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Que amanheça que anoiteça. Que o sono me esqueça. Que a vida aconteça. Pode ser sem nada. Uma mão amiga. Um adeus sem ida. Uma lágrima querida. Para alguém que exista. Para que o amor insista. Para que o mal desista. Para que o bem persista. Espero todas as estações. Sem ter que me esconder. Sem medo de sobreviver. Sem mentiras para escrever. Espero que o infinito não esteja tão distante. Porque não é fácil compreender. Porque o mistério vive a se contradizer. Porque nada vai se desfazer.
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No mundo, meu pecado anda solto. Eacute; uma pedra desbastada pelas eras. Um raio de sol não basta, não brilha. Se por onde procuro toda a vida. Eacute; sempre em mar revolto. Se, de uma árvore corta-se um galho. Por certo nada irá uni-lo. Será sempre um galho. Outros lhe nascerão fortes ou fracos. Não será o mesmo. Porque lá só ficou um atalho. Então, em meu mundo há sanidade. Um piano que toca na madrugada. Uma reserva de esperança do tempo. Onde ludibriou a castidade. Aqui serão árvores.
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Um dia alegre com qualquer borboleta. Com um vento rasante. Um céu até azul. Um cão ali. Nada fica isolado num pensamento feliz. Pode ser o início de uma esperança. Ou um ou olhar de despedida. Até pode ser a chuva. Vai assim de um jeito sem vaidades. Uma vontade de ficar aqui. Sem pressa de sonhar. Só para passear. Ir catando pedras, e tantas até sem brilho. Colori-las de diamantes puros. Ah, a cor é tudo! Eacute; um lar querido. E todos os dias que aguardam o sol. São dias matreiros e viajantes.
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Se eu fosse uma margem. De um sonho sorrateiro. De um conto qualquer. Seria a louca bandeira. Desnuda de pátrias. Seria uma flauta torpe. Na boca de um deus qualquer. Curva e pálida. Seria uma voz nula. De um amor perdido. Seria o pedido sôfrego. Que esse amor fosse um qualquer. Pouca e tênue. Perdição para o que quer. Do todo exaurir o tudo. De uma lei qualquer. Escrito por Nadilce Beatriz às 21h11. Ver mensagens anteriores ]. UOL - O melhor conteúdo. BOL - E-mail grátis. Miriam de Sales Oliveira.
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Um olhar inocente é calmo como o Universo. Há quem diga que ele clama por inspiração. De algum ponto de partida. E de repente soa como a vida que fica. Num templo onde se juntam as mãos. Para uma escalada definida. Nenhuma lágrima turva um olhar inocente. Mesmo que o destino corra em via irada. Existe uma pungência de harmonia. Um contínuo porvir de coragem sedenta. Que toca a alma dos que ainda entendem. Eacute; como voar com uma asa em avaria. Há horizontes no olha inocente de quem ama.
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Olvida o óbvio. De sonhos lacrados sem nomes ou amantes. Destra e célere. Desfruta de cupidos na burlesca inocência. Eacute; bem ridícula. Eacute; esdrúxula. Esta pressa de passar pelo tempo sem viver. Da fronteira entre o topo e o abismo. Quiçá os minutos da hora marcada. Não é a pressa. Na inércia do tempo, que vai-se por igual? Escrito por Nadilce Beatriz às 21h38. Ver mensagens anteriores ]. BRASIL, Sul, CAXIAS DO SUL, MEDIANEIRA, Mulher, Portuguese, Italian, Livros, Música. UOL - O melhor conteúdo.
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E se a chuva fosse somente água. Um rio que canta para o vento. Ou um orvalho docemente imaturo. Mas é a chuva quem faz a vida. Deixa a semente prenha. E o homem tem medo de tanta brotação. E tudo vai destruindo como a uma maldição. Tão cândida a florzinha que quer sobreviver entre as pedras. Até coloca o nome da sobrevivência em propagandas. Quanta injúria com um nascimento! Uma força tamanha de humildade e sabedoria. Noites e dias esperando a chuva. A vida que nela se mistura. Ver mensagens anteriores ].
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Bela ventura de voo pleno. Invenção da alma e do corpo. Lutar em pleno voo. Ser tua melhor amiga e. Na luta de amor. Ser tua maior inimiga. Já tens combatentes demais. Bela mágoa ridícula. Num punhado de lágrimas. Viver no mais alto voo. De encontro ao sol. Ser teu segredo noturno e. Ser um incontido pensamento. Já tens dias preenchidos. Intrusa confusão de tempo. Viver em sopros de voos. No mais alto pecado de amor. Invenção da alma e do corpo. Escrito por Nadilce Beatriz às 15h42. BOL - E-mail grátis.
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Se soubesses onde estou e para aonde vou. Se soubesses que ainda não amanheceu. Se soubesses que estou andando junto aos cães. Se soubesses que meu tempo parou. Se soubesses que é melhor uma distância. Se soubesses que a saudade é até alimento. Se soubesses que o silêncio nunca está quieto. Se soubesses que todo o dia tenho esperanças. Se soubesses que oro a cada passo dado. Se soubesses que resido ao lado da liberdade. Se soubesses que não tenho medo de tempestades. Escrito por Nadilce Beatriz às 15h54.
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