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Se me perguntarem...: de pontuação, por Xico Sá
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Sábado, 11 de outubro de 2008. De pontuação, por Xico Sá. Exercícios de pontuação amorosa. Sim, homem é frouxo, só usa vírgula, no máximo um ponto e virgula; jamais um ponto final. Sim, o amor acaba, como sentenciou a mais bela das crônicas de Paulo Mendes Campos: “Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar.”. O homem até cria motivos a mais para que a mulher diga basta, chega, é o fim!
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Se me perguntarem...: et pourtant. et encore.
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Domingo, 5 de outubro de 2008. Et pourtant. et encore. Et pourtant je t’aimerais encore une fois, malgré ton départ sans adieu. Malgré les absences, la solitude, les larmes, la perte des rires et des mots, la peur. Pour toi je referais les mêmes fautes d’orthographe, de pensées, de sentiments. Assinar: Postar comentários (Atom). E então, que quereis? De cajus e recidivas. Do que se foi. De pontuação, por Xico Sá. Et pourtant. et encore. Sempre Algo a Dizer. A charge política em dois tempos.
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Se me perguntarem...: primeira noite
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Sexta-feira, 3 de outubro de 2008. No rádio, a propaganda da 'maternidade-referência' e a música de fundo: “tutu-marambá/não venha mais cá/que a mãe da criança te manda matar.”. Sentada no chão do banheiro mínimo, uma só janela por onde foge a fumaça. Ainda escuro, espreito o primeiro claro. Pensando. Aliás, cantando, pra não variar: “aqui os mortos são bons, pois não comem o pão dos vivos e não atrapalham em nada” – e era pra ser um canto de alegria. Ou não. Melhor que matar o tutu-marambá. Do que se foi.
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Se me perguntarem...: pão e vinho
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Sexta-feira, 26 de setembro de 2008. Duvidava de loucuras, descrente dos loucos mansos e das fórmulas mágicas. A vida é um xarope e não dá presente, sabia. Por isso ia buscar, sempre, tudo. Limpava e arava e semeava e esperava. Plantava e colhia e fazia do trigo o pão, o suor molhando a massa, o forno aceso, a lenha queimando, no dia comum. Por isso o despertador tocava todas as manhãs. Tudo comum, e ainda assim, nada, nada se repete ao olhar mais atento. E duas existências se fundiam em uma, onde rotina...
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Se me perguntarem...: só um dia
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Quinta-feira, 25 de setembro de 2008. Ainda quis esperar um dia, uns dias, cantando, insistente: ‘pra mim, basta um dia, não mais que um dia, um meio-dia’. Quis, quis tanto que parei de querer pra me perguntar se queria de verdade. Veio a madrugada enchendo o quarto do calor que não era do teu corpo, a insônia, o sono, o torpor, o susto, o medo, o desejo, a falta, o dia trazendo mais falta, mais ausência, mais calor que não era o teu. Fragmentos de Basta um dia, CBH). Assinar: Postar comentários (Atom).
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Se me perguntarem...: do que se foi
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Terça-feira, 14 de outubro de 2008. Do que se foi. E eis que o tempo nos engole e não nos sabemos mais. Perdemos horas, dias, trens, passagens, direções. Perdemo-nos do que somos, do que fomos, do que seríamos. Deixamo-nos para trás em alguma rodoviária, velha angústia, dúvida, descrença, algum desconcerto, ranço, travo, amargor, aeroporto. E eis que temos ainda sonhos, mas do que tínhamos, o que ficou? Onde o sorriso largo, o perdão? Sem saudosismo, por vontade de resgate, cabe perguntar. Poderíamos ter...
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Se me perguntarem...: de cajus e recidivas
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Quinta-feira, 16 de outubro de 2008. De cajus e recidivas. Outubro, outono no outro hemisfério, e aqui, dizem, primavera. Só pra repetir o tema. Chuva dos cajus lavando ligeirinho umas manhãs nostálgicas que vêm montadas na velha canção de Roberto: “mas o meu silêncio foi maior e na distância morro todo dia sem você saber”. Há quem não saiba conviver com ele, me disseram. Há quem necessite dele. Aí soa estranho. Vazio. Nada mais que palavras. Paroles, paroles, paroles. Assinar: Postar comentários (Atom).
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Se me perguntarem...: Des-semelhantes
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Terça-feira, 7 de outubro de 2008. Ele, noturno. Eu, matinal. Ele, silêncio, eu, palavrão. Ele razão, eu, passional. Eu, todo mundo. Ele, solidão. Eu, mpb, ele, roquenrou. Eu, botequim, ele bistrô. Ele, erudito, eu, popular. Signo de terra. Signo de ar. Ele analisa, eu sintetizo. Ele se ausenta, eu me imobilizo. Se impacienta, eu me desespero. Ele indiferente, eu pondero. Ele, em profusão. Eu, sem ninguém. Ele me quer bem. Ele, palavras,. Eu, toda ouvidos. Linda, linda poesia! 10 de novembro de 2008 21:58.
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Se me perguntarem...: desta noite
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Quinta-feira, 9 de outubro de 2008. Eu queria te contar desta noite. A noite em que eu quis te matar. Em mim. A. Noite em que eu quis não te ver a cada momento em que deitava os olhos no céu. Em que quis que tua lembrança fosse não mais que ausência, tempo distante, brevidade. Da noite em que saí de casa e quando voltei não vi mais tua sombra no sofá vermelho, na cama, na cadeira escura, na memória. Mas já inventei de ti em mim uma presença tão funda, que mais não posso inventar. E então, que quereis?