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4estações: Junho 2011
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Domingo, 26 de junho de 2011. Faz parecer que o mundo flutua. E tudo tem seus encaixes. Nas peças em zigue-zague. No berço do meu abraço. Troca o caos pela paz. É puro silêncio e sorriso. Minha missão de guardiã. Dos sonhos do meu sobrinho. Quarta-feira, 15 de junho de 2011. Assim que partiu seu avião. Provei dois bombons Godiva. Sabor de chocolate e gratidão. Pelo presente, pura delícia. Olhos fechados e uma oração. Pelo presente da minha prima. Voando além das altas nuvens. Sua nova casa, novos estudos.
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4estações: Nova
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Sexta-feira, 23 de março de 2012. O tempo é mistério. E dos mais interessantes. Porque dilui todos os outros:. O que não se entende,. O que tanto se quer. E simplesmente não flui,. O que brota e entorpece. De repente de nada sabemos. Somos apenas movimentos e desejos. Quando obstáculos, pausas, desvios. Nos interrompem, incompreendidos. Deixam rastros, pequenos mistérios:. É melhor assim ou estará logo ali? É questão de permanecer ou desistir? Que dilui os outros mistérios. Dissolve máscaras alheias,.
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4estações: Outubro 2011
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Quinta-feira, 27 de outubro de 2011. Quase 2 da madrugada. Meus tantos planos não cabem no dia. E agora me acordam. Como se fossem sol. Na quietude da baía. Onde o reflexo é calmo. E os peixes dormem. No silêncio que ecoa. Até os meus lençóis. De que o leite com mel. Faça um cafuné nos pensamentos:. Os sonhos já me rondam. E querem seu palco. Esse clarão não combina. Alerta que algo na vida. Ainda não encontrou seu espaço. Alheio aos meus devaneios. O despertador conta os grãos de areia. Hoje eu te vi.
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4estações: Bistrô
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Sábado, 26 de maio de 2012. Onde os doces brilham. E os salgados menos. Rebuscadas com o dourado. Que evaporou do cotidiano. Para prateleiras e poeiras. E assim tudo muda de lugar:. Essa canção me atiçava paixão. E agora alerta saudade. Toca escondida, secreta. Não se confessam memórias assim. Muito menos ao entardecer. Hora mágica das luzes de fotógrafos. Hora marcada para nostalgia de náufragos. Tudo chega e brilha. Para reacender a visão. E de repente eu desejo. Um gole de café. Que dividem o tempo.
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4estações: Setembro 2011
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Quarta-feira, 28 de setembro de 2011. O acaso me lembrou daquele beijo. Distante, esquecido no tempo. E criado por outro acaso. De ali nos encontrarmos. Na rua escura até a livraria. Bebendo entre livros de poesia. Horas e horas descobrindo o outro. Palavras e lábios com o mesmo gosto. E nunca mais nos encontramos. Até que o novo acaso veio. E me lembrou daquele beijo. Como sinal de um bom roteiro. Talvez a primeira pincelada. De uma tela a ser preenchida. Pode ser isso ou quase nada. Era quase uma hora.
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4estações: Mãe
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Quarta-feira, 7 de março de 2012. É bolo quente no forno. E mãe ao piano. Com suas músicas ciganas. De quando faltava luz:. Tudo isso com velas. Minhas cores e sons. Pelas mãos dessa rainha. Preenche o tempo com música. E o espaço com a sua pintura. Carinhos de mesma textura. Nos abraços e todos os cuidados. Mãe, a cada aniversário seu. Aumenta a minha gratidão. Pelo presente que o destino me deu:. Chegar ao mundo das possibilidades. Pelos roteiros do seu coração. 19 de março de 2012 21:37. Mais um Passo...
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4estações: Meu poeta
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Domingo, 22 de julho de 2012. Te conhecer é mergulhar e perceber. Para onde apontam tuas correntezas. Fluir pelas tuas sinuosidades, detalhes. Aprender a respirar no ritmo do teu ar. Encantar-me pelo teu olhar sem investigar. Querer harmonizar meus movimentos. Aos teus ritmos que se anunciam tempo. Tempo de amar, tempo de dormir. Tatear teu corpo no escuro para descobrir. Te conhecer é um delicioso contínuo. Gerúndio que desejo jamais resolvido. Em cada amanhecer, te conhecer. 24 de julho de 2012 09:07.
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4estações: Julho 2011
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Domingo, 17 de julho de 2011. Diante de tão grande tela. Por onde passeamos em Paris. As cores e músicas da sua estreia. Com Woody Allen, Picasso e Dali. Aos sete meses, a sétima arte:. Mágica do tempo transformado. A descoberta que brilha nos seus olhos. Limpa meu olhar de todo óbvio impregnado. Terça-feira, 5 de julho de 2011. Para o trabalho saí atrasada. Para a vida, na hora exata. De ver aquele beija-flor. Bem na frente da minha casa. Voando fugaz, desafiando a gravidade. Da minha caneca preferida.
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4estações: Maio 2012
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Sábado, 26 de maio de 2012. Onde os doces brilham. E os salgados menos. Rebuscadas com o dourado. Que evaporou do cotidiano. Para prateleiras e poeiras. E assim tudo muda de lugar:. Essa canção me atiçava paixão. E agora alerta saudade. Toca escondida, secreta. Não se confessam memórias assim. Muito menos ao entardecer. Hora mágica das luzes de fotógrafos. Hora marcada para nostalgia de náufragos. Tudo chega e brilha. Para reacender a visão. E de repente eu desejo. Um gole de café. Que dividem o tempo.
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4estações: Chuva Sol
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Domingo, 11 de março de 2012. O aconchego do cheiro. De chuva que se anuncia. É acalanto de rede macia. No balanço da brisa. Ligando árvores e ventos. E revirando folhas dos livros. A água na terra. Evapora gotas de vida. Assim descobri outro dia. Que o sol também se anuncia. Depois de muitas chuvas:. Cheiro de sol na brisa fria. De manhã cedo faz neblina. Cheiro de chuva, cheiro de sol. Tudo convida ao equilíbrio dos opostos. Gosto das gotas de chuva ou de suor. Que venham por fora, por dentro. Reflexõe...