma ao vento daquele tempo. Havia quem não compreendesse. “Rapariga, não tens outro vestido? Vermelho. Ou de quem o vestia como bandeira. Sente-a estranha, outra pessoa ainda sem o molde que a vida lhe faria. Ainda seria capaz de vestir aquele vermelho? Ver o meu perfil completo.
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Vida de vidro: Cegos de emoções
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Domingo, julho 29, 2012. By Iouri M. Samonov. Como cegos de emoções. Deixamos as palavras perderem-se. Caídas nos interstícios do real. Arrastadas nas margens da vida. Véus tapam-nos os olhos abertos. Todos os poemas perderam. O seu dizer primordial. Não vemos a essência dos outros. Que à nossa frente se rasgam. Lentamente perdemos o fôlego. Não vemos, não ouvimos. Tenho mais dúvidas que certezas. Procuro encontrar respostas dentro e fora de mim. Ver o meu perfil completo. Outros sítios onde me encontram.
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Vida de vidro: Janeiro 2012
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Terça-feira, janeiro 24, 2012. Se a terra se imobilizasse eu saberia. Se hoje o movimento se invertesse. Soaria algures um alerta de estranheza. No caos informe do secreto pensamento. E o latejo do perigo nos músculos em defesa. Mas nada parece ter mudado desde ontem. Ou dos tempos em que os risos se soltavam. A terra não parou, o tempo não recuou. Os ventos falharam tempestades improváveis. Mas nos meus dias entrou uma espera atenta. Um sopro estranho um alarme sem razão. Sexta-feira, janeiro 20, 2012.
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Vemos, ouvimos e lemos: Outubro 2008
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Vemos, ouvimos e lemos. Quinta-feira, 30 de outubro de 2008. Nocturne No.1 de Chopin. Intérprete: Maria João Pires. Para ouvir e deixar que a alma se expanda. Publicado por vida de vidro. O que vou ouvindo. Quarta-feira, 29 de outubro de 2008. Máximo de tédio no máximo de civilização. Eça de Queirós, in "Civilização". Regressar ao paraíso é uma ideia interessante. Mas, após ter experimentado a civilização com os seus bens e males, poderá o homem ser feliz no Paraíso do "mínimo de civilização"? Publicado ...
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Vida de vidro: Setembro 2012
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Segunda-feira, setembro 24, 2012. Na soleira da porta. Só a ténue mudança. Da cor dos dias. E a leve brisa dançante. Na persistência do sol. O ligeiro arrepio da tarde. E a indefinida melancolia. Tão estranha e tão conhecida. Fora dos postais de cor dourada. Entregamos alma e corpo. À inevitável presença do Outono. Tenho mais dúvidas que certezas. Procuro encontrar respostas dentro e fora de mim. Ver o meu perfil completo. Outros sítios onde me encontram. Vemos, ouvimos e lemos. A cor do silêncio.
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Vida de vidro: Julho 2012
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Domingo, julho 29, 2012. By Iouri M. Samonov. Como cegos de emoções. Deixamos as palavras perderem-se. Caídas nos interstícios do real. Arrastadas nas margens da vida. Véus tapam-nos os olhos abertos. Todos os poemas perderam. O seu dizer primordial. Não vemos a essência dos outros. Que à nossa frente se rasgam. Lentamente perdemos o fôlego. Não vemos, não ouvimos. Terça-feira, julho 24, 2012. O balanço do vento. Somos folhas nascidas nas árvores. Aos raios primeiros do sol. Saboreamos no balanço do vento.
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Vida de vidro: Fevereiro 2012
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Quinta-feira, fevereiro 23, 2012. Zeca - 25 anos depois. Tenho mais dúvidas que certezas. Procuro encontrar respostas dentro e fora de mim. Ver o meu perfil completo. Outros sítios onde me encontram. Vemos, ouvimos e lemos. Por onde já estive noutras "vidas". A cor do silêncio. Eu, de novo. Mulher dos 50 aos 60. Na dualidade da cor. Jogo das 12 Palavras. A round (the) world. Dionísio Leitão - Fotografia. Dioníso Leitão - Reportagem de Eventos. Jogo das 12 palavras. Zeca - 25 anos depois.
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Vida de vidro: Dezembro 2011
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Terça-feira, dezembro 20, 2011. Estamos a três dias do Natal e dou comigo a lembrar os tempos em que os presépios tinham musgo apanhado pelos campos, pratas ou vidros que imitavam água, toscas figuras de barro pintado. E tudo fazia sentido, numa composição virada para uma criança recém-nascida, esperança e paz deste mundo. Doces, um brinquedo talvez? Um livro, sempre, a partir da idade de os saber compreender. Desejo a quem ainda aqui passa um Bom Natal e que 2012 passe rápido e indolor.]. Eu, de novo.
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Ame-se ou odeie-se. Mas que seja algo mais que mera indiferença. Abril 25, 2006. Não desejo recordar o que não vivi, disso nada sei. E o que me contam encaixa unicamente nos livros da História de Portugal, nas épocas da inquisição, nos tempos da ignorância. Não me contem sobre o ontem, digam-me o que vão fazer amanhã porque é disso que eu quero saber. Digam-me se apenas querem recordar, o que estamos a festejar. O escrever sem medo? Pois vos digo que tenho medo! Belo post, coerente, lógico. Quando li a t...