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Wednesday, July 13, 2005. Não quería morrer sem provas de que existiria um Deus que me aninhasse longe do pecado! O s meus filhos prendiam-me á vida mas ensinar-lhes-ía a superar o vazio desvalorizando a dor e o medo. Podemos ir para a piscina? Perguntam os miudos batendo com a porta do quarto. Perguntei sentando-me na cama , incomodada com os sonhos que tinha tido. O pai disse para te virmos acordar! Respondem dando-me um abraço . O Eduardo ainda está cá em casa? Afirma o mais pequenino entusiasmado.
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Wednesday, July 13, 2005. Percorri o medo, fechando os olhos e observando o vazio. Por momentos esqueçi-me que estava ali e escrevi um livro com as linhas em branco. Nelas podería criar a poção que me ausentasse do mundo que me caía em cima. Francisco não tería o poder de me fechar a janela nem Eduardo o olhar que me despia e rasgava a alma . Eu tinha a poção que servia para os moldar a meu belo prazer e o prazer sería mais forte que a morte . O meu quarto era branco e a varanda um paradão de livros.
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Wednesday, July 13, 2005. Tens feito exposições ou agora só te dedicas á familia? Pergunta Eduardo sentando-se na minha cama. Na ultima exposição que fiz não vendi nada! Respondi -lhe incomodada com a sua presença. Francisco mete as chaves na porta e tosse enquanto sobe as escadas . Esse era um hábito que me irritava porque me fazia lembrar os cães da minha vizinha! Eles resignavam-se á passividade dos dias fazendo a mesma caminhada e comendo a mesma comida . Causado pela presença de Eduardo . Diz com um...
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Wednesday, July 13, 2005. Lisboa era uma cidade linda e Mari , uma amiga de infância tinha-me convidado para lanchar. Não sei como ela descobria tantos recantos com vista sobre o tejo e ainda por cima com sabor a silêncio . Era lá que mantinhamos o ritual dos esboços a carvão, os segredos escritos em guardanapos de papel e os sorrisos que nos calavam a voz. Nenhuma de nós era feliz mas eu tinha o homem que qualquer mulher gostaría de ter! Publicado por Luisa Paula @ 3:09 PM. Livros de Luisa Paula.
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Wednesday, March 31, 2004. Decididamente não entendo os homens que nos olham como se soubessem entrar dentro de nós e nos tentam possuir como se não fizessemos parte deles! Apeteceu-me levantar a saia, meter aquele baton vermelho que ele gostava e pestanejar como uma barbbie mas optei por acender um cigarro e simplesmente. Ele sabia que Eduardo não me era indiferente mas como podia Francisco correr o risco de me perder deixando-lhe um lugar ao lado da sua cama? Publicado por Luisa Paula @ 8:51 AM.
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Wednesday, March 31, 2004. Nessa noite rabusquei as folhas onde escrevia e reparei na forma como descrevia um marido capaz de amar as sombras que eu pintava. Eduardo tinha surgido por obra do acaso ou quem sabe de um destino mais poderoso do que eu sentia quando sentia esse poder. A sua estadia prolongou-se e a fotografia de uma mulher igual a mim, estava pendurada na capa de um livro que eu nao gostava! Chamava-se Rain . Os seus olhos eram negros , brilhantes, profundos. Fechei a gaveta e desisti de ler.
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Wednesday, March 31, 2004. Incomoda-te a minha presença? Continua, tirando-me os cabelos da cara. Menti-lhe afastando-me das suas mãos. Estás a tentar enganar te Sara . Eu sei que te perturbo e ambos sabemos isso porquê nega-lo? Eduardo, nao te admito que entres em minha casa para tentares destabilizar o meu casamento! O teu casamento é uma farsa! Diz Eduardo beijando-me apaixonadamente. O meu corpo tremia e eu não o conseguia controlar. Não me confundas com uma das tua bonecas! Que disparate é esse?
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Wednesday, March 31, 2004. Na manhã seguinte acordei com vontade de saber o que se passava na cabeça de Eduardo. Sentia-me desconfortavel com a situaçao da noite passada e mais ainda ter ficado nos seus braços demonstrando uma fragilidade que eu não poderia ter. O meu casamento era estavel e demasiado confortavel para o perder nas mãos de um homem imaturo e perigoso. Francisco estava a ler o jornal e já tinha preparado o pequeno almoço para os miudos. Pareçe que sim . Respondi olhando para o relogio .
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Wednesday, March 31, 2004. A vida dos meus filhos tinha-se tornado mais importante do que o meu egocentrismo desmedido e eu sabia que a psicologia era uma tentativa para perceber os meus eus. Pergunta Eduardo aparecendo de repente e observando um abstracto pendurado ao canto da sala. Nos disparates que disseste ontem á noite. Respondi secamente. Não são disparates Sara . Queres ouvir-me? Se vais tentar subornar a imagem do meu marido não te quero ouvir! Não tens reparado na nossa troca de olhares? Digamo...
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O livro H de Hermes Bernardi Jr.
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