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L'Arcane sans nom: Sobre olhos, relações epistolares e todas aquelas coisas sinestésicas que se diz no silêncio.
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Abandonai toda a esperança, vós que entrastes. Terça-feira, 12 de agosto de 2014. Sobre olhos, relações epistolares e todas aquelas coisas sinestésicas que se diz no silêncio. Porque qualquer título me foge quando ela me vem à cabeça. Vida ou outra se encontra alguém com olhos incríveis. Que saem por aí a procura de tudo. Vida ou outra se encontra alguém com aquele jeito inesquecível de deslizar os dedos pelo cabelo, sabe? Quero dizer. Não sabe. Eu não sabia até então. Se busquei pelo sorriso no olhar.
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L'Arcane sans nom: Setembro 2014
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Abandonai toda a esperança, vós que entrastes. Sábado, 13 de setembro de 2014. Ele morava no terceiro andar daquelas moradias de tijolos e janelas largas. Era assim que gostava de imaginar. A vista dava para o parque central, onde o mundo acontecia. Assistia a todos os filmes daqueles que se aventuravam por aí. Mas estava preso a seus pensamentos. Acreditava que sempre havia uma mulher para salvá-lo da última. Ou melhor: alguém que lhe tomasse o dinheiro e vendesse companhia. Nas músicas que nunca compôs.
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Lubi Prates | vamos falar sobre poesia? | Page 2
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Vamos falar sobre poesia? June 30, 2016. Acabou de sair, quentinha do forno, a edição #11. 3, Ana Salek, Rafael Elfe. Philippe Wolney e Elisa Buzzo. Prosas e contos. De Leonardo Wittmann, Clarissa Comin e Lívia Piccolo. Ainda, traduções. De poemas de Anne Sexton feitas por Adelaide Ivánova e Rafael Mantovani e fotografias. De Karine Moura e Kristiane Foltran. Pra lamber os beiços! Leiamulheres, em Curitina. June 28, 2016. Na próxima quinta, 30 de junho. Acontecerá mais um encontro do Leia Mulheres. E bus...
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L'Arcane sans nom: Carece de título (e não só disso).
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Abandonai toda a esperança, vós que entrastes. Sexta-feira, 15 de agosto de 2014. Carece de título (e não só disso). Decidi que ia escrever sobre raiva. Sobre dor e insatisfação. Decidi que ia escrever sobre como é chegar vazio numa sexta-feira também sem nada. O assunto já estava na ponta da língua. Ou melhor, guardei o gosto azedo na boca. Afinal, bebi saudades e indiferença pela semana inteira. Esse é um daqueles textos. Que saem de uma vez só. Você despeja toda a frustração. O velho sabia das coisas.
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L'Arcane sans nom: Bauhaus
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Abandonai toda a esperança, vós que entrastes. Domingo, 19 de outubro de 2014. Era o que pensava quando a vontade de álcool lhe tomava a boca e raspava os dedos nos lábios. Ato inútil para saciar o desejo. Todos temos algo para isso]. Também era o que pensava quando estava prestes a acabar com algo. Quem se lembra do que foi feito ou dito naquela noite? Ah, o último a sair fechou a porta suavemente]. É, e ele cantava uma canção]. Nos outros dias, um chorou. Nos outros dias, ninguém sorriu.
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L'Arcane sans nom: Outubro 2014
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Abandonai toda a esperança, vós que entrastes. Domingo, 19 de outubro de 2014. Era o que pensava quando a vontade de álcool lhe tomava a boca e raspava os dedos nos lábios. Ato inútil para saciar o desejo. Todos temos algo para isso]. Também era o que pensava quando estava prestes a acabar com algo. Quem se lembra do que foi feito ou dito naquela noite? Ah, o último a sair fechou a porta suavemente]. É, e ele cantava uma canção]. Nos outros dias, um chorou. Nos outros dias, ninguém sorriu.
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Raimundo | Revista da nova literatura brasileira
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Vamos todos fazer silêncio? Coletânea de poemas de Geruza Zelnys. Apontamentos desse dia que me comeu hoje. [ou dessa tal liberdade]. ou desse dia que comeu meus apontamentos. [ou hoje, só]. Como amanhecem os pães. Sobras do ontem esse hoje. A poucos metros de distância. O que eles sentem. Duas ou três lágrimas me acontecem se ouço:. 2 alguns versos / bêbados / de amigos. 3 o silêncio da mãe. 4 a voz metálica do condutor:. Desembarque pelo lado direito do trem. Como chego a esse destino? Ufa, que bom.
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L'Arcane sans nom: Vestido de preto, esbraveja que tempo é tudo o que somos
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Abandonai toda a esperança, vós que entrastes. Quarta-feira, 20 de agosto de 2014. Vestido de preto, esbraveja que tempo é tudo o que somos. Nas tardes de quarta-feira. Ele ia procurar a paz num banco de praça. Nas tardes de quarta-feira. Daquelas secas e podres. Ele ia procurar outras vidas. Era um homem como qualquer outro. Daqueles que o tempo moldou e destruiu. Daqueles que sempre sentiam saudades. De dinheiro, mulheres, bebidas. Ou, quando já exaustos de tudo. A maioria só aprende pela dor.
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L'Arcane sans nom: Agosto 2014
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Abandonai toda a esperança, vós que entrastes. Quinta-feira, 21 de agosto de 2014. Versus crus sobre andarilhos e seus olhares. Quatro horas da tarde. Numa dessas esquinas com bares e cigarros. Olhos que vasculham bebidas. Olhos que vasculham mulheres. Olhos que vasculham o tempo – corre, corre, corre (mas não por chuva). E os olhos daquele homem. Que vasculhava as riquezas que tratamos como lixo. Naquela tarde certamente sonhava com laranjas. Daquelas que a padaria havia acabado de descartar. Carece de ...
