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Caminho em nuvens...: 10/01/2009 - 11/01/2009
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Do meu olhar pra fora. Quarta-feira, 28 de outubro de 2009. Com os pés descalços. E uma intimidade respeitosa, o menino sonhava. Por mais que escrevesse, não conseguia dizer tudo o que queria. Respirava mais do que podia. Como numa sinfonia de luz, feito de som,. Misturou as palavras e as sensações. Inspirou fundo. E se inspirou. Olhou para o próprio jardim; e olhou para si mesmo. Viu cor e razão; sentiu o ar leve. Nada mais era ou seria como antes. A esperança era um dom que tinha e si. A tela é lá e cá.
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Caminho em nuvens...: Para que não se esqueça...
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Do meu olhar pra fora. Domingo, 1 de novembro de 2009. Para que não se esqueça. Inquieto, meu cachorro começou a latir. Aflita, saí correndo do banho. Finalmente a campainha tocou, mas. não era você. Era só o entregador, com a pizza que eu havia pedido pra nós dois. Corri para pegar os pratos, os talheres, e quando me dei conta, estava esperando quem não chegaria. Não naquele dia. Por um momento, breve momento, escutei você falando “Amor, o que a gente vai alugar hoje? Mas que respondi pro vento. Pra que...
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...E agora, José?: Três II
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E agora, José? Em verdade vos digo :. Seja a Alma grande ou pequena,. Nem tudo vale a pena! Essa série de poesias e textos é sobre um passado recente. Espero que aqueles que são citados (tão sutilmente) nessa série, leiam. Por que é para eles. Éramos três, fomos dois. Sou um. Dentro de um, o que dorme é perfeito. Mas só dorme. Por que é perfeito. O amor antigo vive de si mesmo,. Não de cultivo alheio ou de presença. Nada exige, nem pede. Nada espera,. Mas do destino vão nega a sentença. O medo é muito pe...
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Caminho em nuvens...: 11/01/2009 - 12/01/2009
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Do meu olhar pra fora. Domingo, 1 de novembro de 2009. Para que não se esqueça. Inquieto, meu cachorro começou a latir. Aflita, saí correndo do banho. Finalmente a campainha tocou, mas. não era você. Era só o entregador, com a pizza que eu havia pedido pra nós dois. Corri para pegar os pratos, os talheres, e quando me dei conta, estava esperando quem não chegaria. Não naquele dia. Por um momento, breve momento, escutei você falando “Amor, o que a gente vai alugar hoje? Mas que respondi pro vento. Pra que...
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Aqui no meu jardim: Novembro 2013
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Aqui no meu jardim. Terça-feira, 26 de novembro de 2013. E foi assim: sem pé nem cabeça, sem começo nem fim. Um mar de distância entre os olhares sem lágrimas, um barco afundado antes do mar alto. Costura sem nó, fita sem laço, laço em desenlaço, desfeito sem dó. A velha nem pensou duas vezes. A vida é isso, afinal: caminhos, tropeços, recomeços. A jovem tentou chorar sem sucesso, ensaiou alguma raiva, uma tentativa de dor que não vingou. Ninguém perguntou o porquê. Ninguém falou o porquê. Nem Rio, nem T...
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Aqui no meu jardim: Dezembro 2013
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Aqui no meu jardim. Terça-feira, 31 de dezembro de 2013. Então é hora de ir. De vez. Sair daqui e deixar tudo. As flores estão quase todas mortas e as que restam não resistirão ao sol desse verão. As folhas caídas já foram levadas pela chuva ou desfazem-se em comida para a terra quase seca. Hora de fechar os portões desse jardim. A chuva caiu, o vento passou, o sol aqueceu, o sereno acalentou. A lua derramou luz e sonho, as estrelas despertaram esperanças, as nuvens ensinaram o inconstante, a terra e...
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Aqui no meu jardim: Junho 2013
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Aqui no meu jardim. Sábado, 22 de junho de 2013. Como dormir em tempos de revolução. A lua se enche em frente a nossa varanda. Parece cheia. Cheia de vontade, cheia de anseios, cheia de expectativas. Não está cheia de medo, isso ela não conhece. Sai toda noite, nua e sozinha pela escuridão afora. E ainda brilha. E ninguém lhe toca. Há coisas estranhas lá fora. Um barulho enorme dentro das telas dos computadores. Uma falação sem fim de gente apreensiva, com raiva, com medo, com esperança. Fica ali, olhand...
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Aqui no meu jardim: Dezembro 2012
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Aqui no meu jardim. Quinta-feira, 20 de dezembro de 2012. O mundo que se acabe se quiser. Já limpei a casa, perfumei meu quarto. Enchi a casa de flor. Tem cor e amor pra todo lado. Tem vida de sobra em cada canto. O mundo que se vire em desencanto. Ele que se vire se acabando. Já comi todas as bolachas belgas. Já enchi a cara de chocolate e capuccino. Tomei meu chá, tomei meu banho quentinho. O mundo se acabar, que seja caladinho. Porque se eu estiver dormindo não quero perder o sono.
