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A Menina que Chorava Sangue: De mãos dadas
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12 de abril de 2012. A noite ainda nem vai alta. E já a Solidão se senta comigo. Aqui à beira da cama, calada. A dar a mão à minha alma. Namora com o Desespero. Que se fez de meu inquilino. Já nem recordo quando. Deitado a fitar o tecto. Vejo três mundos além. Daquele em creio estar. E em nenhum deles tu estás. A soma dos meus medos. Naquela janela de betão. Sempre de mão dada. A cama já é uma valeta. Sou um homem velho e mau. Ou uma criança partida. Uma engrenagem virada louca. Um belo naco de nada.
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A Menina que Chorava Sangue: Cárie
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21 de novembro de 2013. Como uma canção que me habituei a murmurar. Que tenho gosto em inalar. Que nem expresso em esgares. Um dente podre num sorriso bonito. És o espaço vazio na minha cama. Que sonho em abraçar. Que se espalho debaixo da pele. Como uma perfeita doença. Que não quero curar. Chorada por Vincent DeVille. No dia da Graça do Senhor de:. Quinta-feira, novembro 21, 2013. Enviar a mensagem por e-mail. Dê a sua opinião! Subscrever: Enviar comentários (Atom). Para a minha mãe.
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A Menina que Chorava Sangue: Cão
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7 de julho de 2012. Como se bafejado pelo infortúnio. A rua escorrega-me dos pés. E o mundo escorre-me pela pele. Os braços abertos em derrota. Gritam por mim o teu nome. Ecos estilhaçados pelos prédios. Correm selvagens para o cérebro. Que em jeito de malvadez os urdiu. Se devagar corro devo-o. Ao peso da tua memória. À imensidão do teu sorriso. Os passos ritmam a melodia. Dessa cantiga que não quero. Ouvir ou tocar ou cheirar. Se poder nem ver quero. As trinta e duas pérolas. Se me doem as feridas.
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A Menina que Chorava Sangue: Ismael
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4 de dezembro de 2011. Chorada por Vincent DeVille. No dia da Graça do Senhor de:. Domingo, dezembro 04, 2011. Enviar a mensagem por e-mail. Dê a sua opinião! Subscrever: Enviar comentários (Atom). Para a minha mãe. Dois tostões e uma carcaça. Vincent DeVille @ DeviantArt. Para sempre perdido, maravilhado e desiludido pela vida, segue um caminho que não é certo. Escreve para se sentir melhor. Ver o meu perfil completo. Vi Veri Universum Vivus Vici. Modelo Simples. Com tecnologia do Blogger.
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A Menina que Chorava Sangue: Destroço
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7 de julho de 2012. Deixaste-me ser um destroço. Moldaste-me sem me conhecer. Sem me levares a passear. Pelas manhãs de funerais. Que marcham frente a mim. Para nunca as apanhar. Deixei-te pilhar até o adeus. Torceste-me até aos ossos. De cada vez que encostaste. A tua pele suave à minha. Fomos aos breus dos poços. Ao êxtase das asas das gaivotas. Sendo sempre dois estranhos. E eu já nem quero sonhar. Onde tu e eu estaríamos. Se tivéssemos unido carne. E corações em juras e saliva. Nunca a poderia ganhar.
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A Menina que Chorava Sangue: Corvo
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20 de junho de 2012. Que outro senão este vosso amigo. Para cair enamorado de um Corvo. Que idolatra as coisas brilhantes. E a força bruta da pequenez. Ao invés do brilhantismo das. Pequenas coisas que trago ao peito? Tolo da raça maior sou eu. Que me deito com o mesmo erro. Infindas vezes na mesma noite. Só para nunca saber a que sabe. Um torrão de rocha da Lua. Quem mais senão este corpo. Para gostar desse crocitar. A alcateia não pára por ardores. Mas um dia quebraremos passo. Para te colher a plumagem.
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A Menina que Chorava Sangue: Urina
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9 de abril de 2013. Acordei e mijei com o peso de um trovão. Chovi sobre sonhos e palavras ébrias. Dourei as promessas, as memórias. Já nada há a fazer, conta-me o fluxo. Não insistas, diz-me, testa contra a parede. Refastelo no refrigério da sensação. Regojizo no conforto do conselho. Sábios não falam tão bem. Como este corrimento amarelo. Há maldade aqui, na força deste rio. Existe vontade de afogar,. De procriar dinastias vãs,. Boatos, sortilégios e demais. Ou serei eu o bruxo das mais inúteis.
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A Menina que Chorava Sangue: Perfume
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3 de setembro de 2011. A loucura e doenças. Rasgada a ferros ferrugentos. Do teu corpinho sardento. Pedacinho de céu asqueroso. Um perfume de puta. Que este cão não pode. Deixar de querer lamber. E conservar a saliva. Em banha ou etanol. Mergulhar o nariz adunco. Sempre que te querer. Recordar o medo que te tenho. Rosnar o orgasmo até ao fim. Sonhar que te arranco bocadinhos. Domina toda a minha cabeça. Prende a minha genitália. Com pregos ao chão. Como um porco rebola. Na sua própria merda.
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A Menina que Chorava Sangue: Âncora
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31 de março de 2012. Sou capitão sem navio para comandar. Bóia deixada à deriva no mar. Que me enferrujam as veias. Levando-me ao apogeu da loucura. Com promessas de paixão pura. Rogo pragas aos mares. E aos defuntos czares. Nunca soube ardor tão forte. Com cheiro a céu e a morte. Cruel cilada esta a tua. Que te basta estar nua. Para que homens feitos. Tremam que nem amores-perfeitos. Se te arrancar de mim à faca. A cicatriz será que atraca. Como o navio que espero. E a âncora pela qual desespero.