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anoum
O céu azul, não era. Dessa cor, antigamente;. Era branco como um lírio,. Ou como estrela cadente. Um dia, fez Deus uns olhos. Tão azuis como esses teus,. A taça branca dos céus. Quando sentiu esse olhar:. 8220;Que doçura, que primor! Disse o céu, e ciumento,. Tornou-se da mesma cor! 405 x 38cm, 1922. Lidar com cores exige grande sensibilidade. Filosófica e grande desejo de contato com o. Assim, não há lugar para começar. Depende da expressão dominante. Às vezes, inicio. O trabalho pelo dedo da mão.
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corescolar nono ano
S, de Adriana Calcanhoto. Eu ando pelo mundo. Prestando atenção em cores. Que eu não sei o nome. Cores de Frida Kahlo. Eu presto muita atenção. No que meu irmão ouve. E como uma segunda pele. Um calo, uma casca. Ai, Eu quero chegar antes. O estar de cada coisa. Eu ando pelo mundo. E vendo doer a fome. Nos meninos que têm fome. Pela janela do quarto. Pela janela do carro. Pela tela, pela janela. Eu vejo tudo enquadrado. Eu ando pelo mundo. E os automóveis correm. Transito entre dois lados. O pintor não de...
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corescolar oitavo ano
Um bom lugar pra ler um livro. E o pensamento lá em você,. Eu sem você não vivo. E o pensamento lá em você. E tudo me divide. E todas as suas luzes. Te desejo como ao ar. És manhã na natureza das flores. Mesmo por toda riqueza. Não te esquecerei um dia,. Espero com a força do pensamento. Recriar a luz que me trará você. E tudo nascerá mais belo,. O verde faz do azul com o amarelo. O elo com todas as cores. Pra enfeitar amores gris. Ana Beatriz Barroso. Chama. Óleo sobre tela, 100 x 60 cm.
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quarto ano
O mel desses olhos luz. Mel de cor ímpar. O ouro inda não bem verde da serra. A prata do trem. A lua e a estrela. Os átomos todos dançam. Crianças cor de romã. O oliva da nuvem chumbo. Pra trás da manhã. E a seda azul do papel. Que envolve a maçã. As casas tão verde e rosa. Que vão passando ao me ver passar. Os dois lados da janela. E aquela num tom de azul. Quase inexistente azul que não há. Azul que é pura memória de algum lugar. Ou pra ser exato. Lábios cor de açaí. E aqui trem das cores.
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quinto ano
A ARCA DE NOÉ. Sete em cores, de repente. O arco-íris se desata. Na água límpida e contente. Do ribeirinho da mata. O sol, ao véu transparente. Da chuva de ouro e de prata. No céu, no chão, na cascata. E abre-se a porta da Arca. De par em par: surgem francas. A alegria e as barbas brancas. Noé, o inventor da uva. E que, por justo e temente. Salvou da praga da chuva. Tão verde se alteia a serra. Que diz Noé: "Boa terra. Para plantar minhas vinhas! E sai levando a família. A ver; enquanto, em bonança.
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segundo ano
Eu desenho um sol amarelo. E com cinco ou seis retas. É fácil fazer um castelo. Corro o lápis em torno da mão. E me dou uma luva. E se faço chover. Com dois riscos tem um. Se um pinguinho de tinta. Cai num pedacinho azul. Uma linda gaivota a voar no céu. Contornando a imensa curva. Viajando Hawai, Pequim ou. Pinto um barco à vela. É tanto céu e mar. Entre as nuvens vem surgindo. Um lindo avião rosa e grená. Colorindo com suas luzes a piscar. Basta imaginar e ele está partindo. Com alguns bons amigos.
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sétimo ano
Ferreira Gullar sobre a obra de Ianelli. Não é mais mostras as formas do mundo. Ou do sonho,. Ou da natureza ou da imaginação. Não é mais figurar, descrever, representar,. Nem tampouco ênfase,orquestração. Dos conflitos de formas e cores. Pintar, para Archangelo Ianelli agora é. Suscitar o surgimento da cor. Fazer silêncio e deixar que ela (a cor). Nele – do cerne dele – densa, luminosa. Vinda do fundo da sombra, a cor. Que fosse se apagar em seguida. Mas não: essa fragilidade é parte essencial.
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sexto ano
Atenta nesta paleta de cores. Estes sinais de opulência da luz breve. Símbolos que acordam a manhã dos nossos olhos. Para a flor do sol. Que insistem na múltipla transfiguração. Das imagens que dão forma às nossas vidas;. Repara no preto e no branco. Como se a sinfonia dos acasos. Não fosse mais que a simetria dos ocasos. Ou no azul que desfalece. Os matizes infindáveis do cinzento. Que vai nos olhos, no sangue de cada um. Porque é o sol magenta dos alvores matinais. Que trai os sonhos da madrugada.
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terceiro ano
Escrevo diante da janela aberta. Minha caneta é cor das venezianas:. E que leves, lindas filigranas. Desenha o sol na página deserta! A Rua dos Cataventos. Não sei que paisagista doidivanas. Mistura os tons. acerta. desacerta. Sempre em busca de nova descoberta,. Vai colorindo as horas quotidianas. Jogos da luz dançando na folhagem! Do que eu ia escrever até me esqueço. Também sou da paisagem. Vago, solúvel no ar, fico sonhando. E me transmuto. iriso-me. estremeço. Nos leves dedos que me vão pintando!
