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"... de libre vuelo": O desfazendo
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O comum impresso em palavras. Sexta-feira, 30 de maio de 2014. Era o sol que se abria. Rasgando o dia de hoje de sua agenda. Aai, aquela sintonia. de cheiros, cores e sons. Só por hoje, para o dia de hoje, iria desfazer. Desfazer o arquiteto, que arquitetou que tudo tinha que ser arquitetado. Desfazer as lições de casa, culpadas pelas horas de brincadeiras perdidas. Desfazer os acertos, porque os erros são mais aprazíveis. Nos rasgam os joelhos e deixam cicatrizes em belos desenhos. Postado por Rosa Kahlo.
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"... de libre vuelo": Janeiro 2013
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O comum impresso em palavras. Sexta-feira, 4 de janeiro de 2013. A alma da casca. Muito fácil seria se todo poema terminasse em rima perfeita. Daquela de afagar o peito por puro conceito. Poema que se preze corta por intenção. É a procura de alma para um corpo vazio. É o sorriso rasgado daquele que esqueceu a viela da felicidade. Bem longe do bailado parnasiano,. Dois quartetos e dois tercetos. Para além, do quê? Do que te parte, te seca, te esconde sob os lençóis. É o desconserto do acerto.
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"... de libre vuelo": Voz rouca
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O comum impresso em palavras. Sexta-feira, 11 de outubro de 2013. Fogos, ardor, clamor: defesa interna já! Ouça, eles riem, ouve-se ao longe. Calam-se as greves e as Ligas. Também seus filhos, homens de construção. A juventude insiste, resiste. é abatida. Vermelho, de luta, de sangue. Verbos do sim e do sim senhor. Pais mutilados, mulheres estupradas e também as leis. Crianças órfãs. de um passado, de um presente e de colo. Muitos a errar, errar por não querer calar, aceitar, exilar. Minha lista de blogs.
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"... de libre vuelo": Dezembro 2013
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O comum impresso em palavras. Quarta-feira, 4 de dezembro de 2013. Cena do filme "Histórias que só existem quando lembradas". Tic-tac. Tic-tac, avisam-nos os relógios todos os dias. Ao invés disso, eles deveriam dizer: menos um, menos um, menos um. Menos um de tudo. Do tempo que transpiramos. Da distância de coisas, pessoas e pensamentos. Buzinas irritadas, transito infernal. Todos cheiram a formol. Prédios são erguidos, enquanto outros teimam por desejar o chão. É isso que desejas? É isso que te define?
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"... de libre vuelo": Março 2012
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O comum impresso em palavras. Quarta-feira, 21 de março de 2012. A poesia da falta. Não há escárnio na dor. Há somente o esquecimento do amor. Por um minuto sequer. Se se pudesse ter. O prazer daquilo que não purifica a alma. Mas que, de tanto prurido, faz coçar, arder. Sou o ar indigesto da felicidade pueril. Sinto falta da poesia que me falta. Temo a ausência orgânica. O soro que percorre minhas veias não ventila meu peito. Postado por Rosa Kahlo. Links para esta postagem. Compartilhar com o Pinterest.
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"... de libre vuelo": Helena de trinta
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O comum impresso em palavras. Sexta-feira, 11 de outubro de 2013. Na lira dos seus 10 anos o que Helena mais desejava era ter 15. Balbuciava para si mesma todas as façanhas que realizaria quando esse dia chegasse. E ele chegou. Mas a inquietude dos ventos levou seus melhores carnavais. Ainda sim, não deixou por menos. Viajou, fez amigos, brigou, chorou, sorriu e amou (e como amou). Não bastava. Sentia-lhe no peito um descompasso incômodo. Era uma estranha a si mesma. Um dia Helena sonhou. Um vento forte ...
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"... de libre vuelo": Agosto 2012
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O comum impresso em palavras. Sábado, 25 de agosto de 2012. Cabiam muitos metros naquela estrada. Cabiam-lhe também o coração apertado e o odor de seus pensamentos. Mas, não mais do que isso, não mais. A cada 10 passos, uma olhadela para o passado. E mais 10 e outros 10 e outros e outros. a mesma olhada, o mesmo passado. Deixara sua cidadezinha (melhor seria dizer que fugira) sem ao menos esperar o sol se espreguiçar. Não adiantaria. Ela estava decidida. Foi então que olhou ao redor e percebeu que não es...
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"... de libre vuelo": Quando chuva
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O comum impresso em palavras. Domingo, 13 de abril de 2014. Quando chuva eu era criança. A gente saía da escola correndo e chegava em casa parecendo pintinhos. A mãe nos dizia, tira essa roupa molhada que é pra não adoecer! Quando chuva a gente obedecia melhor a mãe porque tudo ficava mais lento e dava até vontade de obedecer. Aquele friozinho esquentava ainda mais o coração. Quando chuva ela gritava da cozinha, venham comer, a comida tá na mesa! Éramos nós três. Eu, o irmão menor e a mãe. De cala e calo.
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"... de libre vuelo": Maio 2014
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O comum impresso em palavras. Sexta-feira, 30 de maio de 2014. Era o sol que se abria. Rasgando o dia de hoje de sua agenda. Aai, aquela sintonia. de cheiros, cores e sons. Só por hoje, para o dia de hoje, iria desfazer. Desfazer o arquiteto, que arquitetou que tudo tinha que ser arquitetado. Desfazer as lições de casa, culpadas pelas horas de brincadeiras perdidas. Desfazer os acertos, porque os erros são mais aprazíveis. Nos rasgam os joelhos e deixam cicatrizes em belos desenhos. Postado por Rosa Kahlo.
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"... de libre vuelo": Folha que cai, resquícios de um tempo
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O comum impresso em palavras. Sexta-feira, 15 de novembro de 2013. Folha que cai, resquícios de um tempo. Poderia tentar se segurar mais uma vez, mas não adiantava. O vento soprava-lhe o peito com tanta força que ela percebera. Era chegada a hora. Nos seus anos de folha, todos haviam lhe contado que o fim seria esse. Um galho seco. Um elo desfeito. E um voo para o chão. E lá se foi ela. Bailando pra lá e pra cá. Pra lá e pra cá. Mas o que ninguém contara era o percurso. Aceitou sem pestanejar e lá se foi.