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insonia cria.: O abismo: entre nós.
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Noites em branco e papéis transbordando tinta. Quinta-feira, 5 de julho de 2007. O abismo: entre nós. A amargura doce de seu quase-sorriso abalava a estrutura tão bem forma que, alheio a outras vontades, Narciso formara para si. Esperava de Estela tudo- tudo menos aquele sorriso amargurado de amor e adocicado de sinceridade. Fora fácil para Narciso, até então, inventar aquela cena e fazer dela a perfeição, a apoteose de todo aquele sentimento embevecido em paixão ao amor. 5 de julho de 2007 17:26. Assina...
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insonia cria.: 7.
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Noites em branco e papéis transbordando tinta. Sábado, 19 de maio de 2007. Como vão as coisas,. Do outro lado do país? O sol aí,. A chuva aí,. Faz o mesmo barulho? As pessoas aí,. Palavras: minhas pontes,. Para qualquer outro;. Às vezes penso,. Que só eu sei o que é isso:. Viver em uma folha de papel. Assinar: Postar comentários (Atom). Visualizar meu perfil completo. Os fantasmas de mim:. Os fantasmas de mim:.
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insonia cria.: Canção de amor da jovem louca- Sylvia Plath.
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Noites em branco e papéis transbordando tinta. Segunda-feira, 27 de agosto de 2007. Canção de amor da jovem louca- Sylvia Plath. Fecho os olhos e o mundo inteiro tomba morto. Abro as pálpebras e tudo de novo renasce. Acho que inventei você na minha mente.). As estrelas saem valsando em azuis e vermelhos. E a arbitrária escuridão chega a galope. Fecho os olhos e o mundo inteiro tomba morto. Sonhei que você me enfeitiçou até a cama. E cantou para mim em desvario. Me beijou em total loucura.
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insonia cria.: Novos planos.
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Noites em branco e papéis transbordando tinta. Segunda-feira, 28 de maio de 2007. Estou tentando escrever um romance. Tudo silenciou. Tic-tac, shhhhhh, dlin-dlon, aaaaaaaahhhh, toc-toc, grrrr: nada. A realidade encolheu, tornou-se portátil. Levava no bolso esquerdo de minha camisa tudo o que precisava carregar para continuar viva. A essência de Lívia. A presença dela em minha vida todos os dias. Suas palavras banais. Suas mãos delicadas. Seu rosto único. Quero muito ler esse livro, muito.
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insonia cria.: 4.
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Noites em branco e papéis transbordando tinta. Terça-feira, 19 de junho de 2007. Houve então algo real no meio de tantas ilusões? Sim, houve o sofrimento. Houve o sofrimento que hoje não sei se sinto ou se sou. Cada palavra dita na hora errada, cada gesto equivocado, cada afirmação mentirosa: tudo isso eu sei antes de fazer. Sei que vai acabar mal, sei que o mundo vai desabar. Não é egocentrismo não. E se for, qual o problema? Eu falo e falo e falo- tanto! Não quero saber que nunca terei companhia na dor...
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insonia cria.: Sobre a morte, que é vida.
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Noites em branco e papéis transbordando tinta. Quarta-feira, 20 de junho de 2007. Sobre a morte, que é vida. É só olhar para o meu passado, mesmo que só de relance, e você pode enxergar que tudo foi sempre uma repetição. Todas as dores foram apenas uma dor: a vontade de ter dor. O vazio do qual eu tanto falo, achei que pudesse preenchê-lo com ela. Não pude, e sofri. Tudo acabou, mas posso ver um começo gerado pelo meu primeiro fim. Preciso encarar os fatos e não tentar achar desculpas, e essa - sim!
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insonia cria.: Suspirar.
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Noites em branco e papéis transbordando tinta. Domingo, 22 de julho de 2007. Não sou eu que tenho que achar algo. Minha vida está perdida há tanto tempo, e há tanto tempo eu tento achá-la. Hoje, ou talvez há um mês atrás, desisti de encontrar entre os escombros de mim algo concreto. Sou feita de merda. Quero te mostrar o caminho bom. Sei aonde está esse caminho, sei também que para mim ele está perdido. Sentia-me tão bem quando estava trancada em clínicas e sanatórios. Assinar: Postar comentários (Atom).
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insonia cria.: 3.
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Noites em branco e papéis transbordando tinta. Segunda-feira, 18 de junho de 2007. Eu quero engolir o nada. Esse vazio do tamanho do mundo me preenche e me esvazia. Quero poder tocar em todos os rostos e sentir em algum pedaço de pele o tato que sinto ao acariciar silenciosa o meu próprio. Uma de minhas tristezas mais profunda e imensa é essa: nunca ninguém acariciou o meu rosto. Sinto todo o meu passado tão insignificante diante essa dor que me engolfa e me mantém acordada. A ilusão que carreguei tanto ...
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insonia cria.: De novo, e de novo: nada novo.
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Noites em branco e papéis transbordando tinta. Domingo, 24 de junho de 2007. De novo, e de novo: nada novo. Odeio minha solidão. Pego negativos de filmes- de pessoas- e tento ver através deles ver o eclipse da dor e da ausência. Essa luz tão forte que me cega, me atormenta, me faz fazer sem sentir e sentir tarde demais. Não tem nenhuma relação com as pessoas em si. É um dos meus pedaços, talvez o único que continua inteiro depois de tudo o que já passou. Assinar: Postar comentários (Atom). Tenho impressã...
