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Lis Neverland: Loucos o somos
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Sexta-feira, fevereiro 21. Serei louca por sonhar? Por viver o que sinto? Por louca me julgar? A loucura banalizou-se na boca das pessoas, é-se louco por pouco e a loucura é dada como se de nós não fizesse parte. Pois bem, a loucura de que vos falo não é nenhum distúrbio, esta vem do coração. Ser-se louco é sorrir ao mundo, mesmo quando não é reciproco, é crer como crianças, é amar descontroladamente sem olhar a consequências e por fim suspirar. A tua loucura tem o tamanho do teu coração! O Pirata, o Dra...
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Lis Neverland: Abril 2009
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Terça-feira, abril 28. Conheci-te, entrosados no olhar um do outro trocamos palavras, desejos, segredos! Olhavas para mim cobiçando-me, tentando quase alcançar-me emocionalmente, dizias que me querias ter perto de ti, bem perto, eu lia-o nos teus olhos. Disse-te para te aproximares, mas estranhamente não percebes-te os meus sinais, então ergui a minha mão na tua direcção, e aliciei-te na minha. Os nossos corpos contorciam-se juntos, estavam colados de tanta paixão e deleite! A parede chorava fadiga e eu ...
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Lis Neverland: Fevereiro 2014
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Sexta-feira, fevereiro 21. Serei louca por sonhar? Por viver o que sinto? Por louca me julgar? A loucura banalizou-se na boca das pessoas, é-se louco por pouco e a loucura é dada como se de nós não fizesse parte. Pois bem, a loucura de que vos falo não é nenhum distúrbio, esta vem do coração. Ser-se louco é sorrir ao mundo, mesmo quando não é reciproco, é crer como crianças, é amar descontroladamente sem olhar a consequências e por fim suspirar. A tua loucura tem o tamanho do teu coração! Já não chove sa...
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Lis Neverland: Março 2009
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Quinta-feira, março 12. Um dia morri sem que ninguem soubesse. Esta noite procurei a minha alma. Procurei por toda a escuridão, por todo o universo, e qual não é o meu assombro, que quando que para a lua olho e a vejo. Oh, assistia a Yann Tiersen ao piano. Uma alma desalmada, que só de si alma possuía, minh'alma! Pulei até lá. Tiersen tocava para nós, tinhamo-nos separado, eramos duas distintas formas de ser. O meu corpo, frágil e fútil ansiava pela volta daquele ser a mim. Como a carne é egoísta. O meu ...
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Lis Neverland: Outubro 2013
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Segunda-feira, outubro 21. Falar de Dor Faz Doer. Falar de dor faz doer. Querer dizer que o que dói magoa, e não é à toa. Que se diz que a morte, tudo perdoa. Apazigua essa o pesar, que nos faz mostrar,. Que nem mesmo a carpir, nos vamos do luto despir. É um luto da alma, que mantém a calma,. Para a saudade suprimir. Saudade essa, que mantém a peça do que é o fingir. Finjo não recordar,. De como era na tua pele tocar,. Os teus olhos verdes olhar,. Para não me ferir a alegria. Há tanta coisa que te diria.
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Lis Neverland: Janeiro 2012
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Terça-feira, janeiro 31. Não sei porque insisto em falar, falar a quem não me ouve, nem tão pouco os lábios me lê. Falar a surdos-mudos que me circundam, sobre coisas que já todos julgam saber. Se falo de amor, todos sabem o que é, pois já padeceram de tal. Se falos de sexo, já todos sabem o que é, entregar-se à luxuria. Se falo de amizade, ora todos têm um amigo. Não compreendem que certas coisas, por mais vividas que sejam serão sempre desconhecidas, e, em nós, só ficam sensações. Impressões. Não te va...
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Lis Neverland: Junho 2011
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Segunda-feira, junho 20. Tanto tempo que o tempo não tem. E lá estava eu apreciando aquela paisagem, já havia muito tempo desde que não me sentira tão confortável longe de casa. O vento soprava forte quase que como me agitando as ideias e baralhando os sentidos e a água do mar em concordância com o mesmo. Eu, pacificamente sonhava acordada, e pela primeira vez, estimava tudo o que me rodeava. Porque me impeço eu de ser quem sou por vezes? Porque tento eu disfarçar o sorriso quando quero sorrir? Como gost...
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Lis Neverland: Setembro 2009
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Quinta-feira, setembro 10. Libertei-me daquelas cordas que me prendiam, daquelas que faziam de mim uma marionete de um palco. De um palco vazio! Alguém sem qualquer deliberação comandava os meus passos. Passos frágeis esses que mal se apoiavam neste meu chão fictício! Caminhava de cordas presas aos pés e agora até senhora das minhas pegadas sou. Atingi o cume do meu auto conhecimento e reconheço-me em cada esquina e em cada paraíso imaginário. Sinto a temperatura a subir, dispo-me e. Que é a vida. Ter a ...
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Lis Neverland: Maio 2010
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Terça-feira, maio 11. Tentei, tentei mais que tudo ser tua. Tentei ser perfeita a teu ver, mas nem sempre o fui. Olho agora para o teclado querendo desabafar mas sem saber o que escrever, nem sempre é fácil! Revejo alguns dos muitos momentos que me relembram a tua gargalhada, mas nem sempre é fácil! Revivo algumas das emoções que te entreguei com alguma mágoa, mas nem sempre é fácil! Vejo-nos uma e outra vez deitados na mesma cama simplesmente a falar, mas nem sempre é fácil. Enviar a mensagem por e-mail.
