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Pequenos Contos Negros: Miséria e podridão
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Sexta-feira, 9 de novembro de 2007. Conseguia sentir as térmitas a corroer por dentro a perna, escavando túneis e zunindo não o deixando dormir. Caminhava ao ritmo de um compasso oco que ressoava em todo o corpo. Ele sabia que isto era o princípio da podridão, a miséria já tinha chegado há muito. Subscrever: Enviar comentários (Atom). 27 anos, quase 28. Gosto de ler. Gosto de escrever. Sou leão (com ascendente em leão.). Ver o meu perfil completo. Reunião de família II.
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Pequenos Contos Negros: O busto
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Segunda-feira, 3 de setembro de 2007. Tinha o nariz partido e algumas mazelas esbranquiçadas no pedestal negro que ainda assim não lhe conseguiam tirar a altivez. O cabelo apanhado, a gola folheada, os ombros distintos e notava-se ainda aquele porte esquecido de nobreza. Decidi limpá-lo com água e um pano de algodão húmido para começar. Limpo era ainda mais difícil desviar o olhar. O branco salientava a imponência daquele rosto. Sei que é um cliché mas parecia mesmo que me seguia com o olhar. Acordei sob...
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Pequenos Contos Negros: Abril 2007
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Terça-feira, 24 de abril de 2007. O cavalo e o cão. Na minha rua, eu e os meus vizinhos, temos assistido a uma amizade, no mínimo estranha. Um cão e um cavalo. Surgem do nada, descem a rua e dirigem-se aos terrenos vazios. O cavalo pasta sob a vigilância atenta de um velho pastor alemã e ambos apresentam aquelas peladas de abandono. Um não vai para lado nenhum sem o outro. Ainda por cima daquelas que tiram o sono e fazem as comadres ficarem rezingonas! Sexta-feira, 13 de abril de 2007. Inês ordenou que o...
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Pequenos Contos Negros: Refrão
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Domingo, 13 de janeiro de 2008. Last night i heard you cry,. Last night i heard you scream,. Last night it was all over,. All over about your dream. Last night i heard you cry,. Last night i heard you scream,. Last night it was all over,. All over about your dream. Great writer that's what you are. 25 de fevereiro de 2008 às 13:32. Last night I heard you in silence. And your words keep screaming in my heart. 7 de março de 2008 às 02:58. 19 de março de 2008 às 12:44. 22 de março de 2008 às 06:52.
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Pequenos Contos Negros: poema
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Domingo, 6 de abril de 2008. Ela acordou e ele não estava lá. Desapareceu naquela manhã. Procurou-o por toda a parte e não o encontrou. Tornou-se água estagnada em jarra de vidro. Ficou pairando no ar da casa esperando o seu regresso mas ele não regressou. Tornou-se gaivota e procurou ansiosa. Tornou-se condor e procurou mais longe. Pensou que alguém o tivesse levado. Tornou-se nuvem e escreveu no céu: “Devolvam-no.”. Tornou-se pomba e ofereceu a sua paz em todas as esquinas mas ninguém o devolveu. MAsss...
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Pequenos Contos Negros: Julho 2007
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Segunda-feira, 23 de julho de 2007. Quer beber alguma coisa? Quero Mas trata-me por tu. Estamos entre amigos aqui. Nem eu, mas estamos no nosso ambiente. São todos como nós. Sim Solitários à procura de um pouco de diversão. Não é isso que queres? Não sei. Não costumo falar pelos outros. Nós falamos sempre pelos outros. Falamos mais pelos outros do que por nós próprios, mas seja. Não é isso que queres? Sim Acho que sim. Não foi para isso que vim mas não me importo se levar alguma para casa. Qual vai ser o...
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Pequenos Contos Negros: Maio 2007
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Quinta-feira, 24 de maio de 2007. A árvore cresceu. Cuido dela como cuidava dele. Dou-lhe todo o meu carinho e ela corresponde. Cresce forte e dá-me os seus frutos deliciosos que é mais do que aquele ingrato me deu. Nos dias bons penso que é ele que. disparates. Ela está aqui para mim. Adoro vir para aqui de tarde.Ando tão cansada. Tão cansada. Vou dormir um bocadinho. Quando é que descobri isto? É claro que pensei: “Não sejas parva! Era impossível não ver, parecia uma miúda de 23 anos! Já não suportava ...
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Pequenos Contos Negros: Junho 2007
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Quinta-feira, 28 de junho de 2007. Era vê-la sentada de lado, virada para a imensidão de sacos que viajavam a seu lado numa qualquer viagem de metro. Uma daquelas igual a tantas outras que nada tem de extraordinário excepto, por vezes, aquela borboleta que entra a voar em círculos para sair na estação seguinte. O brilho nos olhos aumentava a cada peça nova que pegava e as pupilas pareciam até dilatar para um tamanho fora do normal, transformando os seus pequenos olhos castanhos em dois botões negros.
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Pequenos Contos Negros: Anel
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Quinta-feira, 25 de março de 2010. Tudo se repete,. E o verde da pedra. Não seja de fel. Porque a prata enferruja. E corpo se corta. Naquilo que não presta. Subscrever: Enviar comentários (Atom). 27 anos, quase 28. Gosto de ler. Gosto de escrever. Sou leão (com ascendente em leão.). Ver o meu perfil completo. A rapariga na missa. Http:/ belitasempre.blogspot.com. Http:/ bloguebipolar.blogspot.com. Http:/ peledaterra.blogspot.com. Http:/ wafflecomchocolate.blogspot.com.
