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De muito tempo antes do tempo.: Enfim, ela também sabia o que era sentir isso...
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Segunda-feira, 17 de novembro de 2008. Enfim, ela também sabia o que era sentir isso. Tudo tem que ser bem de leve para eu não me assustar e não assustar os que amo. Pedem-me pouco, pedem-me quase nada. O terrível é que eu tenho muito para dar e tenho que engolir esse muito e ainda por cima dizer com delicadeza : obrigada por receberem de mim um pouquinho de mim.". Pra ver a banda passar:. Isso é bem você mesmo.por isso que és uma pessoa plena. e direi e repetirei. ad infinitum. Eu sou tão 1999.
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De muito tempo antes do tempo.: Cirrus
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Terça-feira, 7 de setembro de 2010. Na volta, o silêncio da estrada. O cansaço de estar junto e a necessidade de estar em si, e só. Sempre assim: O momento de nada mais ser dito no retorno de qualquer viagem. Dentro, alguma coisa quebrou. Também fora. Castelos aéreos na linha do horizonte. There is a light that never goes out. No banco de trás, três sonhos. No céu , Chagal. Na contramão, rumo ao reino das coisas não ditas. Rosa dos ventos dos meus afetos, aponta para o tempo. Pra ver a banda passar:.
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De muito tempo antes do tempo.: Poema do silêncio
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Sábado, 22 de novembro de 2008. Sim, foi por mim que gritei. Atirei frases em volta. Cego de angústia e de revolta. Foi em meu nome que fiz,. A carvão, a sangue, a giz,. Sátiras e epigramas nas paredes. Que não vi serem necessárias e vós vedes. Que nada me dariam do infinito que pedi,. Que ergui mais alto o meu grito. E pedi mais infinito! Eu, o meu eu rico de baixas e grandezas,. Eis a razão das épi trági-cómicas empresas. Que, sem rumo,. Levantei com sarcasmo, sonho, fumo. Que só por me ser vedado.
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De muito tempo antes do tempo.: "Apócrifo, das cartas não enviadas: E o Sertão virou mar"
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Sexta-feira, 8 de maio de 2009. Apócrifo, das cartas não enviadas: E o Sertão virou mar". Sinto muito pela igrejinha e pelo museu. Sinto muito pela sua roseira, pelas roupas que estavam no varal, pelo bolo que não cresceu como você queria. Sinto ainda pelo seu caderno de versos, encharcado. Quem sabe com tudo borrado você não entende o que estava escrito? Pra ver a banda passar:. Thalita Castello Branco,. Diz que é de amor, de amor, de amor. e incurável. Ver sua paixão assim, chovendo, me comove, Lara.
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De muito tempo antes do tempo.: Apócrifos, das cartas não enviadas: O irmão bastardo de Ismael
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Quinta-feira, 12 de agosto de 2010. Apócrifos, das cartas não enviadas: O irmão bastardo de Ismael. Eu não sei exatamente se foi nesse dia que eu passei a ter medo de você ou se, pela primeira vez, entendi a dimensão do que você sentia.Talvez eu apenas não lembre. Tudo que sei é que o caminho de volta para casa estava assustadoramente estranho, como só consegue ser aos domingos. E só em alguns. Não conseguia entender porquê eu. É, eu sei. Por isso tenho que entrar, tá certo? Aí você se calava, resignado&...
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Sinto muito mas,: Julho 2007
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Sinto muito mas,. O vidro e a paisagem. Eu gosto mais de maio. Com os pés queimados. Procuro algo que não tem nome. Memórias de mais uma na multidão. Visualizar meu perfil completo. Domingo, julho 22, 2007. O vidro e a paisagem. O ar-condicionado no máximo. Dando aquele clima diferenciado. Coreografia dos gestos displicentes. Cenografia de novela da globo. Lugar em que a gente se sente. Avenida de prédios baixos. Vitrines de dois andares. O céu estalando de azul. O clima intimista da iluminação pontual.
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Sinto muito mas,: Janeiro 2010
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Sinto muito mas,. Com os pés queimados. Procuro algo que não tem nome. Memórias de mais uma na multidão. Visualizar meu perfil completo. Quarta-feira, janeiro 20, 2010. Às vezes, eu queria me pegar no colo. Ser meu próprio pai. Me aninhar nos meus braços. Mas me deixo ao relento. A testa encostada no vidro de uma janela. Sombras de gotas de chuva. Me escorrendo o rosto. Labirintos que não têm nome. Nem fio de ariadine que me retorne à superfície. Cuido-me como a um outro. E tanto e tão intensamente.
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Sinto muito mas,: Novembro 2008
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Sinto muito mas,. Vida de qualquer um. Com os pés queimados. Procuro algo que não tem nome. Memórias de mais uma na multidão. Visualizar meu perfil completo. Domingo, novembro 09, 2008. Que é tanta coisa. Mas não é,. Em que eu já fui. Que não é minha. O meu céu de Suely. O posto de gasolina. Em que eu parava. No trajeto asa branca. O que há de mais profundo em mim. Como se a pré-adolescência. Me cavasse tão fundo. O lá do fundo. O forró com melodia. E a britney spears. No som de carro. É um lugar bonito.
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Sinto muito mas,
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Sinto muito mas,. Um rua quase vazia, alguém passando de guarda-chuv. Com os pés queimados. Procuro algo que não tem nome. Memórias de mais uma na multidão. Visualizar meu perfil completo. Terça-feira, janeiro 11, 2011. Um rua quase vazia, alguém passando de guarda-chuva. Amigos conversam num bar. Parece segunda. Não há ninguém na sorveteria. Pedaços de conversa e de risos. Clima de Chuva. Ela vai embora. O 'tchau' não tem gosto de até logo. Um aperto no peito. Sábado, 22 agosto, 2015.
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De muito tempo antes do tempo.: Novembro 2008
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Domingo, 23 de novembro de 2008. Auto-retratos por um terceiros. Tenho meditado e sofrido. Irmanada com esse corpo. E seu aquático jazigo. Que se a mim não deram. Esplandecida: a palavra de ouro. O sumarento gozo de cantar. E te assustas do meu canto. Apenas tu, Dionísio, é que recusas. Ariana suspensa nas tuas águas.". Pra ver a banda passar:. Sábado, 22 de novembro de 2008. Sim, foi por mim que gritei. Atirei frases em volta. Cego de angústia e de revolta. Foi em meu nome que fiz,. E pedi mais infinito!
