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cata ventus: o desamor
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Quarta-feira, maio 04, 2011. Tem aquele amargo na boca, aquela náusea insinuada. dentro de segundos entrará no modo caos. Não saberá onde ir, não saberá como apresentar a sua face, não saberá como entoar as palavras, tornar-se-á maquinal. nada lhe poderá ser apontado. está agora num vazio apático e colossal. Tenta agora resistir, vá, resiste. a época dourada e cintilante tem o seu fim, não sabias? Subscrever: Enviar comentários (Atom). Um catavento a girar a girar a girar. Uma questão de amor.
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cata ventus: Outubro 2009
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Sábado, outubro 31, 2009. Fiquei à espera que regressasses desse dia em que escolheste a metamorfose. Pensei que hoje te encontraria para partirmos. À porta os teus cadernos de palavras esquizofrénicas escritas no auge dos teus delírios (nesses teus momentos únicos de criação e destruição). Dentro da casa o vazio frio de quando tudo se esvai sem que haja tempo. o nada. No quarto do fundo estavas tu, num mutismo doloroso, de olhar mortificado, vazia como nunca te concebi. Segunda-feira, outubro 12, 2009.
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cata ventus: Novembro 2008
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Sexta-feira, novembro 14, 2008. Desde o último passeio vai o tempo de uma gravidez. uma gravidez sombria e desagradável. talvez até podre. A sensação de que o tempo nos deixa é uma ilusão que serve de desculpa para tudo, sobretudo para o que se podia ter feito. permanece-se parado imaginando a infinitude. pasma-se com o passar das horas. Será que haverão mais passeios ou os todos os caminhos foram trilhados? O branco ou o vazio ou a pressa. A agonia do branco vai chegando devagarinho, esmagando-o.
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cata ventus: Março 2010
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Sexta-feira, março 12, 2010. Ainda há barcos no rio. Aprendeu a lidar o mar, como quem domina toiro enraivecido. as mãos arranham como esfregão e não desdizem as tormentas que o acometem. a vida cada vez mais dura e as redes vazias, lá lhe trazem um peixito miúdo de quando em quando. 8221;, “oo, não trabalhas? Um catavento a girar a girar a girar. Ainda há barcos no rio. Ver o meu perfil completo.
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cata ventus: Fevereiro 2007
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Domingo, fevereiro 18, 2007. A nota que apaga. A partitura que perde. O ritmo que descompassa. A casa que cai. A noite que chega. A destruição que acontece. O negro que pinta. A tristeza que morre. A solidão que renasce. A ruína que a ama. Quinta-feira, fevereiro 08, 2007. Despedida (em três actos). Gastámos todas as palavras. Gastámos todos os amores. Gastámos a diferença dos dias. Gastámos os olhares e as descobertas. Não nos vamos encontrar. Vamos por ruas diferentes. À procura do adeus.
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cata ventus: Março 2007
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Segunda-feira, março 12, 2007. O som dos fados chega-me arrastado. Recordo o dia da partida. um dia qualquer de Inverno que aconteceu sem se dar por isso. Vagueio pela cidade que não me conhece. procuro as ruas estreitas tentando encontrar o mistério que sempre mora nesses sítios e que me fazem recordar…. Conto-te, cidade, apenas por estar só. O som da portuguesa guitarra desaparece a cada acorde, o sal das lágrimas sabe a mar – sabe a saudade. Um catavento a girar a girar a girar.
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cata ventus: Maio 2011
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Segunda-feira, maio 16, 2011. Uma questão de amor. Fico esperando um fim feliz. Já com sorriso preparado. Surpreendes-me de novo,. Os teus lábios perguntam. O meu abraço responde. Uma questão de amor. Quarta-feira, maio 04, 2011. Tem aquele amargo na boca, aquela náusea insinuada. dentro de segundos entrará no modo caos. Tenta agora resistir, vá, resiste. a época dourada e cintilante tem o seu fim, não sabias? Um catavento a girar a girar a girar. Uma questão de amor. Ver o meu perfil completo.
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cata ventus: a cidade
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Segunda-feira, outubro 12, 2009. É difícil a cidade. os anos passaram e a incredulidade ampliou-se até ao inimaginável. sente-se deslocado daquele mundo em que está mas por contingências das suas responsabilidades de vida adulta já não mais partilha. Mais fácil é diluir-se no romance piroso da cidade que resistir-lhe. ou sobreviver-lhe. Que bom é ler-te a espaços, contador de histórias. Quarta out 21, 07:30:00 da tarde. Subscrever: Enviar comentários (Atom). Um catavento a girar a girar a girar.
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cata ventus: ainda há barcos no rio
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Sexta-feira, março 12, 2010. Ainda há barcos no rio. Aprendeu a lidar o mar, como quem domina toiro enraivecido. as mãos arranham como esfregão e não desdizem as tormentas que o acometem. a vida cada vez mais dura e as redes vazias, lá lhe trazem um peixito miúdo de quando em quando. 8221;, “oo, não trabalhas? Foi dia de ir ao cais com um saco de sardinhas mortas, ver gaivotas e dar uso aos camaroeiros. Manhã e tarde a convocá-los para o funil de rede. No final do dia, uma caixa pequenina de pequ...
