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Telhados de Vidro nº 1Telhados de Vidro nº 1. João Miguel Fernandes Jorge.
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Telhados de Vidro nº 1 | ed-averno13.blogspot.com Reviews
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Telhados de Vidro nº 1. João Miguel Fernandes Jorge.
João Almeida
A veia poética secou. As luzes todas apagadas. O olhar vermelho do despertador. Vou por onde não te encontras. Outro dia que começa às duas. Que sai das casas históricas. Ao sol do norte. Tudo por exemplo ardido. Recolher os dentes-de-leão na cinza. Ou no incorpóreo da casa, coisas de vestir. Onde vou não é comigo. Nem como ganho o pão de cada dia. E por trás da caixa de registar. Aguardam os comprimidos cor de rosa. Para a febre e para a dor.
João Miguel Fernandes Jorge
João Miguel Fernandes Jorge. As escadas, no coração da terra. À hora tardia de julho. Cantava, na galeria. Deserta, um mundo a que nunca pertenci. Cantava, cantava sempre. A ondulação do verso subia. Das águas fundas do Tejo, desfazia num murmúrio. A mágoa da sua voz. Lançava, não a parede. De um fado, mas o túmulo do destino: violência inerte e fértil. Dissolvia no céu vazio do verão. Nos azulejos em eco. Viajava no pátio e nas veias da cidade. Sem valor e sem préstimo a que possa recorrer, sem.
Jorge Gomes Miranda
Um trabalhador letrado interroga-se. Depois da ágora de Sócrates a academia de Aristóteles. Depois do fórum de Séneca as tendas de Marco Aurélio. Depois da igreja de Sto. Agostinho os caminhos de S. Francisco de Assis. Depois da universidade de S. Tomás de Aquino a torre de Montaigne. Depois da choupana de Kierkegaard as ruas de Marx. Depois dos quartos alugados de Nietzsche o divã de Freud. Depois da floresta negra de Heidegger o blog de?
José Ángel Cilleruelo
O olhar desenha por sobre o vidro. De prédio às cores e com lampejos. De alumínio e, diante, um descampado. Sucedem-se colinas com escombros. Domésticos, de vez em quando bairros. De lata erguidos com divisórias. De cartão e madeiras, tectos baixos,. A meio um pote fumega, crianças. Correm a competir com o comboio. O rectângulo da breve janela. Passa tão depressa, não retém nada. Da paisagem olvidadiça, feia,. Tão cega como os olhos que a vêem. Tradução de Joaquim Manuel Magalhães (Averno 008).
José Mateos
Quem sabe o que regressa e o que finda? Quem sabe que finda ou que permanece,. O que termina quando nada nasce. Sem que terminem tronos, templos, rosas? Quem sabe que mistério é uma vida. Vertida num papel, letra por letra? Os corvos, por exemplo, nas ruínas,. Às bicadas nesse desenho belo,. Num dia de passeio, até Bembibre. A lebre espedaçada na valeta. Junto ao mar os olhos do peixe morto. 8211; as guelras sobre a areia – e o marmelo. Podre no outono no chão da árvore. São mostras de quê?
Telhados de Vidro nº 1
Telhados de Vidro nº 1. João Miguel Fernandes Jorge.
Telhados de Vidro nº 3
Telhados de Vidro nº 3. António Manuel Couto Viana. João Miguel Fernandes Jorge. Maria de Fátima Borges.
Telhados de Vidro nº 4
Telhados de Vidro nº 4. António Manuel Couto Viana. João Miguel Fernandes Jorge.
Telhados de Vidro nº 5
Telhados de Vidro nº 5. João Miguel Fernandes Jorge. Maria de Fátima Borges.
Telhados de Vidro nº 6
Telhados de Vidro nº 6. João Miguel Fernandes Jorge.
Telhados de Vidro nº 7
Telhados de Vidro nº 7. João Miguel Fernandes Jorge.