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O som da cidade e as contas de vidro: July 2015
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O som da cidade e as contas de vidro. Ars longa, vita brevis. Sunday, July 12, 2015. Dança de vento e sal. Meus movimentos de asas se alimentam. De seus olhares de despeito vermelho. E de suas bocas inchadas de maledicência. Minha pele é armadura como exoesqueleto de libélula. E meus olhos são os dos felinos à noite. Conjure feitiços, e eu os cortarei. Tal como a chuva dissipa a fumaça negra da morte. Danço cada vez mais alto, e sobranceira. Despeço-me de toda a gente ignóbil, as lagartas,.
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O som da cidade e as contas de vidro: December 2014
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O som da cidade e as contas de vidro. Ars longa, vita brevis. Saturday, December 06, 2014. Há mil dias enclausurada num cúmulo-nimbo. Há mil dias acreditava ser a nuvem o calabouço de um rico navio. Onde o amor reinava incólume. Naquele reino, mesmo claustrofóbico,. Eu deveria viver e morrer. Vi harpias e lutei contra medusas insones. Adorei anões de gesso como se fossem Adônis de mármore. Em meus olhos, um filme de fadiga preta e branca,. E não havia espelhos para ver minha própria face dourada.
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O som da cidade e as contas de vidro: O ogro na biblioteca
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O som da cidade e as contas de vidro. Ars longa, vita brevis. Tuesday, April 14, 2015. O ogro na biblioteca. O ogro senta-se majestoso. Sobre uma pilha de livros modernos,. Descomunal, triunfal, grandiosa é sua pança de ar. Flui em seu sangue fogo-fátuo. E seu suor expele pequenas águas-vivas. O ogro sonha em ser um príncipe. Crê ser um diplomata. Suas enormes mãos derrubam comida sobre os livros,. Ele diz que não precisa mais deles para conjurar fórmulas e feitiços. Whatever, dude", "ah bon?
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O som da cidade e as contas de vidro: July 2013
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O som da cidade e as contas de vidro. Ars longa, vita brevis. Monday, July 22, 2013. O vento traz cheiros da chuva,. O vento traz amor, o vento traz seus olhos escuros,. E vento traz a ausência. Como um mordomo sarcástico,. Refinado torturador nas horas vagas,. O vento traz, silencioso, a lembrança da distância. E o mesmo vento traz o perfume do futuro de amanhã,. Pois nos encontraremos novamente encarcerados um no outro,. Na torre abastada de vidro e madeira,. E pelo som de um pequeno rio. To be alone i...
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O som da cidade e as contas de vidro: December 2013
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O som da cidade e as contas de vidro. Ars longa, vita brevis. Sunday, December 15, 2013. Ch, me dê sua mão. Quente como sua boca,. O desejo na noite,. Boca de um proteu perdido numa gruta. Uma estalactite se parte. E na água pura do escuro. O proteu se arrepia. Perguntam o significado da vida. Nunca entendi a questão,. Já que a vida não é palavra ou signo. Vida é como um mar escuro. Povoado de holotúrias e algas vermelhas. Onde se é lançado impiedosamente. Para existir, como um poema ou uma canção.
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O som da cidade e as contas de vidro: October 2013
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O som da cidade e as contas de vidro. Ars longa, vita brevis. Wednesday, October 30, 2013. Canção da farsa de amor II. The Lovers, 1987 - Jan Saudek. Agora nossa canção é una,. Agora o hino em nossos corpos. Alçou vôo no hiperespaço do amor,. Além do espaço das palavras, do tempo dos sons,. Da geografia do pensamento. Quero-te antes de qualquer pergunta. Quero-te antes de qualquer fantasia. O pássaro enjaulado do desejo. Metamorfoseou-se em mil jaguares famintos. Corre no fundo azul do sonho.
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O som da cidade e as contas de vidro: Dança de vento e sal
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O som da cidade e as contas de vidro. Ars longa, vita brevis. Sunday, July 12, 2015. Dança de vento e sal. Meus movimentos de asas se alimentam. De seus olhares de despeito vermelho. E de suas bocas inchadas de maledicência. Minha pele é armadura como exoesqueleto de libélula. E meus olhos são os dos felinos à noite. Conjure feitiços, e eu os cortarei. Tal como a chuva dissipa a fumaça negra da morte. Danço cada vez mais alto, e sobranceira. Despeço-me de toda a gente ignóbil, as lagartas,.
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O som da cidade e as contas de vidro: August 2013
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O som da cidade e as contas de vidro. Ars longa, vita brevis. Wednesday, August 21, 2013. Days of wine and roses. Céu quente, mas azul, que me desperta. Lua, espelho dos sonhos e delírios. Que criança ainda, desenhei na contracapa. De "Alice no País das Maravilhas",. Lua fresca, lagoa, shots de licor e um quarto fechado. Tempo que se passa na rua, exceto aqui,. Onde somos dois anjos nus e enlouquecidos,. Onde somos apenas duas crianças ensandecidas. É o que esse amor impõe. Em nossos dias, apontamentos.
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O som da cidade e as contas de vidro: February 2013
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O som da cidade e as contas de vidro. Ars longa, vita brevis. Monday, February 18, 2013. Catarina e Pablo ouvem Chopin. Nas pausas de uma Berceuse,. Num Noturno de flores,. Nas ondas da Polonaise,. Patinhas para cima,. Continhas de areia,. Luzinhas que caçam,. Pairam livres sobre as cabeças. Adormecidas de Pablo e Catarina,. Que em sonho perseguem moscas verdes,. E caçam gafanhotos cor-de-rosa. Calor entorpecente em 3/4. Acordes que se alternam entre. Grama fresca e lágrimas quentes. Alheios a si,. Amant...
