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Lunatices: Fevereiro 2012
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Sábado, 25 de fevereiro de 2012. Veredas tortas cortam a serra. Duros cascos penetram a terra. Rumos indefinidos o esperam. Chicote já não morde o seu couro. Barriga livre de esporas de ouro. Cabresto solto e a cara ferida. Dorso pelado e a sela caída. Pra onde vai o cavalo sozinho? Fugindo veloz das nossas cercas. Trilha agora o seu próprio caminho. Pra onde foi o cavalo audaz? Ainda que assim a vida ele perca. Destino agora é ele quem faz. London I love you, but you’re freaking me out….
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Lunatices: Casamata desarmada
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Terça-feira, 15 de maio de 2012. Tiros, bombas e mísseis. Tempos de guerra,. Trégua é a exceção. Regra é a devastação. O cheiro de pólvora no ar. Ofensas prestes a estourar. Afeto é agora fuzil. Lar é agora covil. Mas naquela infértil terra. Verdadeiro cenário de ruína. Crescida em tempos de guerra. Vive bravamente uma heroína. O principal alvo ela é. Apesar de várias feridas. A linda rosa resiste em pé. 26 de setembro de 2013 08:33. Belas palavras. Tocou fundo em mim. Obrigada! A Corte da Rainha Carmesim.
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Lunatices: Fato ou ficção?
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Terça-feira, 22 de março de 2011. Gargalhamos, até notarmos a presença de um homem soturno, com cabelos longos e grisalhos, a barba rala cobrindo as suas rugas e o sobretudo negro e desbotado cobrindo o seu corpo. Estava fumando o último trago de um cigarro. Expirou com melancolia a derradeira fumaça e nos dirigiu a palavra:. Sabe, garotos, não pude deixar de ouvir a anedota que um de vocês narrou. Não era uma anedota. Foi um fato. Aconteceu exatamente como eu contei. Continuava o estranho a narrar:.
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Lunatices: Solilóquio do escafandro cúbico diante do espelho
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Segunda-feira, 14 de março de 2011. Solilóquio do escafandro cúbico diante do espelho. A face é o invólucro da limitação muscular. Que peça me foi pregada! Eu diante de um espelho até a morte! Ao inferno Descartes e o “. Melhor seria não pensar ou, melhor ainda, não existir. Ao menos posso dialogar com o reflexo das minhas íris. Matar-me-ei. Não pisque aí tu, reflexo, que eu não piscarei daqui. O excesso de lágrimas talvez cubra a caixa e nos afogue. Mas espere um instante, como conseguimos respirar aqui?
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Lunatices: Novembro 2011
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Sábado, 26 de novembro de 2011. Sob o branco véu. Das memórias de outrora. Atuam num eterno bombardeio. Aqui não há mudança. Há o futuro do pretérito. Iria, poderia, teria. Lamentações por um futuro que não foi. Conformações pelo presente branco. Tal qual a névoa que a cerca. Tela para os filmes da memória. Dos outros tempos, da infância, da juventude. O vento frio e cortante. Petrópolis, terra de Pedro, terra do Pretérito. London I love you, but you’re freaking me out…. O mistério é a alma do negócio.
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Lunatices: Outubro 2010
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Quinta-feira, 21 de outubro de 2010. O garoto do meio da classe. Alguém aí sabe a capital de Angola? Luanda. Vou falar! Vou dar uma dica, começa com "L". Deixa Agora alguém provavelmente vai falar.). Vocês precisam estudar mais. Não é possível! Mas eu sei que é Luanda! Só não quero falar.). Sabia que uma outra pessoa ia falar.). Muito bem, João Alberto! Estou vendo que você é a única pessoa que estuda geografia aqui. Luanda é a capital de Angola que é um país. Quarta-feira, 13 de outubro de 2010.
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Lunatices: A segunda resposta de Pai Afonso
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Segunda-feira, 28 de março de 2011. A segunda resposta de Pai Afonso. Bateram novamente na porta da cabana do Pai Afonso. Um homem de meia idade em crise com a vida de desquitado e desempregado. Pai Afonso abriu a porta e viu o homem esfarrapado e com uma cara de tristeza e disse:. Caralho, mais um filho da puta em crise com o mundo. Vai ler Paulo Coelho, seu imbecil! Pai Afonso já estava fechando a porta, quando o homem disse:. Espere, eu tenho uma cachaça para você. Ei, Pai Afonso! De cabeça erguida, d...
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Lunatices: Janeiro 2011
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Quarta-feira, 5 de janeiro de 2011. Há quem diga que a vida. Não é feita de um Eu. Há quem diga que é bonita. Se é o meu e mais o teu. Eu não é só eu. Eu achava que era Eu. Eu não existo,. No plural, parti. Nos singulares, partimos. London I love you, but you’re freaking me out…. O mistério é a alma do negócio. Confissões. A tal da sociedade. A Corte da Rainha Carmesim. The land where the punk weed grows. Um lunático. Apenas um lunático. Visualizar meu perfil completo.
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Lunatices: Carta de um (im)possível eremita
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Terça-feira, 9 de agosto de 2011. Carta de um (im)possível eremita. O mundo já não me agrada, ou melhor, os seres humanos que nele vivem são objetos de um profundo desagrado por minha parte. Esses já não existem mais? Ah, duvido. Vejo-os todo dia, passeando por aí e fantasiados em moralismo barato. Deixarei tudo isso para trás. E a família? Porque sim. Sempre foi assim. A sociedade sempre mandou e eu, até agora, a obedeci. Carpe Diem, Carpe Diem, Carpe Diem. E aquela corja de políticos safados? Eu te amo...
