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CASA NO VENTO: casa branca
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Bem vindo, rua dos bobos, numero 0. Segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010. Sao poucos metros num espaco de mato, mais do que cheiro de brejo. Madeira escura, vidrilhos e azulejos vividos, mas todos rachados. A janelinha mal cabe meu corpo dentro, mas a imagem la de fora me engole por inteira. Alface, luz de um verde sem fim, um bem fisico, ondulado e regado pela agua mais fria vinda da caneca azul clara, esmaltada e com pequenos e pontilhados desgastes de ferro. Ah, raios de sol furtam minha fronte....
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CASA NO VENTO: Chico
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Bem vindo, rua dos bobos, numero 0. Quarta-feira, 2 de junho de 2010. Nao eu nao quero mais. Do que ir alem e ver a luz do teu olhar. Eu quero mais do que um sonho, eu quero mais de que ir alem e ver a luz do teu olhar. As paredes quando falam sao propostas tao carentes. O desonesto dessa dor. E o meu corpo voando, quanto mais eternamente sinto a falta desse olhar. Aonde quer que eu va. Levo voce no meu pensamento. Aonde quer que eu va. Aonde quer que eu va. Levo voce no meu pensamento.
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CASA NO VENTO: a agua de lourenco
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Bem vindo, rua dos bobos, numero 0. Segunda-feira, 9 de agosto de 2010. A agua de lourenco. Nessa noite em que a lua me ilude e pra vosso espanto me deito sao. Me estabelece com o manso do vosso beijo e carne de vossa carne. Santas espadas que cruzaram as estradas, do carneiro que andara atrelado ao sino. Do lobo que se perdera na lua, das espadas que cruzaram o ceu. Nessas lugrubes arias de temidas gaivotas, na floresta que arde em chamas. Eu falo daqueles que se atreveram em uma unica vida.
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CASA NO VENTO: Luz sem clarao
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Bem vindo, rua dos bobos, numero 0. Segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010. Caminhos nos dividem em perdas. Sempre se ganha.na verdade sempre se compra. Porque sempre pagamos pelo algo. Pobre vida de poesias quebradas. Pelo menos pra mim, que ja sequei o cimento. Embrulho minha voz em finos papeis de pao ou bombom. Posso ouvi-lo crepitar seco abrupto. Estou nessa nova fase da vida, mais maduro. Menos vigiado, entao perdido. E quem mais poderia me dizer se nao aqui, esse canto meu de palavras absurdas.
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CASA NO VENTO: pequena oracao
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Bem vindo, rua dos bobos, numero 0. Segunda-feira, 19 de abril de 2010. Gracas a Deus tudo esta bem. Tudo estara bem, tudo esta bem, tudo foi bem. Oh, graca, que divina minha ostia e minha vida. Eu, o escudo e a semente. Voce, a minha eterna sabedoria, amor solidario. Oh quanta paz, quanta alegria, Deus bem vindo de mim. Quanta perfeicao, que singular, oh divina vida vinda de mim. Que beleza, oh, como voce e reto! E que docura e emancidao. Entao, oh pai estou encrustrado pelo seu palpite.
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CASA NO VENTO: maria madalena
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Bem vindo, rua dos bobos, numero 0. Domingo, 18 de abril de 2010. Ela se perguntou pelas trancas indignas ao auxiliar seu irmao. Era possivel amamentar um filho, se havia veneno em seu coracao? Mas assim andava maria coragem, o furgor rugia seu manto e ela. Devota de sempre, andava na forca dos ventos sem perguntar, nem mesmo. No seco dos labios, por um homem que fosse. Mas perguntava por um mesmo sempre, aquele que por horas lhe vinha a mente. Perguntava por si quando unia seu nome ao dele. Era possivel...
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CASA NO VENTO: Camillo
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Bem vindo, rua dos bobos, numero 0. Quinta-feira, 23 de setembro de 2010. Ali, armado de todos os medos, andava e sabia o que ali viria. Camillo, de costas para mim, de frente para as cartas, seu rosto de cristal e cheio de redeas. As maos acabadas por linhas finas, de textura e lenco, com a caneta vinho que ia e voltava dos hospitais aos mundos mais infimos. Criador de historias, milhares e dezenas divinamente descritas. A cama de madeira vazada, a coberta cinza claro com jeito de aguia. Quanto mais cav...