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Terça-feira, junho 07, 2005. Sabe a sangue,. Sabe a paixão,. Ouve os batuques,. Traz-me até ti,. Até à tua porta. Mas nunca me deixa entrar,. Mesmo que já estejas morta. São os espíritos,. A entrar por ti. Não tentes perceber e,. Faz como eu: sorri. Posted by Artaud @ 6:37 da tarde. Braga, Braga, Portugal. Ver o meu perfil completo. DISARM ME WITH YPUR SMILE. O Filho da Puta do Meu Quarto Vazio – Parte. Conversa com o homem que anda com a mão na cabeça. Não Percebo Nada desta Merda. Eu nunca me disse.

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Quinta-feira, outubro 06, 2005. O Sentimento é razão. Como odeio esta amorosa obcessão. São pretas e brancas as tábuas do meu caixão. Como é fraca a força mental. Esquartejada pelo sentimento irracional. Como são robustas as árvores desta floresta. Altas e negras, na escuridão nada resta. Como é doce a amargura obcessiva. Sem sentido sensitivo nesta vida. Como é confusa a simplicidade para mim. No superficial não vejo o fim. Como são robustas as árvores desta floresta. O SENTIMENTO É RAZÃO!

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Sexta-feira, abril 22, 2005. Tal e Qual o Quê? Tal e qual a mim,. A merda e o odor. Tal quando te pedi aquele sim. E o não me trouxe a dor. Tal e qual a ti,. A beleza e a perfeição. Tal como aquilo que senti,. Quando ouvi aquele não. Tal e qual um ser humano,. Tal quando me fizeste aquele dano. E me senti um anormal. Tal e qual o meu ser não presta,. Monstro e não bonito. Tal como aquilo que resta,. O degredo, como te tinha dito. Tal e qual o quê,. Se já não há comparação? Tal como não percebi o porquê,.

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Segunda-feira, dezembro 27, 2004. Quando a comida parece já não ter gosto. Quando dormir já não te dá descanso. Quando da cabeça não te sai aquele rosto. Quando já não consegues amar. Eras capaz de te matar para viver? Quando todos estão contra ti. Quando todos te viram costas. Quando de repente te vês sem ninguém. Eras capaz de te matar para viver? Posted by Artaud @ 9:59 da manhã. Terça-feira, dezembro 07, 2004. Para que queres tu um corpo? Para que queres tu um corpo. Se à mente não lhe dás cura?

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Sexta-feira, julho 08, 2005. Deixa-me, estou à espera do amanhã! Estou à espera do amanhã,. Estou à espera da noite de hoje. Não quero mais esta manhã,. Podre, como o dia de hoje. Estou à espera que a bomba arrebente. Estou à espera da noite encarnada. Sei que deus não sente,. Para que continuas então parada? Estou à espera que o mundo mude. Continuo à espera que o meu mundo mude. Nada o vai mudar. Quando deixa de ser tão rude? Estou à espera de ser eu mesmo. Estou à espera da esperada mudança.

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Sexta-feira, março 18, 2005. O Homem do capuz. Já sendo costume, o homem do capuz passeava. Por entre uma multidão, a dedo escolhia quem matava. Aqueles que não se questionavam,. É certo, não morriam,. Mas aqueles que o faziam. Com certeza que bem sofreriam. Era impiedoso, a ninguém desculpava. Nem quer saber queria do que a pessoa pensava,. Contudo e no fundo,. As pessoas já sabiam,. Que num dia desapareceriam. Até certa noite em que o homem do capuz para um espelho olhou. E agora o que lhe aconeceria?

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Sexta-feira, fevereiro 25, 2005. Não esqueço a tua cara suja. Ainda fazes aquelas tuas preces? Faço tudo aquilo que mereces. Ainda tens sempre as mãos frias? Sabes que o sangue corre-me devagar. Quando cruzavamos olhares, lembras-te como te rias? Sim, só nunca percebi porque sofrias. Desculpa mas nunca te disse que te aceitava. Por isso sofria mudo. E chamava-te. (- - -). Que querias que eu fizesse? Não Mas se fosse preciso para te esquecer.". Pára de dizer asneiras! E achar mesmo que o conseguiria fazer?

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Quinta-feira, janeiro 27, 2005. O Porquê da Minha Morte. Baixa a cabeça,. Em respeito à minha morte. Pensas que já não sou nada. Mas sou sombra com pouca sorte. Só passaram dois dias. E já estás com um ar todo sorridente. Agora tenho força e poder,. Para que ouças para a eternidade um choro estridente. Matar todo o mundo. É a minha maldição. E, com facadas na carne. Trazer todos para o meu caixão. Porque se nunca percebi porque vivi,. Porque se nunca ninguém mo explicou. E que a verdade me matou. Had tho...

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Quarta-feira, novembro 02, 2005. Como expressão fisica do sofrimento mental. Questiono o meu rosto como objecto banal. Da realidade imposta,. Sou depósito aberto de sangue. Que não consigo parar de verter. E já mal consigo ver. Questiono as minhas mãos como actos involuntários. Da selva emocinal somos meros operários. Subjacentes ao trabalho de reflexão. Para conseguir negar o coração. Inerente ao sofrimento mental,. Com ou sem solidão emocional,. Choro sangue porque há um corpo a libertar.