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Thursday, April 29, 2004. Precisava de encontrar alguém de confiança para dividir o seu quarto. Esmeralda não o costumava usar com todos os clientes, a não ser com aqueles por quem tinha uma consideração especial, mas isso ía deixar de acontecer pois tinha sido um deles que a tinha lixado, assaltando a sua gaveta. Durante o dia elas vestiam calças de ganga, comiam gelados e brincavam como crianças no parque. Confessavam os sonhos uma á outra e fingiam esquecer que a noite também existia. Para lá do tempo.
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Thursday, April 29, 2004. A mãe escrevia-lhe de vez em quando, quase sempre para lhe pedir dinheiro. Ela julgava que a filha tinha um bom emprego e que o pai capitão tinha ido ao seu casamento. Esmeralda fazia-a sonhar quando falava na rebanhada de filhos que tinha, todos eles parecidos com a avó e prometia-lhe que assim que o trabalho permitisse, a iria visitar. Quantas vezes desejou encontrar esse homem, pedir-lhe que a tirasse da rua onde aprendeu a suportar a dor, viciando-se na droga. Ía fazer vinte...
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Monday, April 19, 2004. Publicado por luisa @ 12:05 PM. Livros de Luisa Paula. Para lá do tempo.
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Monday, April 19, 2004. Voltar aquela casa, reviver o que julguei ter morto quando lhe cravei um punhal no peito, deixando-a imóvel. Não voltou a trair-me! Deixou de ser como as outras com quem eu andava sempre que me sobravam uns trocos. Tinha-lhe raiva, amei-a e odiei-a ao mesmo tempo porque desfez todos os filhos que lhe dei e eu descobri tarde demais. Faz hoje trinta anos que a vi pela primeira vez. Era a minha despedida de solteiro e eu não podia fugir á tradição. Mais tarde fui descobrindo que nem ...
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Thursday, April 29, 2004. Doia-lhe o corpo, a ressaca era dolorosa e precisava de nova dose antes de ir trabalhar. Levantou-se enjoada e vomitou sangue antes de chegar ao banheiro. Escorregou batendo com a cabeça na cómoda e ficou inconsciente durante algumas horas. Valeu-lhe um anjo com pouco mais de doze anos. Ele vivia nas redondezas e gostava de espreitar em casas alheias, quando estas ficavam no r/c. A janela tinha as cortinas mal corridas e Esmeralda apercebendo-se da sua presença tentou gr...Esmer...
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Thursday, April 29, 2004. Todas as tardes á mesma hora uma velhinha encurtava caminho por entre o jardim. O rapaz que vendia gelados dizia que ela devia ter mais de cem anos e que lhe chamavam a rainha da rua mas ele desconhecia porquê. Prometeu que satisfaría a curiosidade de Mariazinha e que no dia seguinte lhe diria porque é que chamavam rainha aquela velha, suja e desdentada. Ele gostava de Mariazinha mas ela não via senão o corneto que lhe sujava as calças. Esmeralda acreditava em Deus e dizia-lhe p...
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Thursday, April 29, 2004. Esmeralda levou uma sova que a impediu de trabalhar durante duas semanas. O dono do clube que antes se dizia apaixonado por ela, trocou-a por uma ruiva a quem oferecia vestidos e chapéus. Quando voltou ao serviço no clube "P" aprendeu a ficar calada e a deixar que lhe apalpassem o rabo, sempre que algum cliente o desejava. Publicado por luisa @ 3:03 PM. Livros de Luisa Paula. Para lá do tempo.
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Thursday, April 29, 2004. Como não acharam nada de especial acabaram rindo-se ás gargalhadas. Esmeralda gostava de fazer amor com dois dos seus clientes. Eram os únicos que diziam que a amavam e ela acreditava que o amor fosse o que aqueles homens lhe davam. De vez em quando ofereciam-lhe um perfume, sapatos, meias de ligas ou um jantar com direito a champanhe. Um deles dizia que se ela se portasse bem a levava para trabalhar no seu clube , onde apenas trabalhavam as melhores. Livros de Luisa Paula.