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Laundry Room: Outubro 2006
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Head like a hole. Terça-feira, outubro 31, 2006. Tento comunicar contigo,. Mas por qualquer motivo não consigo. Entre nós existe um abismo,. Que nos quebra a comunicação. Há algo que te quero contar,. Há algo que te quero fazer ouvir,. Mas por mais que tente,. Não me consigo exprimir. Consequentemente alimentas-me uma esperança,. O meu coração cerra-se como uma caixa. Vejo uma luz ao fundo de um túnel,. Ela guia-me para uma saída. Porém, por mais que me esforce não a consigo alcançar. São palavras atrás ...
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Laundry Room: Fevereiro 2007
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Head like a hole. Quarta-feira, fevereiro 28, 2007. Por isso eu calo-me. Calo-me e dou murros ao meu coração: ele grita. Ele gripa porque dói, mas consegue suportar a dor. Eu não, eu sou frágil e fujo. Tenho medo dar dor, por isso abandono o meu corpo. Deixo a carne e saio. Saio e vou procurar um túmulo, um túmulo que me dê a vida da morte. A minha alma, vai escavando no chão de betão. Eterno. E o meu corpo? Chorar é de Homem. ". Posted by Tiago at 02:39. Sexta-feira, fevereiro 23, 2007. Este texto é uma...
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Laundry Room: Janeiro 2007
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Head like a hole. Segunda-feira, janeiro 29, 2007. Torna-se aborrecido ver miragens,. Ver a tua miragem na minha cabeça,. Vezes, vezes vezes vezes vezes, sem conta. E não lhe poder tocar,. Existe uma nébula mental que o impede. As palavras acumulam-se cá dentro aos poucos. Aos poucos, aos poucos, umas em cima das outras,. Criando inúmeras camadas delas. As palavras do fundo vão-se dissipando lentamente,. Chega a um ponto que tem de ser aberto um espaço para mais,. A mente não é um espaço infinito. Aliás,...
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Laundry Room: Dezembro 2006
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Head like a hole. Quarta-feira, dezembro 27, 2006. O que está para vir. Hoje de manhã acordei,. Um um acordar um tanto atribulado,. Pensei em toda a indefinição que tinha na mente,. Reflecti sobre um possível futuro. Um futuro que me tira o sono, mas não a percepção,. Intimida-me, sinto um medo quando o prevejo,. Nunca lhe vi a face,. Ele oculta-se com um máscara. Posted by Tiago at 13:22. Segunda-feira, dezembro 18, 2006. Merda nos ténis ( lá vou ter de os limpar de novo ). Eu olho, olho em meu redor,.
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Laundry Room: Abril 2007
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Head like a hole. Sexta-feira, abril 27, 2007. Um dia estava-mos frente a frente,. De repente veio uma tempestade:. Levou a minha mente e alma,. Levou também o teu coração. Os ventos arrastaram-nos, separaram-nos,. Quebraram a tensão existente,. Tinha sido aberta uma brecha para que não perdesses o controlo. Para que pudesses respirar. O estado tempestuoso soprou para atrás a página actual,. Onde preencho estas linhas,. Dando vida uma renascida página em branco. Infinita página de dor:. Ser ingénuo, caí ...
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Laundry Room: Novembro 2006
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Head like a hole. Quarta-feira, novembro 29, 2006. Copo atrás de copo. Eu vou-me refugiar na bebida,. Copo atrás de copo,. Golo atrás de golo,. Até que acabo por perder a percepção. Com a ausência de percepção,. Abstraio-me de pensamentos que me atormentam,. Pensamentos, esses que são baseados em sentimentos,. Eles são altamente negativos. Encarno vermelho, misturado de um tom rosado,. Perco a noção dos actos, de tudo,. Até que por fim esqueço toda a realidade,. Está tudo por solucionar,. Quem é o allien?
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Laundry Room: Março 2007
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Head like a hole. Sexta-feira, março 23, 2007. Após mais umas inúmeras voltas, deixei de aguentar. O meu corpo deixou de aguentar. O meu corpo já estava cheio de suor e podridão até à exaustão. Morri. Morri a insistir em ti, à tua procura. Uma vida para mais não ver. Posted by Tiago at 15:31. Quarta-feira, março 14, 2007. Desesperei tanto naquela noite em que me disseste: estás a ver o ar que passa entre nós? O ar leva o tempo, deixa o ar levar o tempo, deixa o tempo dar tempo ao ar. Para circular. Eu já...
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Laundry Room: Julho 2007
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Head like a hole. Terça-feira, julho 31, 2007. Amor, lembras-te das tardes em que íamos até ao parque e comprávamos gelados? Lembras-te de quando eu te esbarrava com o gelado na cara? Lembras-te dos nossos sorrisos, lembras? Era exactamente no banco à beira do chafariz. Naquele banco, que tem lá. Sim, o que está debaixo do pessegueiro. Eu ainda te sinto tanto à minha volta, amor. Só eu sei que tu andas por aí a rondar-me. O mundo não sabe, tu não sabes. Este é o meu segredo, meu e da tinta. Sentimentos d...
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Laundry Room: Junho 2007
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Head like a hole. Sexta-feira, junho 22, 2007. O branco na minha cabeça,. O branco é nada, é ausência,. Há quem diga que branco é cor,. E que preto é que é ausência de cor. São iguais portanto,. Ambos moram cá dentro,. O branco surge durante o dia,. O preto aparece à noite. Fazem turnos para não se saturarem. De dia o branco domina-me cá dentro,. Não há nada mais a não ser o silêncio,. E a ausência de tudo. Quando anoitece, o preto predomina,. Nada lhe resiste, morro interiormente. Ninguém o vai impedir.
