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Planeta Ju: Outubro 2007
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Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces. Estendendo-me os braços, e seguros. De que seria bom que eu os ouvisse. Quando me dizem: "vem por aqui! Eu olho-os com olhos lassos,. Há, nos olhos meus, ironias e cansaços). E cruzo os braços,. E nunca vou por ali. A minha glória é esta:. Que eu vivo com o mesmo sem-vontade. Com que rasguei o ventre a minha mãe. Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos. Se ao que busco saber nenhum de vós responde. Redemoinhar aos ventos,.
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Planeta Ju: Fevereiro 2014
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Não vivo sem escrever. As frases formam-se na cabeça e ando a namora-las, a imaginar como ficariam no papel. Por estes dias, por estes anos, tenho-as recalcado e fingido que não me assinalam textos, até me esquecer e se transformarem, unicamente, na sensação de que me falto com alguma coisa. Talvez me tenha faltado com essa sensação atroz e desafiante que enriquece o que vivo. A Confissão de Matvei. Cem Maneiras (de fazer doces para chá). Diário de uma outra grávida. Le Journal de Major Tom.
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Planeta Ju: Janeiro 2008
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Chego-me perto para ouvir as árvores crescerem em direcção ao céu. Recorto pensamentos de perplexidade e procuro com eles coser uma nova manta que me faça acreditar que tudo o que vivo é real. Que me envolva no grande sentimento de acreditar que as árvores estão mesmo cá, que os jarros crescem e que há um silêncio que no verão se transformará em dezenas de grilos. Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia. Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia. Meu amor, meu amor.
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Planeta Ju: Inevitável
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Não vivo sem escrever. As frases formam-se na cabeça e ando a namora-las, a imaginar como ficariam no papel. Por estes dias, por estes anos, tenho-as recalcado e fingido que não me assinalam textos, até me esquecer e se transformarem, unicamente, na sensação de que me falto com alguma coisa. Talvez me tenha faltado com essa sensação atroz e desafiante que enriquece o que vivo. Subscrever: Enviar comentários (Atom). A Confissão de Matvei. Cem Maneiras (de fazer doces para chá). Diário de uma outra grávida.
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Planeta Ju: Agosto 2007
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Há detalhes perturbadores do silêncio que se instala: as mãos adormecidas em posição nenhuma e o olhar cansado das noites inquietas e demasiado quentes. O lençol cola-se como uma papa viscosa e aderente. A almofada regista os pensamentos demasiado dolorosos para serem ditos. São, por isso, omitidos num mutismo que afeiçoa os dias a cinzento e aplica retoques a um Agosto, vertiginosamente, invernoso. Na decantação confusa dos sentidos, sobressalto-me. Aparelhei o barco da ilusão. Só nos é concedida. O que...
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Planeta Ju: Maio 2008
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Sobre nada. Sobre aquilo que me é importante. Sobre as construções e quebra de construções do quotidiano. Sobre o meu planeta. A Confissão de Matvei. Cem Maneiras (de fazer doces para chá). Diário de uma outra grávida. Le Journal de Major Tom. O amor pelas coisas belas. O Ano da Orquídea. O silêncio da palavra. Ver o meu perfil completo. Modelo Watermark. Tecnologia do Blogger.
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Planeta Ju: Novembro 2007
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Abeirou-se devagar. Irritada por cada passo inseguro e com nuvens cinzentas no olhar que a impedem de ver as cidade onde criou o filho e a quem ensinou as ruas que agora lhe são desconhecidas. Estranha-as como um estrangeiro. Aproximou-se e reteve-me, provavelmente, como uma névoa vermelha. Reteve-me para além daquele instante. E a sua imagem cercou-me nos dias e nas semanas que se seguiram. Vem sozinha porque “as vidas agora são assim”. O filho falou-lhe do autocarro que pára ao lado cor...Precisa de ir...
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Planeta Ju: Fôlego…Sem fôlego.
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Por estes dias, por estes meses, nem os raios de sol nem os passos difíceis do tango são suficientes para conter o sentimento de incredulidade e de descrença. Por estes dias, por estes meses, confronto-me com a aspereza crua da morte. A morte de quem é próximo a quem quero bem. Conheço, ainda, um sentimento de ferocidade e de irritação perante o defeito de compromisso, de lealdade e saboreio, sem tempo e sem catarse, o gosto da desilusão. Venus as a boy. É uma fase, verás! A Confissão de Matvei.
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Planeta Ju: Julho 2007
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Há cor no planeta. Ouço a minha respiração como som principal: cadenciada e suave. Lenta. Vagarosa. Preguiçosa, até. Como se o acto de respirar fosse minimizado ao essencial. A quantidade de oxigénio exigido pelos pulmões e pelo cérebro parece ser ínfima. É a necessária para que o coração se emocione e para que possa colar na retina uma representação do que sinto. Serve mais sardinhas e pão, douradas e outros pescados que vai filando a um cardápio mental. Sabe-o há anos e anos de cor, desde o tempo e...
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Planeta Ju: Vendaval
http://planetaju.blogspot.com/2009/07/vendaval.html
Chamo-as e convido-as a sentarem-se. Sopram ventos diferentes, de estações diferentes. A mais velha veste-se de verão colorido e a mais nova de inverno cru e carregado. Sentam-se e desfiam a história pesada de que não têm água em casa e de quem ainda toma banho em bacias, que enchem com baldes. Vertem a história para a minha mesa e afogam-me na impossibilidade de ver qualquer luz. A água falta em casa. Como também parece faltar a frescura da definição de papéis. Subscrever: Enviar comentários (Atom).