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Tem Gente Aí

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Alguma gente de si mesma. temgenteaisim@gmail.com. Quinta-feira, maio 24, 2007. Visualizar meu perfil completo. Existe algo de indizível no dar as mãos. No dar as. Canção do amor da desrotina (ou que pára por um se.

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Tem Gente Aí: Abril 2006

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Alguma gente de si mesma. temgenteaisim@gmail.com. Quarta-feira, abril 05, 2006. No início elogiam os tecidos, as estampas, genializam o gênio, que não precisava disso. Sorriem pra fora e pra dentro. É uma descoberta feliz aprender como se costura, como se tecem as idéias e as combina com desenhos. Todos sabiam que a moda existia, mas passam a saber, na pele, que ela existe. São aqueles com cara de conteúdo na primeira fileira do desfile. A paisagem pobre. Os bobos da corte invertidos. Os pal...

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Tem Gente Aí: Janeiro 2007

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Alguma gente de si mesma. temgenteaisim@gmail.com. Quarta-feira, janeiro 03, 2007. Não queria começar assim. Feito metáfora sem metáfora. Feito estado de si sem em si. Desaguando mijo e sal. Estou seca pra falar. Quem poesa tem ócio,. Eu trabalho e poeso. E dívidas de trabalhos. De voz pra caralho. De poesias nas horas. Faço poesias sem poesar. Queria comer a Beber. De uma copacabana vigia. Visualizar meu perfil completo.

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Tem Gente Aí: Julho 2006

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Alguma gente de si mesma. temgenteaisim@gmail.com. Segunda-feira, julho 31, 2006. Quem disse que isso é coisa de mulher? Quando o homem não entende. A desistência obstinada e lenta. Quando o mundo não entende. Que sou inalcançável e simples. Quando o peito não entende. O que ele quer. Quem disse que isso é coisa de mulher? Quando sei viver sozinha e morrer só. Quando o espaço quem ocupa é quem saiu. Quando tudo o que amei foi o que não quis. Quando o tempo todo eu fui o que ele é. É como uma poesia afiada.

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Tem Gente Aí: Março 2007

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Alguma gente de si mesma. temgenteaisim@gmail.com. Domingo, março 04, 2007. Balada da Arrasada - Canção que eu queria ter feito. Eu queria ter feito. Eu queria ser a Ângela. Com seu riso embuchechado. Linda, triste e jovem. Eu queria ser essa dúvida entre a autobiografia e a arte. Entre o desespero da arte e o desespero da vida. Eu queria ser aquela hora da lágrima, do acorde. Seguido do silêncio. Em que a poesia nem a música importam mais. Balada da Arrasada (Ângela Rô Rô) - 1979. Doce ilusão do amor.

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Tem Gente Aí: Dezembro 2006

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Alguma gente de si mesma. temgenteaisim@gmail.com. Domingo, dezembro 17, 2006. Quando você me acordava. Com os cabelos molhados. Quando dizia que era sono. E me recrutava a zelá-lo. Quando não sabia que era vista. E acarinhada minutos seguidos. Quando ria de perder o riso. Quando espirrava de perder as forças. E arrojava um vermelhão no nariz. Quando aparava as unhas em frente a TV. Quando me cheirava de surpresa. Quando me abraçava a si mesma. Quando inventava bugigangas de comida. Quando era da pele.

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Tem Gente Aí: Dona Glória

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Alguma gente de si mesma. temgenteaisim@gmail.com. Sexta-feira, maio 04, 2007. Eu estava em um momento confuso e triste da vida. Trabalhando demais, raivando-me demais, vendo meus amigos de menos, respirando menos ainda. Sentia culpa do que não sabia e , contraditoriamente, me fazia de coitado diante da vida. No percorrer dos trinta passos fui pensando em tudo isso, enchendo-me de importâncias e peso. Entrei afobado. Duro. Sem matéria, importâncias e sem peso. Visualizar meu perfil completo.

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Tem Gente Aí: Fevereiro 2007

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Alguma gente de si mesma. temgenteaisim@gmail.com. Sábado, fevereiro 24, 2007. Eu tenho essa vida. E tenho que vivê-la. Tenho minha voz e dizê-la. Das aspirinas pra dor de alma. Eu tenho um tempo pra cumprir. Um Deus pra rezar. Um som pra tirar. E um amor pra vender. Que me vê passar por dentro. Eu tenho um emprego. E o acordar a ele. E o descansar a ele. E o suspirar a ele. Não mais ao amor. Que dura um segundo. E a eternidade me sanaceia. Com olhos marejados de parati. E um samba cantarolado nas ventas.

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Tem Gente Aí: Canção do amor da desrotina (ou que pára por um segundo)

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Alguma gente de si mesma. temgenteaisim@gmail.com. Segunda-feira, maio 07, 2007. Canção do amor da desrotina (ou que pára por um segundo). Hoje acordei às cinco da manhã. Vi um sol nascendo aberto. Não tinha sono,. Tinha um amor dormindo ao lado. Tinha um silêncio azul e claro. E a minha alma. Não entendendo o que cantar. Tão vivo, disco e futuro. Feito carrasco que corta o que sente. Cheio de culpas, lapas,. Hoje eu acordei aceso. Meditei no chão e na blusa. Tentei orientar o medo. De trilhar um caminho.