prazeresminusculos.blogspot.com
Prazeres Minúsculos: Fevereiro 2006
http://prazeresminusculos.blogspot.com/2006_02_01_archive.html
Pequenos textos, pequenos prazeres. O meu irmão mais novo tinha quatro anos, portanto, isto aconteceu em 1968, Naquela altura, o carnaval de Figueiró era diferente, pois não se falava de política e ninguém sambava. O meu primo Arnaldo estava na guerra, em África, mas esse era também um assunto inexistente. Vejo agora estas coisas, mas a certa distância. Nesse tempo, eu era uma menina de oito anos. A mãe levava o meu irmão mais novo ao colo e estava tão nervosa que ele se pôs a chorar, sem saber porquê.
prazeresminusculos.blogspot.com
Prazeres Minúsculos: Julho 2006
http://prazeresminusculos.blogspot.com/2006_07_01_archive.html
Pequenos textos, pequenos prazeres. Lembro-me de um tempo em que era possível ter trinta anos. E vestir camisa engomada todas as manhãs, mesmo no verão,. Sem que nos acontecesse ficar suados ou tristes com a vida -. Era qualquer coisa assim deste género que se via, ou vi eu,. Num poema que começava de uma maneira muito ternurenta,. Encomendei os teus livros escolares na papelaria esta manhã". Lembro-me de um tempo em que era possível ter trinta dias. Ou porque não éramos precisos para nada por ser agosto.
prazeresminusculos.blogspot.com
Prazeres Minúsculos: Abril 2006
http://prazeresminusculos.blogspot.com/2006_04_01_archive.html
Pequenos textos, pequenos prazeres. Uma história de amor. Aquele era um promissor dia de Primavera. A carrinha com as raparigas deveria chegar a todo o momento e Adriano caminhava em frente ao Bataclã, mas podia pensar-se que tinha um peso sobre os ombros e os seus passos se afundavam na terra mole. O rapaz estava nervoso, acendia cigarro atrás de cigarro. E se tudo corria mal? Se não havia clientela? Adriano foi um cavalheiro e mostrou-lhes as instalações: o bar que brilharia na noite do concelho, a cas...
prazeresminusculos.blogspot.com
Prazeres Minúsculos: Dezembro 2005
http://prazeresminusculos.blogspot.com/2005_12_01_archive.html
Pequenos textos, pequenos prazeres. Os amantes sem endereço. O rio parecia sereno, mas corria em maré cheia, numa violência interna que o plano da superfície ainda ocultava. Um velho cacilheiro avançou nas águas, arfante e cansado, e só os picos nervosos das ondas desencontradas, em choque com o casco, lembravam a sua aflição na corrente. O despertar gelado da manhã tinha um vento que obrigava os apressados viajantes a fecharem mais os casacos contra o corpo. Ele sabe de nós? O homem largou fora a beata ...
prazeresminusculos.blogspot.com
Prazeres Minúsculos: Janeiro 2006
http://prazeresminusculos.blogspot.com/2006_01_01_archive.html
Pequenos textos, pequenos prazeres. Um terramoto um dilúvio um desastre de avião. Sabe bem estar contigo quando dormes, quando. Nascem bebés entre as palavras. Como a esperança que me davas. Posted by João Villalobos at terça-feira, janeiro 31, 2006. Comemorando finalmente o aniversário de W.am. Nesse dia, o senhor Jorge saiu de detrás do balcão, abriu a lata de Cergal em andamento e vociferou-me:. Cá para mim, esse Amadeu precisava era de uma mulher como deve de ser. Assim com’á minha! Eu estava a conve...
prazeresminusculos.blogspot.com
Prazeres Minúsculos: Junho 2006
http://prazeresminusculos.blogspot.com/2006_06_01_archive.html
Pequenos textos, pequenos prazeres. Certas coisas pertencem aos livros de poesia. Certas coisas pertencem aos livros de poesia. A lâmina com que cortei a face esta manhã,. O álcool com que a estanquei, a tua voz perdida. Na minha cabeça e em toda a parte,. A minha camisa suja caída no chão do quarto,. O cheiro a sexo impregnado nas minhas mãos,. Listas e listas de compras de uma casa desordenada,. Um telefonema em que se fala das coisas mais banais,. Uma série de livros amontoados sobre a mesa da cozinha,.
prazeresminusculos.blogspot.com
Prazeres Minúsculos: Março 2006
http://prazeresminusculos.blogspot.com/2006_03_01_archive.html
Pequenos textos, pequenos prazeres. Hoje levei-te no bolso. A tomar chá e bolinhos de maresia. Tocava ao longe uma música. Cheia de Graça,. Mesmo não sendo domingo. E nós, como quem escuta num búzio o vento que chama. Só consegui falar-te com voz de criança. Mas as mãos, ah! Essas tocaram-te numa outra dança. Posted by João Villalobos at sexta-feira, março 31, 2006. Velhos somos todos nós, no Inverno. Velho é o recém-nascido, amanhã. Posted by Paulo Nogueira at sexta-feira, março 31, 2006. Olhamos para d...
prazeresminusculos.blogspot.com
Prazeres Minúsculos: Setembro 2006
http://prazeresminusculos.blogspot.com/2006_09_01_archive.html
Pequenos textos, pequenos prazeres. Sim, em teoria, todos temos o mesmo direito a existir. Enquanto lá fora, na direcção das paredes das nossas casas,. Outras tantas pessoas andam com os pés enterrados na lama. E as caras sujas de fome e falta de vitaminas essenciais ao sorriso. Sim, em teoria, todos achamos que o importante é o bem-estar geral. Mesmo que isso implique uns quantos pretos a boiar no mediterrâneo. E muitas famílias perdidas em continentes que pensamos terem sido inventados. Sim, em teoria,...
prazeresminusculos.blogspot.com
Prazeres Minúsculos: Maio 2006
http://prazeresminusculos.blogspot.com/2006_05_01_archive.html
Pequenos textos, pequenos prazeres. Conversando às 5 da manhã com uma chávena de chá. Éramos daquele tempo em que diziamos um ao outro. Vamos criar uma casa na árvore onde podemos juntar. Os nossos amigos todos que fazem coisas bonitas. E depois a árvore transforma-se em estrela. E nós sorrimos todos muito muito. Éramos daquele tempo em que diziamos um ao outro. Vou esticar a mão da minha janela à tua. Atravesso o mar inteirinho cheio de carros. E depois o mar transforma-se em jardim. There was a time.