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Café e Conversa: hummm?
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10 de abr de 2008. Palavras ditas por mim estão virando realidade. hummmmm. O tempo de demora do ônibus, a hora da chuva, um desfecho, um começo. Tem essa palavra agora, dita e redita, que quero muito. É a palavra que guarda o som do seu nome. Quero ouvi-la saindo da minha boca. Muitas e muitas vezes. Assinar: Postar comentários (Atom). No jardim do meu pai os pássaros vem cantar de man. Inventava gente pra lhe fazer companhia. Levava um. Bem parece que se anuncia uma mudança - Fico me. De Teatro de Rua.
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Café e Conversa
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20 de abr de 2008. Inventava gente pra lhe fazer companhia. Levava uma vida platônica, olhava as coisas à distância. Um constante estado de espera. Até que um dia, no meio do vazio inventado por ela, sentiu uma dor que só pode ser cantada em espanhol. A dor do desejo distante. Todo seu corpo queria chegar bem perto e sentir. Quis inventar tudo de novo mas os olhos de dentro deixaram de ver quando os olhos de fora ficaram vidrados na morte. Nem lá nem cá - sem refúgio. Assinar: Postar comentários (Atom).
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Café e Conversa: 01/01/2008 - 02/01/2008
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13 de jan de 2008. Do veríssimo (o luís), sobre a geração dos escritores que substituíram a máquina de escrever pelo computador:. Não existem mais originais. Os velhos manuscritos corrigidos, com as impressões digitais, por assim dizer, do escritor, hoje são coisas do passado: com o computador só existe versão final. O processo de criação foi engolido, não sobram vestígios. Só se vê a sala do parto depois que enxugaram o sangue e guardaram os ferros. Acho que o entendo. Bom quer dizer: que se assemelhe c...
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Café e Conversa: 04/01/2008 - 05/01/2008
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24 de abr de 2008. No jardim do meu pai os pássaros vem cantar de manhã. Meu pai quis que tivéssemos um jardim pra que acordássemos de manhã junto com as árvores. O jardim nos acolhe. Meu pai sempre cuidou pra que nos sentíssemos acolhidos, às vezes parecia se importar mais com o bem-estar dos outros do que com o próprio. Quero acolher meu pai agora. 20 de abr de 2008. Inventava gente pra lhe fazer companhia. Levava uma vida platônica, olhava as coisas à distância. Um constante estado de espera. Sou uma ...
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Café e Conversa: Interditada
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21 de jul de 2008. Tudo se passa diante de mim. Tudo passageiro menos a falta de que nem tudo passe. A criança caminha segurando as mãos dos pais, namorados passeiam, a mulher saboreia um café, o menino dorme no carrinho, o velho atravessa a rua encurvado, a garota olha a vitrine. Por instantes olho para o que passa. Depois caminho de volta pro vazio, levando dois pacotes de supermercado. Será que o vazio passa? Assinar: Postar comentários (Atom). De Teatro de Rua.
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Café e Conversa: 01/01/2009 - 02/01/2009
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15 de jan de 2009. Demoliam tudo. A casa já tinha virado entulho, o chão de terra estava revirado. Lá aonde eu tinha pisado, caminhos traçados inúmeras vezes no jardim antes cuidado. Só vi homens trabalhando, tiravam da terra os últimos detritos. Algo ia ser construído ali. Tudo ia virar definitivamente passado e aquilo me doeu. Paisagem na memória que não calava no peito. Essa foi a despedida. Ainda ouço a música. Demoliam tudo. A casa já tinha virado entulho, o c. De Teatro de Rua.
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Café e Conversa: 12/01/2008 - 01/01/2009
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28 de dez de 2008. Foi num dia, numa tarde. Eu me virei e peguei os óculos do desconhecido ao meu lado. Eu só estava brincando. Resolvi vesti-los. Foi uma resolução não-planejada. Um gesto tão diminuto, eu não esperava. Abrir os olhos é um ato. Sem querer, subi a cabeça acima do nível da água e avistei de novo a terra e o céu. E respirei. E o caminho se abriu. Eu não sabia o que viria a seguir. Você me perguntou pra onde eu olho e chamou pelos meus olhos. Você perguntou: "você está olhando pra onde?
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Café e Conversa
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13 de abr de 2008. Bem parece que se anuncia uma mudança - Fico me perguntando em que nível se dão as mudanças -por dentro e por fora, às vezes mais um às vezes mais outro. O quanto a realidade que tomo como certa é produto da minha leitura e o quanto da minha leitura é nítida ou turva. Ponto de vista muda ou posição das coisas concretamente muda? E quando esses questionamentos se transferem pro corpo. Essa carta me traz essa mudança de chave, essa mudança perceptiva em toda sua plenitude.
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Café e Conversa: 06/01/2008 - 07/01/2008
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28 de jun de 2008. Medir forças com o destino é loucura inútil. Deixar-se ir na mesma direção é loucura boa. Já tentar a contra-mão. A cabeça faz caminhos obscuros mas. frestas de luz vazam pela trama confusa. Não sei mais se posso confiar no que julgo ser. Talvez só precise de um pouco de loucura. Abrir as mãos e deixar que escorra. Medir forças com o destino é loucura inútil deixar. De Teatro de Rua.